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segunda-feira, 28 de maio de 2012

A dinâmica social do endeusamento de um marginal e a demonização de uma jornalista

 

LUCIANO AYAN

O momento “gato de botas” do meliante Paulo Sérgio, cena utilizada pela esquerdalha para provocar comoção na patuléia. Será o choro verdadeiro? Então vejam as cinco imagens no final deste post…

Antes de tudo, que fique claro: dinâmica social é uma coisa, e engenharia social é outra. A dinâmica social não passa do estudo por trás de TODAS as interações humanas, já a engenharia social é a arte de influenciar comportamentos para obter benefícios. O que usarei aqui neste post é a dinâmica social para estudar um ato de engenharia social da esquerda.

Conforme eu já disse no passado, uma das estratégias da esquerda é a apologia e tolerância ao crime. As motivações para esta estratégia são as seguintes: (1) vingança contra o sistema, (2) manutenção da crença no homem, (3) capitalização durante apontamento de bodes expiatórios.

É mais ou menos um ciclo vicioso no qual se um criminoso comete um assassinato ou estupro, isso seria um ataque “contra o malvado sistema”. Enquanto isso, esquerdistas continuam dizendo que “o homem é bom”, portanto a sociedade é corrupta, e por isso o crime ocorreu. Pura capitalização política.

Entretanto, essa estratégia é uma das mais arriscadas para os esquerdistas, pois ela vai de encontro ao anseio da maioria absoluta da população. A maioria dos cidadãos que paga impostos quer ser protegida de um assalto, sequestro ou estupro. É por isso que a maioria apóia coisas como pena de morte.

Mesmo que a estratégia seja arriscada, existe um “ponto” no qual os esquerdistas avançam e tentam oficializá-la como o padrão de comportamento. É o momento em que vários criminosos se tornam objeto de reverência, especialmente quando pertencem à minorias. Tudo o que for cometido contra eles, incluindo um olhar torto, passa a ser uma blasfêmia.

Esse estágio ocorre em nível mais avançado nos Estados Unidos.

Veja abaixo um anúncio feito pela equipe política de George Bush, sobre Michael Dukakis, em 1988:

 

Como se nota, o vídeo narra um fato, que não pode ser negado. Michael Dukakis apoiou os indultos de final de semana mesmo para criminosos condenados por assassinato em primeiro grau e que cumpriam prisão perpétua. Willie Horton, um dos bandidos favorecidos pelo indulto, aproveitou um desses finais de semana livre para assaltar um casal, esfaquear o marido e estuprar a esposa na frente dele. Como se nota, gente fina, gente muito fina esse Willie Horton. Ao menos para a esquerda norte-americana, claro, que se indignou contra esse anúncio e protestou milhões contra Bush.

O motivo do protesto? Segundo eles, o anúncio era preconceituoso e Horton só estava ali por ser negro.

Olhem só: o truque de se apegar ao fato de Horton pertencer à uma minoria serviu para os esquerdistas inverterem os valores e tentarem inserir na mente da patuléia a idéia de que denunciar e expor um criminoso pode ser um crime pior do que matar ou estuprar.

De qualquer forma, entra ano, sai ano, os esquerdistas norte-americanos repetem a execução de truques deste tipo. Isso já virou lugar comum por lá.

Mas no Brasil, isso não era um padrão de comportamento. Mas em termos de engenharia social, tudo tem que ter um começo. Os esquerdistas entenderam que a glorificação ao criminoso precisaria alcançar um novo estágio para que as táticas começassem a passar desapercebidas e serem aceitas pelo senso comum. É a luta por chegarmos a um momento em que muitos aplaudirão em pé um criminoso estuprando uma mulher, mas se revoltarão caso ele seja preso. Se ele for pertencente a uma minoria, o truque funcionará ainda com mais intensidade.

Pois bem. No post publicado ontem, “A repórter, o bandido e uma sequência incrível de chantagens emocionais da esquerda”, falei do caso de uma repórter baiana, Mirella Cunha, que ridicularizou um criminoso em uma delegacia, pelo fato dele não saber o nome correto do exame de corpo de delito, e confundi-lo com exame de próstata. Ela também insinuou que talvez o criminoso (Paulo Sérgio) realmente fosse estuprador. Quanto a isso não sabemos, mas o sujeito confessou formalmente ter assaltado sua vítima, levando dela o celular e uma corrente.

