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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ao questionar a “não tributação” para a fé, neo ateu comete falácias infantis… ê lelê, eles não mudam

 

LUCIANO AYAN

 

Fonte: Paulopes

por José Geraldo Gouvêa em resposta a um leitor no post “Abertura de empresa no Brasil demanda 119 dias e de igreja, 5″

– Quais os critérios destes jornalistas para dizer que alimentos e remédios são itens mais essenciais à vida que a fé?

Permaneça 40 dias sem comer e sem tomar remédios, apenas rezando com fé.

– Com fé, o paciente ajuda o médico. Sem ela há apenas a relação entre um cadáver e o legista.

Sem remédio, mas com fé, você logo se torna cadáver. Fé cura enxaqueca e TPM, mas nunca vi curar meningite ou câncer.

– Assim, a fé é um item mais essencial que alimentos e remédios e não deve ser tributada, mesmo porque não pode ser quantificada de forma precisa.

De tudo que você disse, a única coisa que não é absurda é a última frase: razão de não se tributar a fé está no seu caráter abstrato. Eu concordo que igrejas não devem ser tributadas, porém também concordo que:

a) deva haver controles sobre sua criação e administração

b) deva haver menos burocracia para criar empresas

c) deva haver submissão das igrejas à lei humana, como recomendou o apóstolo Paulo.

Entre os controles mencionados, a obediência a níveis de ruído pelos cultos, a localização dos templos segundo posturas municipais etc.

Não sou a favor da desburocratização assim, de forma absoluta. Não custa lembrar que a burocracia é uma forma de controle.

Controles excessivos são ruins, mas a ausência de controle é ruim também. Nenhum país do mundo permite que as empresas se fundem sem controle. Alguns apenas colocam os controles de forma posterior (acompanhamento).

Meus comentários

A resposta neo ateísta “Permaneça 40 dias sem comer e sem tomar remédios, apenas rezando com fé” é uma falácia do falso dilema, onde se finge que alguém só pode ter uma ou outra opção, o que é falso. Na verdade, o ato de rezar não impede que alguém tome remédios.

A resposta seguinte, “Sem remédio, mas com fé, você logo se torna cadáver. Fé cura enxaqueca e TPM, mas nunca vi curar meningite ou câncer”, é igualmente a prática da falácia do falso dilema. José Geraldo (o neo ateu) finge que a pessoa só poderá rezar se não tomar remédios, e como já mostrei isso não passa de mentira.

Mas não é só o neo ateu que cometeu erros absurdos, pois essa frase do religioso é também digna de críticas: “a fé é um item mais essencial que alimentos e remédios e não deve ser tributada”. Na verdade, a fé é de foro individual, e NÃO PODE ser quantificada em termos de valor na comparação com alimentos e remédios.

A sequência de erros lógicos prossegue, novamente por parte do neo ateu, ao ressaltar alguns pontos que ele consideraria fundamentados em seu argumento.

Ele afirma que em relação às igrejas “deva haver controles sobre sua criação e administração”. Mas estes controles existem, obviamente, e são naturalmente mais “frouxos” do que para as empresas tradicionais. Na verdade, uma igreja é como uma ONG, e por ser uma entidade que é basicamente sustentada por doações, requer menos formalidade.

Em relação às empresas, ele afirma que “deva haver menos burocracia para criar empresas”, o que pode ser até uma solicitação justa, mas nem de longe ele poderia querer igualar entidades COMERCIAIS com entidades que vivem de doações. Pedir isso é ingenuidade, assim como pedir para o estado ser burlado de maneira mais fácil.

Ao final, o neo ateu conclui com a idéia de que “deva haver submissão das igrejas à lei humana, como recomendou o apóstolo Paulo”. Isso é sustentado por uma mentira, pois ele toma como premissa a idéia de que as Igrejas NÃO SÃO submissas à lei humana. Só que se alguém matar uma pessoa dentro de uma igreja, será punido da mesma forma que se matar alguém fora dela.

O truque dele é a ampliação indevida, na qual o neu ateu pega a idéia de que entidades que recebem doações (como igrejas) possuem menos formalidades burocráticas para regulamentação em relação às empresas tradicionais, e depois sai tachando, em puro raciocínio difamatório: “Igreja estão fora da alçada da lei hoje em dia”.

No geral, não há quase nada que tenha sido escrito pelo neo ateu José Geraldo que não se qualifique como falácia de baixíssimo nível.

É o nível de um sujeito que sabe que não tem mais nada a perder em debates.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".