Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 4 de março de 2010

PSDB aprova projeto que cria benefício extra ao Bolsa Família e PT critica uso eleitoral

Fonte: JUS BRASIL
02 de Março de 2010


O Bolsa Família, programa considerado o carro chefe do governo federal nas eleições deste ano, virou alvo nesta terça-feira da disputa política entre petistas e a oposição. Sem o apoio do PT, os tucanos conseguiram aprovar na Comissão de Educação do Senado projeto que cria um benefício adicional ao Bolsa Família para os alunos que tiverem bom desempenho escolar.


O senador e autor do projeto Tasso Jereissati ; do outro lado a senadora Ideli Salvatti critica

O PT acusa a oposição de fazer uso político da proposta em ano eleitoral. Como os tucanos foram os criadores do Bolsa Família na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os petistas afirmam que o objetivo dos tucanos é mostrar que o projeto elaborado por eles é mais viável do que aquele aperfeiçoado durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva.

"É uma disputa político-partidária. Mas fazer isso em cima de crianças é inadmissível. Se colocar a responsabilidade em crianças é melhoria do um programa, os tucanos perderam o rumo das suas propostas", disse a senadora Ideli Salvatti (PT-SC).

A petista argumenta que o projeto dos tucanos vai recolocar em cima das crianças a responsabilidade de obter boas notas em troca do adicional do benefício. "O objetivo do Bolsa Família era reduzir o trabalho infantil, retirando das crianças a responsabilidade de trazer dinheiro para casa. A criança que não tiver bom rendimento não vai sofrer pressão da família? Volta a responsabilidade da criança de trazer dinheiro para casa", disse.

Autor do projeto, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) rebateu os argumentos dos governistas ao afirmar que o PSDB não tem como objetivo fazer uso eleitoral da proposta. "Eles [petistas] é que têm todo o viés político nas suas ações. Não tem nada que façam que não tenha coisa eleitoral por trás", afirmou.

O tucano negou que o PSDB tenha a intenção de acabar com programas sociais do governo Lula, como o Bolsa Família, já que foi responsável por criar o benefício. "Como o PSDB queria acabar se foi quem criou?", questionou. Mesmo sem o apoio do PT, o PSDB conseguiu aprovar a matéria na comissão.

Na opinião de Tasso, o projeto estimula as crianças a aumentar a dedicação escolar. "Apesar de termos 97% das crianças dentro da sala de aula, temos um nível de qualidade do ensino de péssima qualidade. Nós temos casos de crianças que estão na quarta série e não sabem ler e escrever. É dar um estímulo adicional para aumentar a média do ensino público brasileiro", afirmou.

Defensor da proposta, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que apoia o texto mesmo sem a adesão de parte da base governista à matéria. "Discriminação é achar que filho de pobre não tem que ter bom desempenho escolar", afirmou o senador.

Recurso

O projeto prevê o pagamento de um novo benefício para as famílias cadastradas no Bolsa Família voltado especificamente para as crianças que alcançarem boas notas. Entre as famílias cadastradas para receber o benefício, aquelas cujos filhos tiverem os melhores rendimentos na escola vão receber um valor a mais integrado ao benefício.

O valor do adicional não ficou definido pelo projeto, nem mesmo como se dará a forma de avaliação escolar das crianças. A regulamentação do projeto, com a definição das regras de pagamento, será definida pelo Executivo --caso o texto seja aprovado.

Como o projeto tem caráter terminativo, deve seguir diretamente para votação na Câmara dos Deputados, sem passar pelo plenário do Senado. O PT, porém, anunciou que vai recorrer para votar a matéria no plenário da Casa para ampliar a discussão em torno do projeto.

"Isso não vai passar sem debate no plenário. Vamos apresentar recurso para votá-lo no Senado, já que só precisamos de nove assinaturas de senadores para levar o texto ao plenário", disse Ideli.

(Folha Online)

Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".