Desaparecidos aparecidos
Nota preliminar de Graça Salgueiro
Há anos os remanescentes dos grupos terroristas (Montoneros e ERP) que açoitaram a Argentina nas décadas de 70 e 80 divulgam uma mentira monumental, alegando que seus mortos e desaparecidos pelo “terrorismo de Estado” somavam 30 mil pessoas. Isto já foi fartamente desmentido através de documentação do próprio órgão governamental CONADEP (Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas) – o que a torna insuspeitíssima. Entretanto, aqui no Brasil, até mesmo aqueles que “se dizem” de direita colaboram com a mentira comunista repetindo este número fraudulento, mesmo depois de eu já haver desmentido com as provas documentais. Não adianta.
Hoje recebi de um amigo argentino uma nota publicada pelo jornal “El Litoral”, de Corrientes, Argentina, de 24 de fevereiro de 2008 que, além de ratificar que não passa de uma farsa grotesca o número apresentado pelos terroristas liderados por Hebe de Bonafini, como muitos dos supostos “desaparecidos” encontram-se vivos, alguns na própria Argentina e outros no exterior. Além disso, o autor das notas comenta sobre a soma astronômica que vem sendo paga aos familiares desses supostos “mortos e desaparecidos”, que não difere em absolutamente nada do que estamos assistindo aqui no Brasil.
A indiferença dos brasileiros ao que acontece ao seu redor é algo tão alarmante que choca e aborrece ao mesmo tempo, como se, por sermos o maior país do continente, tivéssemos imunidade para a solidariedade, a sensibilidade e, sobretudo, o apego à verdade. A Argentina só é lembrada no Brasil em época de Copa do Mundo ou então quando querem fazer piadas, embora as desgraças promovidas pelo governo terrorista dos Kirchner sejam as mesmas nossas. A situação que vivem hoje os militares argentinos que combateram a praga do terrorismo comunista em seu país, não merece a atenção de ninguém nesta “Terra Brasilis”, conforme já denunciei incontáveis vezes e mais recentemente no artigo“Não fechem os olhos para os presos políticos militares”. E tudo isto faz parte das estratégias do Foro de São Paulo: emascular e reduzir as Forças Armadas a meras milícias, arruinar a honra, a reputação e a vida dos heróis nacionais que se sacrificaram para evitar que seu país se transformasse em uma ditadura comunista, e enaltecer sanguinários e desalmados terroristas como se heróis fossem. Lá como aqui, sem tirar nem pôr.
Entretanto, a mentira dos “30 mil mortos e desaparecidos” continua impávida, como se se tratasse da mais cristalina verdade. Por esta razão, resolvi traduzir a nota recebida mesmo sabendo que, mais uma vez, vai cair no vazio. Faço-o por um dever de consciência para que fique registrado. Se alguém quiser continuar colaborando com as mentiras dos terroristas, terá de arcar também com o ônus da conivência.
Desaparecidos aparecidos
Raúl García
Quando começaram a aparecer alguns “desaparecidos”, a lista original da CONADEP continha 8.961 nomes e agora que está depurada baixou para 5.916, dos quais já se determinou que alguns estão vivos, como: Daniel Najmanovich, em Israel, Ana María Testa, que foi com Kirchner à ESMA (Escola Superior da Armada) em 24 de março de 2004, do mesmo modo que Alicia Dambra e Rubén Sampini que esteve com Kirchner em um ato em Olivarría há alguns meses.
Da lista inicial da CONADEP há dezenas de reaparecidos, como a secretária de Firmenich (outro “ex” terrorista), Silvia Tolchinsky na Espanha o juiz de Morón,Dr. Humberto Meade e a membro da Suprema Corte de Justiça, Carmen Argibay. O Procurador Geral da Nação, Righi Esteban, Miguel Lauletta e Kurt Fuentes no exterior. Guido Puletti, morto na Bósnia em 1993. Adriana Chamorro, Carlos Lordkipanidse, Jorge Osvaldo Paladino, Carmelo Vinci e os trinta e tantos argentinos que viviam no México, e cujos nomes apareceram nas listas de mortos no terremoto ocorrido em 1985 e seguem muitos outros casos.
