O COYOTE
Esta entrada foi publicada em 11/06/2012, in OPINIÃO.
POR EWERTON ALÍPIO
A Rede Globo catapultou a carreira de uma ex-modelo* que pornificou a imagem da criança em seus programas; promoveu o bandido José Júnior; detratou os Clubes de Tiro numa novela e seu “O Show da Vida” solidarizou-se com uma moça expulsa de colégio adventista por lesbianismo. Paulo Henrique Amorim está na rede de televisão do teólogo luciferiano e o SBT fez “Amor e Revolução”. Os crimes dos homossexuais são minimizados pela mídia controlada e eles sempre são super-representados em reality shows como “BBB” e “A Fazenda”. Ainda assim, o PT exige adesão incondicional ao seu projeto de sociedade monolítica: um decreto que estabelece mais normas para a radiodifusão proibirá a locação de horários nas tevês abertas, o que vai atingir de maneira frontal pastores evangélicos. Vale registrar que, certa feita, o Ministério Público Federal entrou com ação civil para revogar a licença da nominalmente católica TV Canção Nova depois que esta emissora removeu de sua programação um apresentador abortista e homossexualista. E por que nós outros, boas vidas e orgulhosamente não-evangélicos, devemos nos insurgir contra essas medidas totalitárias? Parafraseando o durão John McClane, os protestantes — menção honrosa para os católicos Pe. Luiz Carlos Lodi, Dom Luiz Bergonzini e Pe. Paulo Ricardo — foram a mosca na sopa, a pedra no sapato e os chatos de galocha dos Carvalhos e das Menicuccis da vida, sobretudo em tópicos como aborto irrestrito, PL 122, Lei Anti-Palmada e Kit-Gay. E esse decreto caminhapari passu com a nova lei da TV paga.
Vivas para o Congresso e para a Ancine! Hurra! Hurra! Hurra!
A Agência Nacional do Cinema (Ancine) publicou recentemente, no Diário Oficial da União, as instruções normativas que criam um novo marco legal para a televisão por assinatura. A rigor, minha senhora, esse vespeiro será erguido à condição de agência reguladora — a proposta permite que, na prática, a Ancine autorize ou não a programação de um canal de TV paga — e haverá inserção de cotas de conteúdo brasileiro dentro dos canais — num exercício de novilíngua orwelliana, “estímulo à cultura brasileira e fomento da indústria de produção e distribuição”. Ora, meu velho, os canais da Rede Telecine já exercem auto-censura: o todo politicamente incorreto “Apocalypto”, de Mel Gibson, não é reprisado há quatro ou cinco anos, e no belo “Adeus, Lênin”, de Wolfgang Becker, a cena do pôster do Che foi cortada.
Cotas de filmes nacionais em cinema e TV paga — leia-se aqui: filmes engajados, “independentes”, politicamente corretos e financiados através da legislação de incentivo fiscal –, extinção do aluguel de horários na programação da TV aberta e proibição da publicidade infantil significam mais emissoras dependentes das verbas estatais, patrulhamento ideológico e controle das informações. Fascismo.
E tem animal que ainda troça daqueles que destrincham o processo de “venezuelização” do país.
* De duvidosa reputação, foi canonizada pelo “Fantástico” e pelas histéricas Maria do Rosário, Marta Suplicy e Lola, a feminista mais tribufu e intelectualmente desonesta da blogosfera. Hoje, Tamara, digo, Xuxa, é uma abnegada ativista anti-família e pró-Lei Anti-Palmada.
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