TRUE LIES IV - RUMO AO GOVERNO MUNDIAL
03/03/2010
A really efficient totalitarian state would be one in which the all-powerful executive of political bosses and their army of managers control a population of slaves who do not have to be coerced because they love their servitude
ALDOUS HUXLEY
INTRODUÇÃO
A implantação do governo mundial já está em franco progresso, mas não é percebido porque o primeiro objetivo, já em estado avançado, é a mudança do senso comum com a formação de um novo consenso universal. Por universal entenda-se aqui a Civilização Ocidental, pois fora dela – e mesmo dentro dela – existem vastas áreas geográficas e grupos humanos que funcionam com base em princípios tradicionais inabaláveis [[1]] que os tornam imunes à doutrinação. O vasto mundo islâmico, o judaísmo ortodoxo, as tradições taoista, hinduísta e budista – as três últimas em alguns aspectos anteciparam as novas idéias sobre a natureza, porém são explicitamente religiosas sem pretensões a serem “científicas” e a elas adere quem quer. Paradoxalmente, o mundo dominado pelo comunismo não está minimamente interessado neste novo consenso, a não ser como estratégia para o domínio mundial.
Já tendo estudado antes a fraude climática resta um campo quase infinito de estudos, que limitarei neste e nos próximos artigos aos seguintes temas:
1 - A função do pânico
2 - O controle mundial da mídia
3 - A destruição do grande obstáculo: as religiões cristãs, principalmente a católica, e as tradições judaico-cristãs [[2]]
A FUNÇÃO DO PÂNICO
O objetivo final de toda prática política é manter a população alarmada – e, portanto, clamando para ser conduzida em segurança – ameaçando-a com uma série infindável de fantasmas, todos eles imaginários.
Henry Louis Mencken
Parte importante da descrença na existência de um governo mundial é que a imaginação popular acredita, e a maioria das obras de ficção científica segue este modelo, que um dia haverá uma espécie de ‘capital do mundo’ com um governo de nomes conhecidos, Parlamento, Executivo, Judiciário, etc., quando na realidade governo mundial significa ’controle difuso da população de todo o planeta’ com algumas áreas identificáveis – como ONU, União Européia, Tribunais Internacionais – mas a parte mais importante permanecendo oculta enquanto governo propriamente dito, no sentido a que estamos acostumados [[3]]. A maior parte dos agentes, acima e abaixo das estruturas visíveis, exerce o controle de tal forma que as pessoas nem se dão conta de estarem sendo manipuladas e, muito menos, que suas atitudes, aparentemente livres, obedecem a controles mundialmente unificados.
Para que os controles funcionem é preciso:
1 - Que eles venham ao encontro da necessidade de segurança e proteção frente a alguma situação alarmante. Esta é criada pelos controladores e necessitam despertar alarme e medo de ameaças, fantasmas imaginários – ou nas situações extremas, pânico.
2 - Que o nexo entre os agentes criadores do pânico e os agentes controladores permaneça oculto. Para isto é imperativo que a agenda controladora satisfaça uma parte da sociedade fazendo com que os indivíduos satisfeitos se sintam no comando e acreditem que foram eles que forçaram a criação da agência controladora e não percebam que são tão somente marionetes, criando-se uma verdadeira polícia política inteiramente gratuita aos cofres públicos e chegando-se ao Estado Totalitário ideal apontado por Huxley na epígrafe.
3 - O engajamento de parte importante da mídia, da ‘intelectualidade’ e das organizações respeitáveis da ‘sociedade civil’ e as sociedades científicas, forçando a produção de estatísticas forjadas, notícias alarmantes e imagens chocantes.
4 - A preparação cuidadosa de ‘salvadores do mundo’ (political bosses and their army of managers) que conduzirão a humanidade no caminho da salvação com medidas firmes, incluindo punição para os recalcitrantes, amplamente apoiadas pelos setores acima que se encarregarão de parte da execução como se fossem os autores da idéia.
5 - Que haja alguma modificação, real ou forjada, da situação alarmante e que estas sejam mostradas como resultado das medidas tomadas para evitá-la. Caso não haja mudanças significativas, jamais reconhecer o engano, mas sim reforçar as mesmas medidas e outras ainda mais fortes.
Já vimos sucintamente como isto funciona no caso do clima. Vejamos agora três exemplos corriqueiros entre nós: a campanha antitabagista, a chamada ‘lei seca’ e o culto totalitarista ao corpo, com a tirania dos códigos alimentares, a proliferação das academias de ginástica, clínicas cosmetológicas, etc.
