Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A USP, a Folha e a ralé de plantão

JUVENTUDE CONSERVADORA DA UNB
quarta-feira, 16 de novembro de 2011


Uma das coisas mais peculiares do Brasil, sobretudo dos alardeados "formadores de opinião" -- estejam eles em grandes veículos de comunicação ou em pequenos blogs desconhecidos --, é que poucos, muito poucos, são verdadeiramente analistas da situação em que vivemos. Suas preciosas opiniões são normalmente construídas sobre raciocínios sofismáticos que, desde muito tempo, tem sido repetidos à exaustão, martelados como verdades incontestes. E, bom, acaba que eles realmente se tornam verdades incontestes, bem ao estilo goebbelsiano.

Um grande problema dessas criaturinhas rastejantes é que, quando contestadas por alguém que consegue enxergar além dessa trama de delírios que constitui sua verdade fundamental, são incapazes de defender seu ponto de vista com propriedade. Parece que a argumentação lógica do outro aciona dentro delas um mecanismo de defesa, qual besta acuada: baba, rosna, eriça os pêlos e arreganha os dentes num esgar ameaçador. Mas não se enganem. Essa reação não é voltada apenas para a pessoa que contestou suas verdades, mas, antes de tudo, uma admissão inconsciente de sua patente incapacidade de reagir à altura.

Hoje, me deparei com um texto intitulado "Olavão foge do hospício e aparece na Folha", de um sujeito chamado Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho. Cheguei até esse texto através do Correio do Brasil, que o replicou do Blog do Miro, sendo ambos folhetins esquerdistas de quinta categoria que não se prestam a nada além de ruminar ideologias falidas e desfiar infinitas loas pegajosas ao governo federal. Mas isso não vem ao caso, e sim o texto do Sr. Miguel do Rosário.

Do que se pode inferir de seu início, o texto pretendia ser uma crítica ao artigo "A USP e a Folha", escrito pelo professor Olavo de Carvalho e publicado no jornal Folha de S. Paulo. Entretanto, não se deixe enganar pelo começo do opúsculo do Sr. Miguel do Rosário: não há, numa só linha de seu texto, qualquer crítica ou contraponto ao texto do professor Olavo -- a não ser que qualificar alguém de "esquizofrênico", "doente mental", "fascista" e "crápula" sirva como argumento. O Sr. Miguel do Rosário não fornece uma única evidência que conteste ou contradiga as informações que constam no artigo do professor Olavo, preferindo concentrar toda a sua mal-estruturada verborragia em ataques ad hominem destemperados.

Isso não é de surpreender, entretanto. Nas últimas décadas, a esquerdalha intoxicou-se a tal ponto com a idéia de sua pretensa superioridade moral que, de maneira geral, perdeu a capacidade de argumentação -- ainda que fosse uma argumentação erigida sobre uma pseudo-ciência natimorta. Ainda era possível, há algum tempo, encontrar gente da esquerda que, envolvida em algum entrevero ideológico, debatia com o adversário interpondo argumentos (não estou aqui analisando seus méritos ou validades) desenvolvidos pelos principais ideólogos de sua corrente política -- Marx, Gramsci, Althusser, Horkheimer, dentre outros. Hoje, como bem colocou o ex-ministro Nelson Jobim, os idiotas perderam a modéstia. Não julgam mais necessário sequer ler os folhetins intelectualóides que alicerçam sua fanática crença. Aliás, é difícil encontrar algum deles que saiba ler, seja o que for.

Merece destaque, no tocante à imbecilidade do Sr. Miguel do Rosário, citar um e-mail enviado pelo professor Olavo de Carvalho à Folha de S. Paulo, em 15 de maio de 2000, acerca de cartas que, à semelhança do texto do Sr. Miguel do Rosário, não passavam de algaravias ofensivas e baixas:
A constância obsessiva com que expressões de repugnância física - asco e desejos de vômito - aparecem nos protestos das pessoas que me odeiam é para mim um motivo de lisonja e satisfação. Assinala que, diante dos meus escritos, essas criaturas se vêem privadas do dom de argumentar. Paralisada a sua inteligência pela obviedade do irrespondível, vem-lhes o impulso irrefreável de uma reação física. Já que lhes arranquei a língua, querem sair no braço. Mas, como bater em mim seria ilegal e ademais as exporia à temível possibilidade de um revide, a última saída que lhes resta é voltar contra seus próprios corpos o sentimento de raiva impotente que as acomete, donde resulta todo um quadro sintomatológico de diarréia, tremores, cólicas e convulsões. Não suportando passar sozinhas por tão deprimente experiência clínica, apressam-se então em registrá-la por escrito e publicá-la na Folha de S. Paulo, na esperança de que alguém mais forte, revoltado ante a exibição de tanto sofrimento, dê cabo do malvado autor que as deixou nesse estado miserável.
Ironicamente (ou não), ao pretender atacar virulentamente o professor Olavo, o Sr. Miguel do Rosário apenas referendou as palavras acima. Os idiotas podem ter perdido a modéstia, mas certamente ainda têm alguma serventia.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".