Fonte:
LIBERTATUM
Por Klauber Cristofen Pires
Hoje, dia 02 de março de 2010, assisto ao Bom Dia Brasil e obtenho notícias recentes sobre o 1º Fórum “Democracia e Liberdade de Expressão”. Ouvi falar o presidente da RCTV, Demétrio Magnoli e outros nomes ilustres.
Que bom que tenhamos um fórum para debater sobre a liberdade de expressão! Há muito tempo o Brasil precisa de eventos assim! Não somente um, mas vários, centenas deles. Fóruns da liberdade, fóruns da segurança jurídica no campo e em toda a iniciativa privada; sobre direito de propriedade, liberdade de expressão, direito de portar armas, e muitos outros mais. Está mais que na hora de abrirem-se as portas para os grandes pensadores do país.
Aproveitando o bom momento, venho aqui contribuir para o usufruto desta liberdade, sugerindo que se crie um painel que anda faltante. Refiro-me ao papel que tem sido exercido pela mídia que neste momento reclama liberdade de expressão, e a uma análise sobre o que ela pensa de si mesma e de sua interação com o restante da sociedade.
Eu ainda não vi um só dos palestrantes deste evento que tenha com a sua mãozinha apontado para o Foro de São Paulo, e que em seguida a conduzisse a Lula, Hugo Chávez e Fidel Castro, e dali para os ditos movimentos sociais que criaram o Confecon e o PNDH-3.
Em termos mais claros: para quê reivindica, a esta altura do campeonato, a liberdade de expressão? Para ter o direito de endossar espontaneamente os desmandos do governo Lula? Para acobertar a emergência do Foro de São Paulo e as intenções de Lula e do PT de construir no Brasil o que se perdeu no leste europeu? Para silenciar sobre o enriquecimento ilícito de seu filho?
A mídia que pede a palavra é aquela mesma que por anos empregou terroristas como Franklin Martins no papel de comentaristas políticos – para emitir opinião sobre democracia - imagine! Também é a mesma que jamais fez questão de mostrar aos telespectadores quem foi José Dirceu, Dilma Roussef, José Genoíno e tutti quanti. Ora, ora, já estava me esquecendo: também tem sido esta mesmíssima mídia que tem posto na rua os jornalistas que têm denunciado a escalada totalitarista, especialmente Olavo de Carvalho e Boris Casoy.
A mídia que se sente acuada na sua margem de atuação é aquela que sempre atacou os governos militares sem dar a nenhum dos acusados a chance de apresentar o contraditório. Esta, que se diz ameaçada de perder as empresas e os empregos, por décadas tem sustentado programas sobre responsabilidade social, igualdade social, justiça social, e também é a mesma que fez novelas enaltecendo o MST e o regime cubano.
A mídia que alerta sobre a emergência de regimes totalitários é a mesma que sistematicamente se refere a Fidel Castro como “presidente”, e ao governo de Honduras de “golpistas”.
Isto não é exercício de liberdade, mas de narcisismo. Afinal, por anos e anos - por décadas mesmo - a mídia tem dito: “- que venham os bárbaros! Que venham os bárbaros”. Agora que eles vieram, ela se nega a servir-lhes o banquete. Pode uma coisa dessas? Como se diz por aí, “pimenta nos olhos dos outros...”
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