Uma “desaparecida-aparecida” em Corrientes: Ida Luz Suárez (9022), desaparecida sem indicação de data, nº CONADEP 4.976, seqüestrada sem indicação de local. Não há testemunho de sua passagem por um C.C.D. Entretanto, foi oferecida na etapa de instrução como testemunha na causa do R-19, que está ocorrendo na cidade de Corrientes.
Suspeitamente não se apresentou para depor, mas em “Momarandu Noticias” se lê seu nome, IDA SUÁREZ, aderindo ao comunicado de SUTECO que pede o rechaço ao excarceramento dos oficiais imputados na causa do R-19. Isto o leitor pode comprovar consultando as páginashttp://www.desaparecidos.org/GrupoF/des/s.html ehttp://www.momarandu.com/amanoticias (esta encontra-se indisponível).
Um negócio que necessita de muitos desaparecidos
Do mesmo modo, os detidos e familiares de detidos do processo militar têm cobrado vultosas somas de indenização, que se ocultou intencionalmente para que o povo não seja advertido do esvaziamento dos fundos públicos em um monumental ato de corrupção. Quando Menem foi investigado por não haver declarado ante a Fazenda que havia aberto uma conta bancária na Suíça, o ex-presidente, para justificar esses fundos, afirmou que tinha depositado lá a indenização de $ 600 mil dólares que cobrou por ter estado detido durante o governo militar (1976-1983).
Até esse momento calculava-se extra-oficialmente que com esta rubrica já se havia pago a guerrilheiros presos uma quantia superior aos 600 milhões de pesos. Os casos de Corrientes de Velázquez, Alfredo Rubén e Carlos Pérez Rueda, que combateram em Formosa, resultam fartamente suspeitos porque na lista de desaparecidos da Comissão Provincial de Direitos Humanos aparecem não como mortos, mas como “desaparecidos”, na data em que se perpetrou o feroz ataque ao R-29 de Formosa. O que quer dizer que seus familiares puderam cobrar as indenizações que o governo argentino outorgou generosamente à guerrilha.
No caso de Velásquez, segundo o jornal “ABC Digital” da Espanha, está confirmado que seus familiares cobraram $ 225 mil dólares. No caso de Pérez Rueda não se pôde confirmar porque não se publicou nada e pode ser um segredo rigoroso guardado por seus familiares.
Indenizações “for export”
O primeiro país europeu onde começaram a se realizar apresentações judiciais pelas supostas vítimas do último governo ali radicados, assim como os familiares dos espanhóis ou descendentes destes caídos na República Argentina durante a guerra que empreenderam para destruir nosso sistema constitucional, as informações jornalísticas mencionam 600 prováveis danificados somente na Espanha.
“Se temos em conta que, se cada vítima do tão propalado ‘terrorismo de Estado’ que os derrotou militarmente é credor – por graciosa concessão de nossos legisladores e não extensíveis aos assassinados pela guerrilha – de uma soma de dinheiro próxima aos $ 250 mil dólares per capita, torna-se fácil ver os montantes. Por isso é que há tantos advogados interessados no tema e que as demandas tenham se estendido como rastilho de pólvora por toda a Europa?”, diz o jornal “ABC” da Espanha.
Em nosso país o manejo dos fundos destas indenizações é um segredo guardado a sete chaves. Nicolás Márquez em seu livro “La Mentira Oficial”, pg. 282, menciona que nunca pôde obter informação na Secretaria que controla estes fundos, nem de quantos beneficiários, nem por qual montante pagaram estas indenizações. De forma extra-oficial, porém de boa fonte, Márquez estima que o pago até agosto de 2003, somava mais de $ 4 bilhões de dólares. Um dado de quase cinco anos atrás. A quanto ascenderá agora?
Fonte: El Litoral
Tradução: Graça Salgueiro
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