JANEIRO 6, 2012
Se o Vaticano representa a nação católica (isto é, todos os povos do planeta que seguem a tradição de crer em Cristo no seio da Igreja que Ele fundou), isso significa dizer que não existe apatria dentro da tradição cristã a partir do nascimento, pois todos nós somos herdeiros da tradição fundada a partir da mensagem de Jesus – como membros da Igreja, temos o dever histórico, e moral, de preservar esta rica e bela tradição de dois milênios. É a partir do ato do nascimento, para a tradição cristã, que somos batizados e registrados no batistério – quando passamos a ser parte deste mundo, nós passamos a fazer parte de algo muito maior do que nós mesmos, e a ser governados a partir do magistério da Igreja, sob a liderança do vigário de Cristo aqui na Terra. Caminhamos para a santidade, seguros quando tentamos imitar ao nosso salvador, sob o magistério da Santa Fé.
Esse ato sublime de vir ao mundo é um dom de Deus – e esse ato, por si só, é nobre e digno, por excelência. Este ato, eu ouso dizer, vale mais do que o preceito escrito da constituição federal da dignidade da pessoa humana, pois somos parte de uma ordem, de um estado de coisas decorrente de um caminho de vida que decorreu dos ensinamentos de Jesus Cristo e que levou séculos para ser sedimentado, em sólida e sã doutrina – e esse caminho deve ser conservado, uma vez que incumbe a todos nós, cristãos, por direito natural, a tarefa de conservar o mundo, já que a própria natureza nos convida a sermos parte da primazia de Deus e a conhecer desse fato através da compreensão, como diria Cícero, ilustre orador romano.
Por essa razão, qualquer ato que promova aborto, como um direito reprodutivo da mulher, é inconstitucional por si mesmo – nenhuma lei constitucional, que organize o Estado de Direito nessas circunstâncias, deve ser aplicada, se ela fere a tal princípio, mesmo que essa lei seja originária. Os responsáveis por isso devem ser punidos da forma mais exemplar possível, pois tal crime é imprescritível, uma vez que existe uma lei natural, e revelada, anterior a toda e qualquer lei constitucional: as leis de Deus, que são imutáveis e válidas para toda, e qualquer, época e para todo, e qualquer, lugar.
O simples ato de se ir contra esse estado de coisas, negando absolutamente a existência de Deus e tudo o que foi construído em nome Dele, revela apatria deliberada e criminosa. Praticar crimes contra o pensamento e a autoridade da Igreja, com o intuito de destruir ou negar a ordem naturalmente constituída e de tentar revogar, por forças humanas, a lei eterna, divina e irrevogável por natureza, é um ato vil de traição – e isso deve ser evitado a todo e qualquer custo.
Quando tomamos o nosso país como se um fosse lar, devemos levar em conta que nenhum irmão de fé deve ser considerado apátrida, uma vez que apatria é governar sem os princípios do Direito Natural e das leis de Deus – e sem essas leis, o governo de um país se torna uma espécie de Deus e a nação vira uma espécie de religião, o que é mau por si mesmo. Esse mal é a fonte fundamental, e primária, de todos os preconceitos de ódio contra a raça, contra as nações e contra a fé de povos inteiros – e o fim do nacionalista só se consuma através expurgo dos indesejados.
É apatria, igualmente, tentar subverter os princípios morais de todo um povo, através da ideologia barata e vulgar. Qualquer tentativa de se corromper os valores morais, absolutos por si mesmos, através de artifícios culturais, deve ser reprimida a todo e qualquer custo, e a lei nesse ponto, só será constitucional, se atuar como mecanismo de legítima defesa dessa agressão manifestamente injusta – pois se a ideologia se fundir ao senso comum, as pessoas, obviamente, não perceberão que o mal foi implantado e nem se dará conta de como esse processo de desintegração social e de descapitalização moral começou a acontecer, já que a história, a fonte de todas as referências, foi simplesmente reescrita para saciar aos caprichos do dominador.
Por essa razão, os agentes e as instituições que sedimentam esse mal objetivo devem ser totalmente proscritos da vida pública – e devemos ser eternamente vigilantes quanto a isso, de modo a que isso não ocorra. Não devemos, como pessoas de bem, ficar silentes quanto a isso.
Essas são as considerações sobre esse fato.
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