segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
O crack toma conta da cidade, os viciados auemtam todos os dias, no Rio não existe uma política pública para tratar e recuperar esses doentes, resultado, a cidade está sendo desmontada para virar moedas do crack.
Rio - O cobre e o bronze estão valendo ouro para viciados em crack. De venda fácil em ferros-velhos, os metais viraram moeda de troca e são alvos frequentes de dependentes que roubam pedaços de monumentos públicos e cabos de energia e telefonia para sustentar o vício. Os ‘nóias’ — como são chamados os consumidores em crise — invadem até cemitérios para furtar fragmentos e imagens em bronze inteiras nos túmulos. A prática leva prejuízo aos cofres públicos e empresas, além de prejudicar a população, que sofre com constantes cortes de energia e telefone.
Só na 25ª DP (Rocha), que fica em região com pelo menos 20 favelas — entre elas Manguinhos e Jacarezinho, onde existem as maiores cracolândias da cidade —, cerca de 80 ocorrências envolvendo viciados em pequenos furtos são registradas mensalmente
Identificar receptadores
Segundo o delegado da 25ª DP, Carlos Machado, para combater o crime, a polícia está identificando receptadores dos produtos e fechando pontos de compras: “O problema é que existem muitos pequenos compradores, que vivem mudando de endereço. Contamos com o Disque-Denúncia (2253-1177)”.
Dependentes de crack fazem de tudo para conseguir a droga . A 38ª DP (Irajá) tem informações de que foram viciados que depredaram a imagem em bronze de São Cristóvão, no entroncamento da Av. Brasil e Via Dutra, em Irajá, na Zona Norte. A estátua teve parte da perna direita e o cajado roubados. A Secretaria Municipal de Conservação restaurou a obra.
Há marcas dos ataques em toda a cidade. No Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, são incontáveis as lápides de sepulturas desfalcadas de crucifixos e objetos sacros em bronze. Na 17ª DP (São Cristóvão), parentes dos mortos fazem, em média, cinco registros a cada 30 dias. “Contratamos seis seguranças para evitar os furtos”, diz o subdiretor administrativo do cemitério, Sebastião Magalhães.
Os ataques a patrimônios históricos são praticamente diários. Na Glória, Zona Sul, boa parte dos monumentos está sem detalhes em bronze. A base da estátua de Pedro Álvares Cabral virou ponto de encontro de viciados. “Mandamos carta ao governador pedindo policiamento”, diz o diretor do Conselho Comunitário da Glória, Jorge Mendes.
Sofrendo, Regina resolveu se dedicar às causas sociais. Percebeu que muitos problemas — como desabamentos e doenças — eram causados pelo lixo. Começou a ir de porta em porta falando sobre a importância de separar e reciclar o lixo. Com os primeiros recursos, arrecadados da venda de produtos a um ferro-velho, montou pequeno armazém e criou a ‘moeda verde’: troca de material reciclável por alimentos. Por exemplo: 1 kg de garrafas PET dá para comprar 1 kg de feijão ou 1 litro de leite.
Se o associado estiver precisando dos alimentos, mas não tiver material para trocar, pode recorrer ao ‘cartão de crédito’: leva os produtos e depois traz o lixo reciclável.
Só na 25ª DP (Rocha), que fica em região com pelo menos 20 favelas — entre elas Manguinhos e Jacarezinho, onde existem as maiores cracolândias da cidade —, cerca de 80 ocorrências envolvendo viciados em pequenos furtos são registradas mensalmente
Identificar receptadores
Segundo o delegado da 25ª DP, Carlos Machado, para combater o crime, a polícia está identificando receptadores dos produtos e fechando pontos de compras: “O problema é que existem muitos pequenos compradores, que vivem mudando de endereço. Contamos com o Disque-Denúncia (2253-1177)”.
Dependentes de crack fazem de tudo para conseguir a droga . A 38ª DP (Irajá) tem informações de que foram viciados que depredaram a imagem em bronze de São Cristóvão, no entroncamento da Av. Brasil e Via Dutra, em Irajá, na Zona Norte. A estátua teve parte da perna direita e o cajado roubados. A Secretaria Municipal de Conservação restaurou a obra.
Há marcas dos ataques em toda a cidade. No Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, são incontáveis as lápides de sepulturas desfalcadas de crucifixos e objetos sacros em bronze. Na 17ª DP (São Cristóvão), parentes dos mortos fazem, em média, cinco registros a cada 30 dias. “Contratamos seis seguranças para evitar os furtos”, diz o subdiretor administrativo do cemitério, Sebastião Magalhães.
Os ataques a patrimônios históricos são praticamente diários. Na Glória, Zona Sul, boa parte dos monumentos está sem detalhes em bronze. A base da estátua de Pedro Álvares Cabral virou ponto de encontro de viciados. “Mandamos carta ao governador pedindo policiamento”, diz o diretor do Conselho Comunitário da Glória, Jorge Mendes.
Sofrendo, Regina resolveu se dedicar às causas sociais. Percebeu que muitos problemas — como desabamentos e doenças — eram causados pelo lixo. Começou a ir de porta em porta falando sobre a importância de separar e reciclar o lixo. Com os primeiros recursos, arrecadados da venda de produtos a um ferro-velho, montou pequeno armazém e criou a ‘moeda verde’: troca de material reciclável por alimentos. Por exemplo: 1 kg de garrafas PET dá para comprar 1 kg de feijão ou 1 litro de leite.
Se o associado estiver precisando dos alimentos, mas não tiver material para trocar, pode recorrer ao ‘cartão de crédito’: leva os produtos e depois traz o lixo reciclável.
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