Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

SEMANA DA PÁTRIA

VIVERDENOVO
QUARTA-FEIRA, 1 DE SETEMBRO DE 2010


Por Arlindo Montenegro

Os habitantes deste minúsculo planeta, pontinho perdido no Universo Infinito, pretensos sábios, ególatras ilustres e os comuns, no fim da fila, vive um dos momentos mais confusos da própria história. Os princípios morais ancestrais, fixados na memoria genética, entram em choque com práticas que desconhecem a nobreza, a generosidade e a impermanência material. Neste momento tudo tem um valor monetário.

Os governantes e seus funcionários arrebatam e controlam a “propriedade”, que se constituiu como “pátria menor”, terra dos pais onde “descansam” os antepassados, que eram tidos na memória como “deuses do lar”. Nos primórdios desta memória, era desconhecido o conceito que os atuais governantes impõem para tornar a pátria – propriedade da família – terra comum, propriedade de família nenhuma: a “pátria” exposta a predadores e desocupados.

Os governantes e seus funcionários controlam os valores monetários, atribuem preços sem considerar o esforço, as necessidades e méritos das células familiares, o que deságua na ruptura dos laços com costumes, crenças, antepassados e possibilidade de projetos futuros, continuidade afirmativa: é a sobrevida, subordinada a modelos de políticas econômicas, dominadas por vontades secretas.

Os governantes e seus funcionários apoderam-se do dinheiro público, sem o mínimo temor, que faz até um ladrão de galinhas pensar antes de agir. Esta ausência de moral e severa honestidade, tornou-se rotineira, regra envolvente, vício presente em toda a administração pública, desde Brasília, até o menor município, desfigurando os valores e sentimentos, que um dia identificavam a “Pátria amada, solo, mãe gentil...”

O direito original, fundamentado na tradição que sacramentava os deveres e costumes, modifica-se na direção dos ventos ideológicos, que perseguem a destruição de todos os valores e crenças fundamentais das civilizações, empenhadas em construir o bem estar, na prática de liberdades afirmativas da evolução do homem no domínio de si mesmo.

O homem íntegro, aquele cuja credibilidade era afirmada pelo “fio do bigode”, aquele que respeitava o simbolismo e costumes ancestrais, memória genética de cada pessoa, depositária da história humana sobre a terra, sente o conflito das mudanças impostas – quase sempre sem reconhecer racionalmente - para conformá-lo como querem os da ONU, na condição de “homem integral”, isto é, uma mistura que ninguém sabe o que contém, mas que afirmam ser saudável.

O “homem integral”, (substituto do “homem novo”), sem pátria, é uma obra de engenharia que deve apagar da memória qualquer traço referente a família, costumes, antepassados e à completa independência que sonhou gozar em seu lar – propriedade, pátria pequena – com o dever e direitos decorrentes da prática que unificaram tribos, depois cidades, estados e a Pátria territorial, fruto de crenças poderosas.

O maior crime, punido com o castigo mais cruel – o exílio – era o abandono, o desprezo aos valores e costumes que davam consistência à Pátria. O homem afastado de sua família, da sua terra, dos cultos aos antepassados e cerimônias de sua religião, era um nada, tornava-se escravo de quem o alimentasse.

E esta é a condição a que o estado moderno nos submete. As novas hordas abandonam seus territórios: abandonam a pátria onde o estado impõe regras cada vez mais restritivas das liberdades. Vão exilar-se onde a sobrevivência e o relacionamento social, (não familiar), lhes pareça mais observador de leis que atentem para as mínimas necessidades tradicionais humanas.

Os novos ricos chineses, dizem não saber se em sua pátria as coisas são verdadeiras ou falsas e que a justiça não funciona. Assim “exilam-se” nos EUA, Canadá, Austrália, Europa ou no Brasil. Os brasileiros e outros latinos “exilam-se” nos EUA e Europa. Os africanos idem. Mas ninguém tem notícias de gente que prefira “exilar-se” em Cuba, na Venezuela ou no Irã, ou na Rússia.

Quanto aos costumes, impostos pela engenharia que descaracteriza a percepção da Pátria, a partir da infância, as decisões internacionais doutrinam jovens, para multiplicar a catequese da nova ordem mundial, perseguida pela “empresa global s.a.”, isto é, enterrar todo o senso de liberdade, família, pátria, nação, religião, opinião, escolhas individuais e méritos.

O partido e o estado como ditadores absolutos a serviço da “global s.a.” Recentemente, encerrou-se no México a “Conferência Mundial da Juventude” patrocinada pela ONU, recomendando a “educação integral sobre a sexualidade... reconhecendo os direitos sexuais reprodutivos a pessoas jovens”, isto é direito ao aborto, camisinhas, tudo baseado em “informação científica” - sem interferência religiosa ou de costumes pátrios, familiares, culturais.

A nova religião, o pansexualismo proposto pela ONU, também assegura como já foi adotado na Argentina aos “casais” do mesmo sexo, impossibilitados naturalmente de conceber, o direito a adotar crianças. No Brasil, os professores, a televisão e os livros já apresentam aborto, homossexualismo e drogas como “direitos humanos”, sem considerar a cultura familiar, a cultura e costumes ancestrais.

A agencia de Direitos da Infância da ONU já recomenda que as leis garantam que as opiniões e crenças dos pais, tutores ou familiares não “atrapalhem” a expressão da sexualidade infantil. E mesmo que os professores recomendem aos alunos que “devem experimentar” de todas as modalidades da expressão sexual. Em curso a guerra assimétrica para extinguir a Pátria e o sentido de liberdade e independência.

Refs.: http://www.noticiasglobales.org ; “A cidade antiga” Fustel de Coulanges.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".