Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A metafísica darwinista e o problema da teodiceia

 

perspectivas

Quinta-feira, 14 Junho 2012

O problema da teodiceia é um problema filosófico clássico e antigo, mas agora, em desespero de causa, o darwinismo recorre à teodiceia para tentar destruir quem se oponha ao seu dogma. Mas o problema da teodiceia é metafísico e, por isso, faz parte da filosofia, e não da ciência. Ou será que o darwinismo é, antes de mais, uma metafísica?!



Desde logo, o darwinismo cria esta noção de evolução, mas depois exige que o ónus da prova recaia sobre quem refuta a teoria.

Dou um exemplo: se alguém afirma que 1 + 1 = [ √ π], e uma outra pessoa não concorda e refuta esta proposição baseado na lógica e na matemática (e não na metafísica!), cabe a quem afirma demonstrar que a proposição é verdadeira.

Mas os darwinistas afirmam a sua teoria e depois exigem que quem não concorda com ela que a refute, sem apresentar evidências que possam fundamentar a teoria. É como se eu afirmasse que “os deuses falam grego”, e exigisse depois que quem não concorda comigo que demonstre que eu estou errado.

É neste contexto que os darwinistas recorrem ao argumento metafísico clássico da teodiceia: “se o designer existe, porque é que não criou a natureza de forma perfeita?”

O darwinista coloca-se no lugar do designer e faz-lhe a crítica: assume que até poderia ter feito melhor do que ele, presumindo que a natureza não é perfeita.

Imaginem que eu vou a uma exposição de arte abstracta. Olho para os quadros e digo comigo: “embora eu não entenda qual é o objectivo do artista ao pintar estes quadros abstractos que não me dizem quase nada, a verdade é que 1) os quadros são produtos de design, e 2) o artista lá deve ter as suas razões para produzir este design.”

O darwinista, em contraponto, entra na mesma galeria de arte abstracta e pensa: “não existe design nestes quadros, porque se existisse algum design, teriam que fazer sentido para mim e ser perfeitos. Uma vez que os quadros não têm significado para mim e são imperfeitos, logo os quadros não são produtos de design: surgiram espontaneamente na natureza mediante mutações aleatórias e por selecção natural.”

Et sic transit gloria mundi.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olavo de Carvalho?! O exotérico?! Excelente citação, realmente a altura da argumentação..... Só faltou aporte ao Reinaldo Azevedo.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".