Desde que se começou a fumar produtos do tabaco uma parte da população é contra. Alguns por aversão idiossincrática ou alérgica, outras por razões as mais diversas, inclusive pura chatice. Isto vem conduzindo nas últimas décadas a situações que podem ser consideradas racionais, como a separação dos ambientes públicos em áreas reservadas a ambas as partes da população. No entanto, surgiu no meio médico a hipótese do ‘fumante passivo’, aquele não fumante exposto a um ambiente de fumantes. Embora não passasse de uma hipótese, já provada falsa, foi uma isca irresistível para as forças globalizantes, as quais rapidamente se apossaram da mesma, transformaram-na numa verdade absoluta e irrefutável,começaram a aparecer estatísticas alarmantes e foi criado o pânico mundial. Notícias e mais notícias surgiram na mídia. Algumas ‘autoridades médicas’, face às dificuldades de explicar a etiologia de algumas doenças cardíacas, e pulmonares passaram a atribuir as causas ao horror do ‘fumo passivo’. Imagens chocantes se tornaram obrigatórias nos maços do asqueroso objeto! Rapidamente os inimigos do fumo tomaram a si a tarefa de excomungar esta praga de nossa civilização a ponto de se considerarem os reais agentes controladores. Rapidamente foram criadas novas estatísticas forjadas atestando a diminuição crescente das doenças atribuídas a tão nefasto hábito [[4]].
* * *
Mas no caso das estatísticas forjadas a medalha de ouro fica com a famigerada ‘lei seca’, que impera predominantemente na cidade do Rio de Janeiro. Depois de uma série de acidentes na madrugada causados por moleques bêbedos (ou algo mais) filhos de pais mais irresponsáveis ainda por presentearem seus imberbes rebentos com carros de alta potência, surgiu então o grande culpado: as malditas bebidas alcoólicas! Logo os tradicionais inimigos da ingestão de álcool passaram a bombardear a imprensa com notícias escabrosas e surgiu a inominável ‘lei seca tolerância zero’: a ingestão de qualquer quantidade de álcool aciona o temido bafômetro. Pessoas acostumadas durante anos a tomarem suas cervejinhas ou uisquinhos e saírem dirigindo seus veículos em segurança foram inibidas, aumentando enormemente os lucros dos taxistas, que se transformaram em novos agentes da lei [[5]]! Blitzen ‘terceirizadas’ (acreditou-se que a PM se deixava corromper) incluindo pessoas aleijadas presumivelmente, mas não certamente, em acidentes de trânsito – muito menos certamente ainda causados por condutores alcoolizados - são usadas de forma vexaminosa a fim de chantagear e constranger os transeuntes. Além disto, jogam-se no lixo dois princípios fundamentais do direito: o do cidadão não fornecer prova contra si mesmo – ser obrigado a soprar no bafômetro – e a punição sem crime – se não sopra perde a carteira, o carro é recolhido ao depósito e paga uma multa de quase mil reais. Criou-se a figura da punição por crime presumível!
Embora as notícias mostrem que aumentaram os acidentes com vítimas fatais, as estatísticas forjadas dizem o contrário e inovaram no ramo, criando as estatísticas de futuro: pode-se ler em qualquer lugar que ‘a lei seca evitou 2.700 mortes no trânsito’! Não seriam 2.701, 2.698, ou qualquer outro número? Como podem saber quantas mortes que não ocorreram, teriam ocorrido sem a maravilhosa lei? O DETRAN carioca acabou de inventar a estatística divinatória ou até mesmo divina,pois se supõe que manejam o ‘livro da vida’. E as pessoas engolem como verdades! Surpreendente?
Não, estes pronunciamentos têm caráter religioso. ‘devem ser aceitos na base da fé, oposta à prova científica. Questioná-los transforma o petulante num pecador’[[6]]. Mas não quero me adiantar aos futuros artigos. Basta, por enquanto, dizer que contrariando o que seria racional, ninguém se importa com outros fatores muito mais perigosos de serem ingeridos por condutores de veículos, como maconha, cocaína, heroína, crack e até mesmo tranqüilizantes, antidepressivos e antialérgicos que induzem ao sono. O importante é criar o pânico em relação a um único agente específico para maior eficácia, principalmente se a quantidade ingerida pode ser facilmente aferida. Já pensaram na complicação de blitzen com equipamento antidoping? [[7]]
O IDEAL TOTALITÁRIO DO CORPO PERFEITO
Além das medidas acima foi sendo criando desde a década de setenta um culto ao corpo perfeito e restrições alimentares dignas de Adolf Hitler e Josef Stalin. Não coma hambúrgueres! Gorduras trans são veneno! Carne vermelha possui toxinas fatais! Não dê doces nem sorvetes às crianças! Uma verdadeira tirania de códigos alimentares! Faça ginástica, caminhe, corra, faça massagens, barriga de tanquinho é legal! O manual do Nationalsozialistischer Reichsbund für Leibesübungen (NSRL) (Liga do Reich Nacional-Socialista para Exercícios Físicos) está hoje em plena moda.
