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quarta-feira, 16 de maio de 2012

O atentado contra Fernando Londoño

 

MÍDIA SEM MÁSCARA

 

ESCRITO POR EDUARDO MACKENZIE | 16 MAIO 2012

NOTÍCIAS FALTANTES - FORO DE SÃO PAULO

As FARC acreditam que com este ato bárbaro que custou a vida de três pessoas e feriu 49 mais, intimidará os colombianos, os jornalistas e os congressistas.

O covarde atentado contra o ex-ministro Fernando Londoño Hoyos, do qual saiu, por sorte, com vida, mostra que as FARC passaram para uma fase nova de sua ofensiva geral contra a democracia colombiana.

É óbvio que as FARC atingiram um estado operacional novo, no qual podem realizar gravíssimos atentados na capital da República contra personalidades políticas de primeiro plano, posto que o governo de Juan Manuel Santos abandonou a política de segurança democrática sem substituí-la por um esquema coerente de luta contra a expansão das organizações terroristas.

O atentado de hoje (15.05) procurava acabar com a vida de Fernando Londoño, o adversário mais valente, livre e eloqüente de uma reforma constitucional em curso de deliberação no Congresso que poderia ser nefasta para o país [1].

O chamado “marco legal para a paz” é um dispositivo que deveria ser rechaçado e arquivado definitivamente, pois em vez de abrir vias para a paz, permitirá cobrir com um manto de impunidade os crimes, inclusive os mais atrozes, cometidos pelos chefes e membros das FARC e do ELN nos últimos cinqüenta anos.

É uma reforma constitucional que, ademais, retiraria da justiça ordinária a competência para julgar esses criminosos e tiraria do Congresso a capacidade de legislar acerca dos processo de paz na Colômbia. Esse é um projeto que não tem antecedentes em nenhum outro país democrático.

Não foi uma casualidade que o atentado contra o ex-ministro Fernando Londoño Hoyos tenha sido cometido no mesmo dia em que a Câmara de Representantes se preparava para fazer a última discussão para a aprovação ou o rechaço desta lamentável iniciativa governamental.

Se havia dúvidas entre os parlamentares sobre as intenções das FARC a respeito do “marco legal para a paz”, essas intenções foram desnudadas por elas mesmas com o terrível atentado de hoje.

As FARC acreditam que com este ato bárbaro que custou a vida de três pessoas e feriu 49 mais, intimidará os colombianos, os jornalistas e os congressistas.

O chamado “marco legal para a paz” mesmo antes de nascer já está marcado com o sangue de colombianos inocentes. Pelo futuro democrático da Colômbia, pelo respeito às vítimas do terrorismo, o Parlamento colombiano deveria meditar muito bem antes de aprovar essa estranha reforma constitucional.

Nota da tradutora:
[1] O autor escreveu esse artigo antes de se ter o resultado da votação da referida lei que só terminou ontem à noite. Entretanto, dos 127 congressistas apenas 4 deram seu voto contra, sendo assim aprovada a lei mais aberrante que já se criou na Colômbia, seja do ponto de vista jurídico, seja do ponto de vista moral ou mesmo do ponto de vista de justiça para com as incontáveis vítimas do terrorismo.

Tradução: Graça Salgueiro

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".