Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Em defesa da hipocrisia

Fonte: LIBERTATUM

TERÇA-FEIRA, MARÇO 02, 2010


A mídia que alerta sobre a emergência de regimes totalitários é a mesma que sistematicamente se refere a Fidel Castro como “presidente”, e ao governo de Honduras de “golpistas”




Por Klauber Cristofen Pires


Hoje, dia 02 de março de 2010, assisto ao Bom Dia Brasil e obtenho notícias recentes sobre o 1º Fórum “Democracia e Liberdade de Expressão”. Ouvi falar o presidente da RCTV, Demétrio Magnoli e outros nomes ilustres.

Que bom que tenhamos um fórum para debater sobre a liberdade de expressão! Há muito tempo o Brasil precisa de eventos assim! Não somente um, mas vários, centenas deles. Fóruns da liberdade, fóruns da segurança jurídica no campo e em toda a iniciativa privada; sobre direito de propriedade, liberdade de expressão, direito de portar armas, e muitos outros mais. Está mais que na hora de abrirem-se as portas para os grandes pensadores do país.

Aproveitando o bom momento, venho aqui contribuir para o usufruto desta liberdade, sugerindo que se crie um painel que anda faltante. Refiro-me ao papel que tem sido exercido pela mídia que neste momento reclama liberdade de expressão, e a uma análise sobre o que ela pensa de si mesma e de sua interação com o restante da sociedade.

Eu ainda não vi um só dos palestrantes deste evento que tenha com a sua mãozinha apontado para o Foro de São Paulo, e que em seguida a conduzisse a Lula, Hugo Chávez e Fidel Castro, e dali para os ditos movimentos sociais que criaram o Confecon e o PNDH-3.

Em termos mais claros: para quê reivindica, a esta altura do campeonato, a liberdade de expressão? Para ter o direito de endossar espontaneamente os desmandos do governo Lula? Para acobertar a emergência do Foro de São Paulo e as intenções de Lula e do PT de construir no Brasil o que se perdeu no leste europeu? Para silenciar sobre o enriquecimento ilícito de seu filho?

A mídia que pede a palavra é aquela mesma que por anos empregou terroristas como Franklin Martins no papel de comentaristas políticos – para emitir opinião sobre democracia - imagine! Também é a mesma que jamais fez questão de mostrar aos telespectadores quem foi José Dirceu, Dilma Roussef, José Genoíno e tutti quanti. Ora, ora, já estava me esquecendo: também tem sido esta mesmíssima mídia que tem posto na rua os jornalistas que têm denunciado a escalada totalitarista, especialmente Olavo de Carvalho e Boris Casoy.

A mídia que se sente acuada na sua margem de atuação é aquela que sempre atacou os governos militares sem dar a nenhum dos acusados a chance de apresentar o contraditório. Esta, que se diz ameaçada de perder as empresas e os empregos, por décadas tem sustentado programas sobre responsabilidade social, igualdade social, justiça social, e também é a mesma que fez novelas enaltecendo o MST e o regime cubano.

A mídia que alerta sobre a emergência de regimes totalitários é a mesma que sistematicamente se refere a Fidel Castro como “presidente”, e ao governo de Honduras de “golpistas”.

Isto não é exercício de liberdade, mas de narcisismo. Afinal, por anos e anos - por décadas mesmo - a mídia tem dito: “- que venham os bárbaros! Que venham os bárbaros”. Agora que eles vieram, ela se nega a servir-lhes o banquete. Pode uma coisa dessas? Como se diz por aí, “pimenta nos olhos dos outros...”

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".