Proliferam as ‘academias’ – e os lucros de seus proprietários e ‘personal trainers’. Poucos sabem – e os freqüentadores menos ainda – que estas academias são sucessoras dos turnvereinen, Clubes de Ginástica, criados por Friedrich Ludwig Jahn, conhecido como o “pai da ginástica” há duzentos anos! Raros sabem que a idéia central não era exercícios físicos em si, mas através deles o aprimoramento da raça e o sentimento de nacionalidade, o que foi muito bem explorado por todosos regimes totalitários. Nazistas e comunistas competiram quanto ao uso político dos esportes. Foi baseado nas transmissões radiofônicas diárias de exercícios para a população russa que Orwell criou a ginástica obrigatória transmitida pela teletela no livro 1984.
A função essencial dos exercícios físicos é afastar as pessoas do recolhimento mental e espiritual necessário para pensar, principalmente para exercer o pensamento crítico. O apavorante afastamento da boa leitura da maioria das pessoas em nosso país deve-se, entre outros motivos, a este estímulo ao culto do corpo. É claro que uma população assim é mais fácil de manobrar sem que nem perceba e se ache no domínio de suas idéias e atitudes.
RECADOS PARA A PATRULHA POLITICAMENTE CORRETA:
1- Eu não disse que fumar não pode fazer mal à saúde e causar doenças, principalmente enfisema pulmonar.
2- Eu não disse que é recomendável dirigir embriagado.
3- Eu não disse que exercícios físicos por recomendação médica e por tempo limitado sejam maléficos. Lembrem-se que um alcoólatra obeso e fumante inveterado, comandou um país aos pedaços e semi-destruído e, com a ajuda de outro igual do outro lado do Atlântico, venceu uma guerra contra um maluco vegetariano que detestava o fumo e as bebidas alcoólicas. O primeiro salvou seu país da catástrofe, o segundo levou um continente inteiro à quase total destruição.
O totalitarismo está na aplicação de regras únicas e tirânicas sobre toda a população, indiscriminadamente. Em tudo que trata de saúde é sempre recomendável observar a máxima dos antigos médicos franceses: dans la médecine comme dans l’amour, ni jamais, ni toujours!
[1] Note-se que não uso o termo “cultura” porque este, no sentido moderno, já é usado como um novo consenso que nada tem a ver com o tradicional, sendo esta uma das primeiras vitórias da modificação do senso comum que se pode atribuir a Franz Boaz, considerado o fundador da Antropologia Cultural e seus principais divulgadores, como Margaret Mead. Embora estudos posteriores, como os de Derek Freeman (também), Jack Cashill e ISI FORUM do International Studies Institute, provem que os estudos desta última não passam de grosseiras fraudes para comprovar as teorias de Boaz, este ramo da Antropologia continua imperando nas Universidades americanas. Nas brasileiras impera a fraude francesa de Lévy-Strauss.
[2] Deixo para outros autores melhor informados a destruição da filosofia grega e da tradição jurídica romana.
[3] Das grandes tendências globalizantes – metacapitalista, comunista e islâmica – só as duas últimas poderiam ter a feição de uma organização tradicional: a reconstrução do Império Islâmico Mundial seguiria o modelo árabe medieval – o Grande Califado - ou o Sultanato Otomano. O apego obsessivo dos comunistas ao estado burocrático também aponta nesta direção. (O Islã não será estudado nesta série).
[4] Se a censura permitir, ainda ouviremos falar de um ‘smokegate’, com o aparecimento de fraudes, criação de estatísticas falsas e ocultação de outras, tal como os emails da Universidade de East Anglia em relação ao ‘climagate’.
[5] Este é outro fator importante na criação dos controladores (os brasileiros que viveram os anos 80 lembrarão dos ‘fiscais do Sarney’): logo que surge um terror e uma proibição, aparecem os que auferem lucros imensos e aos quais interessa o aprofundamento das medidas. Nos EUA escritórios de advocacia ganharam centenas de milhões de dólares com processos contra a indústria do fumo, o ‘climagate’ está fazendo bilionários na área de combustíveis ‘não poluentes’, a campanha contra os malefícios dos ‘agrotóxicos’ e a fraude sobre alimentação “saudável” fez proliferar os criadores de alimentos ‘orgânicos’, “sem gorduras trans”, etc. O culto ao corpo fez as fortunas dos donos de academias de ginástica e especialistas em cosmetologia, inclusive cirúrgica, donos de restaurantes “naturais” (a carne de vaca é, obviamente artificial!), etc. Todos estes se transformam em entusiastas do controle e se somam hipocritamente aos batalhões da milícia da polícia política.
[7] Além disto, os principais financiadores da campanha anti-fumo e antialcoólica (os ‘filantropos’ George Soros, Peter Lewis e os políticos como Fernando Henrique Cardoso, César Gaviria) são os mesmos que defendem a liberação do uso de drogas pesadas. Por que será?
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