Sabemos com certeza que não estávamos diante de alguém inocente, mas de um criminoso perigoso em termos sociais. Não sei se ele era tão perigoso quanto era Willie Horton. Mas criminoso com certeza ele era. Só que o fato de Paulo Sérgio ser um criminoso confesso não é a única semelhança dele com Horton. Paulo Sérgio também é negro, o que permitiu aos esquerdistas começarem a chamar a jornalista de “racista”. (Embora não tenham prova alguma de racismo, pois qualquer um que cometesse tais erros seria ridicularizado da mesma forma)

Começou então um show de chantagens emocionais na mídia, com uso de pressão psicológica e a retórica do exagero. Enfim, para eles, Mirella alcançou um “novo estágio da barbárie” ou “um nível de atrocidade jamais visto”. Pois para a esquerdalha, não há nada mais abominável do que “rir do Paulo Henrique por ele não saber o que é um exame de próstata”.

Aliás, vejam o chororô de um grupo de jornalistas (no fundo, militantes esquerdistas): “Sob a custódia do Estado, acusados de crimes são jogados à sanha de jornalistas ou pseudojornalistas de microfone à mão, em escandalosa parceria com agentes policiais, que permitem interrogatórios ilegais e autoritários, como o de que foi vítima o acusado de estupro Paulo Sérgio, escarnecido por não saber o que é um exame de próstata”.

Quer dizer, sequestros, estupros e assassinatos são uma categoria de crime. Mas todos muito leves, se comparados ao crime MAIOR, que é rir de um bandido que tenha cometido tais tipos de crimes pelo fato dele não saber o que é um exame de próstata. É claro que essa turma tem os valores completamente invertidos.

O site “Geledés” divulga que a entidade Quilombo X vai pedir a revogação da prisão preventiva de Paulo Sérgio. Veja o que diz a ONG: “Estamos estudando a melhor forma de defender Paulo Sérgio. Não houve estupro, ele está desde 31 de março sem nenhuma assistência jurídica. O Paulo Sérgio estava em situação de rua quando foi preso, mas sua família tem residência fixa, em Cajazeiras 11 [bairro do subúrbio soteropolitano]…  . O garoto é totalmente hipossuficiente, largado pelo Estado. Ele é uma vítima social”.

Como não poderia deixar de ser, já transformaram Paulo Sérgio na vítima do caso. Quanto à mulher que teve seu celular e corrente roubados, ela é irrelevante para os esquerdistas. Para os pseudo-intelectuais, quem merece ser colocado em um pedestal é Paulo Sérgio. (Já vi até alguns defendendo uma enorme indenização para ele)

Não deixa de ser bizarro notar também que a organização Quilombo X defende a presunção de inocência de Paulo Sérgio. Mas como? Se ele próprio confessou o crime de assalto, não há mais presunção de inocência coisíssima nenhuma…

Nesse momento, esquerdistas estão comemorando a possível demissão de Mirella Cunha da Band (depois de tanto ataque de pânico moral da esquerda, junto com um absurdo e inaceitável silêncio da direita do outro lado, isso era inevitável).

Vídeos como o abaixo já rotulam Mirella Cunha de “a repórter mais sacana do mundo”:

Enfim, estamos assistindo a um enorme teatro da esquerda. Um show de ilusões e trucagens no qual até alguns conservadores estão caindo feito patinhos.

Não entendem estes conservadores que se essa encenação “passar”, outras virão e no Brasil tende a ter implementada, via engenharia social, uma cultura no qual criminosos serão endeusados e transformados em ídolos, enquanto seus denunciadores correrão sério risco de vida.

A criação de uma categoria de “eleitos”, os criminosos violentos, que não podem ser criticados, será a glorificação da estratégia Apologia e Tolerância ao Crime, e a absorção, pelo senso comum, de que torcer para o bandido é “bacana e legal”.

Cabe aos conservadores revidarem com um apoio maciço à Mirella Cunha, levando a questão para o único estágio em que ela tem que ser discutida. E nesse estágio, há quem está do lado de Mirella Cunha e há quem está do lado do bandido. Sem meio termo. E as pessoas devem escolher o seu lado nesta contenda.

O silêncio dos conservadores no apoio à Mirella Cunha poderá custar caro à direita, pois a implementação da cultura de glorificação ao criminoso SÓ CAUSA BENEFÍCIOS à esquerda.

Por fim, veja algumas imagens, extraídas do vídeo da entrevista, mostrando o “extremo sofrimento” de Paulo Sérgio nas mãos da cruel repórter Mirella Cunha:

Um comentário:

James Patrick disse...

CT,

excepcional! Parabéns!

A repórter, agora, serve de bode expiatório para essa cambada ordinária esquerdopata dos infernos.

Grande abraço.

James Patrick

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".