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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Tráfico de influência no governo: Dirceu confirma a espanhóis que Dilma preside, “mas Lula é o nosso líder”

ALERTA TOTAL
TERÇA-FEIRA, 29 DE NOVEMBRO DE 2011

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Por Jorge Serrão

Por causa das declarações de José Dirceu ao jornal espanhol El Pais, do último dia 26, Luiz Inácio Lula da Silva se torna ainda mais enquadrável no processo do Mensalão, como o grande chefão de tudo que acontece em torno da Presidência da República. Dirceu deixou claro na entrevista aos espanhóis que é Lula quem ainda manda no governo federal. Dilma deve ter odiado ouvir tal verdade proclamada por Dirceu - amigo que sempre falou com Lula todos os dias, por telefone via satélite, desde quando foi obrigado a deixar oficialmente o governo.

Indagado sobre quem realmente dá as cartas no Palácio do Planalto, José Dirceu explicou, com sua confusa retórica: “Bem, é a Dilma. Mas segue o projeto político do PT que é um projeto do Lula. Em última análise Lula é nosso líder, não é? A presidente é Dilma, mas Lula é nosso líder”. Na lógica de Dirceu, todos obedecem ao “líder”. O ex-presidente ficaria até enquadrável em tráfico de influência, mas nenhum procurador teria a ousadia de processá-lo, ainda mais no comovente momento de luta contra um câncer.

Sorte de Extalinácio é que, em abril de 2010, por unanimidade, o plenário do Supremo Tribunal Federal resolveu, definitivamente, que ele não responderia, junto com 39 mensaleiros, sobre os crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta. Relatado pelo ministro Joaquim Barbosa, o caso do Mensalão segue em alta velocidade de tartaruga no Supremo Tribunal Federal, sem riscos aparentes para Lula – que agora só se preocupa em sobreviver, vencendo um câncer na laringe.

No caso do Mensalão, Lula e a petralhada ainda temem que seja incluído no processo um relatório da Polícia Federal que confirmaria a prática de recebimento de propina por políticos, em troca de votos ou favores, nos oito anos da gestão Lula. Em abril deste ano, Lula chegou a ironizar tal risco, em Washington, depois de uma palestra a empregados da Microsoft: “Tem uma peça que dizem que foi o relatório produzido pela PF, não se sabe se o ministro Joaquim vai receber ou não, se aquilo vai entrar nos autos do processo. Se entrar, todos os advogados de defesa vão pedir prazo para julgar. Então, vai ser julgado em 2050. Então, não sei se vai acontecer. Não tive chance de dar uma olhada no relatório, nem vou olhar. Não sou advogado”.

O ex-deputado Roberto Jefferson sempre sustentou que avisou a Lula, em 2005, sobre o esquema de pagamento de propina a parlamentares, em troca de apoio, o que configuraria, no mínimo, a leniência de Lula com o Mensalão. Apesar da decisão pró-Lula em 2007, impedindo que ele seja incluído no rol dos réus do mensalão, a cúpula petralha ainda teme a ira de Joaquim Barbosa. O ministro estaria disposto a dar um troco em quem armou para que fossem feitas e divulgadas fotografias dele tomando whisky em um restaurante, em Brasília. Barbosa teria a convicção de que veio da cúpula palaciana a tentativa de desmoralizá-lo, quando estava de licença medical.

A volta de quem não foi ainda

"Se Dilma quiser concorrer à reeleição, é o direito dela. Ninguém pode negá-lo. Só há um jeito de ela não concorrer à reeleição: se ela não quiser".

Palavras do ex-presidente Lula numa reportagem publicada na edição desta semana da revista americana "The New Yorker".

Perguntado se toparia voltar à Presidência (de onde José Dirceu garante que ele jamais saiu e continua “nosso líder”), Lula veio com a conversinha de sempre:

"Assim como não tenho coragem de dizer que vou concorrer a alguma coisa em algum momento, não tenho coragem de dizer que não vou. Não existe isso de ficar fora da política para sempre. Só a morte pode tirar um político da política para sempre. Olhe o Jimmy Carter: teve uma Presidência falha, e agora é o melhor ex-político na política. Eu o admiro. E Clinton - nunca vai perder sua importância. Então, o que vai acontecer no futuro? Eu não sei. Eu já cumpri meu papel no Brasil".

Profecia maldita

"Não nasci político. Estive fora da política até os 31 anos. Mas sei que vou morrer político. É minha vocação".

As palavras de Lula à revista The New Yorker teriam menos peso se não fossem dadas no no início de agosto deste ano.

Ao garantir que “morreria político”, Lula nem sonhava que teria de encarar o terrível tratamento de quimio e radioterapia contra um câncer de laringe.

Contra ou a favor?

Bem arranjada pela empresa CDN, que cuida da imagem do governo brasileiro no exterior, a matéria da The New Yorker sobre Dilma pega pesado contra o governo dela, em várias frases:

"O Brasil é governado por ex-revolucionários sem remorso, muitos dos quais, incluindo a presidente, foram presos por anos por serem terroristas".

"Ninguém acredita que Dilma é corrupta, mas ela trabalhou por anos com algumas das pessoas que se demitiram".

"O governo central é muito mais poderoso que nos Estados Unidos. Também é muito mais corrupto".

"A criminalidade é alta, as escolas são fracas e as estradas são ruins”.

Leia a íntegra da reportagem “Dilma Rousseff, Luis Inácio Lula da Silva, and Brazil’s Growth”
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 29 de Novembro de 2011.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".