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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A doença imaginária de Cristina Kirchner comprova que os populistas sul-americanos transformam até câncer em cabo eleitoral*

AUGUSTO NUNES
09/01/2012 às 17:58 \ Direto ao Ponto

*informe argentino afirma que teve também cirurgia plástica na coitadinha que talvez se achasse feia como outras presidAntas por aí afora...

Depois de garantir a reeleição com a beatificação do marido morto, dezenas de modelitos pretos e a cara de choro de quem enviuvou ainda no berço, Cristina Kirchner resolveu aterrissar espetacularmente no clube dos governantes domadores de cânceres, fundado e dirigido por Hugo Chávez. “Exames de rotina, realizados no dia 22, localizaram um carcinoma papilar no lóbulo direito da glândula tireoide, e a presidente será operada no próximo dia 4 de janeiro”, comunicou em 28 de dezembro o porta-voz da Casa Rosada, Alfredo Scoccimarro, tentando dissimular a animação de quem sabe que, na terra do tango, tragédia rende voto.

Nos anos 50, Juan Domingo Perón prolongou a permanência no poder expondo à visitação pública uma Evita em ruínas e, depois, o cadáver da protetora dos descamisados. Cristina foi mais ousada: em vez de explorar a doença dos outros, optou por um câncer pessoal e intransferível. A ideia pareceu funcionar. Em vigília permanente, milhares de devotos atravessaram a semana passada acampados na Plaza de Mayo, sobraçando faixas com a inscrição Fuerza, Cristina, cantando hinos peronistas, rezando e chorando. Para a seita dos loucos por um martírio, foi um reveillon de sonho.

Excitado com o ingresso de Cristina Kirchner no quadro de sócios, que já incluía o cubano Fidel Castro, os brasileiros Lula e Dilma Rousseff e o paraguaio Fernando Lugo, o chefe da entidade informou que a primeira reunião da turma seria realizada assim que a companheira argentina tivesse alta. E aproveitou a oportunidade para assombrar o mundo com a revelação: as enfermidades que andam surpreendendo governantes sul-americanos são coisa dos ianques. Mais precisamente da CIA, que teria descoberto como se faz para instalar tumores malignos em defensores do povo.

O entusiasmo de Chávez contagiou o amigo Lula. Ainda no meio do tratamento, o ex-presidente brasileiro reiterou que, em fevereiro, vai desfilar no Sambódromo a bordo de um carro alegórico da Gaviões da Fiel. Também avisou que, em março, já com a faixa de campeão do Carnaval de São Paulo, homenageará o Rio com uma visita ao Morro do Alemão. Dilma, Lugo e Fidel estavam prontos para entrar na festa desencadeada pela tireoide de Cristina quando se soube que a colega argentina só esqueceu de combinar com os médicos. Ao fim da cirurgia de três horas, não foi encontrado um único e escasso vestígio de câncer. A viúva profissional foi operada de um tumor inexistente.

“O exame histopatológico definitivo constatou a presença de nódulos nos dois lóbulos da glândula tireoide, mas descartou células cancerígenas, alterando o diagnóstico inicial”, conformou-se o porta-voz Scoccimarro, esforçando-se para conter a decepção. “O novo diagnóstico levou os médicos a considerarem desnecessário o tratamento de quimioterapia”. Durante quase dez dias, portanto, Cristina Kirchner enfrentou com muita bravura um câncer que nunca existiu. Quem conta com a proteção do Beato Néstor não teme inimigo nenhum. Principalmente os imaginários.

No mundo civilizado, enquanto milhares de cientistas perseguem a cura da doença, incontáveis pacientes famosos ou anônimos enfrentam tumores malignos com coragem e discrição. No subcontinente acanalhado pelo primitivismo populista, o espetáculo deprimente protagonizado por canastrões de bolero, heróis de chanchada e prima-donas de ópera bufa demonstra que gente obcecada pelo poder transforma até câncer em cabo eleitoral.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".