Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Feministas antifemininas

IPCO
5, janeiro, 2012



Manifestação feminista
Gregorio Vivanco Lopes
A pretexto de igualdade, há quem procure arrancar da mulher seu caráter feminino. Refiro-me ao movimento feminista, o qual poderia mais bem se chamar antifeminino.
O papel da mulher na sociedade é altamente respeitável. Esse respeito era evidenciado, algum tempo atrás, até nos pequenos detalhes da vida quotidiana: fazer com que passassem à frente nas portas, oferecer-lhes os melhores lugares nos transportes coletivos, etc.
As moças solteiras eram especialmente protegidas por seus pais; as casadas, tratadas com delicadeza por seus maridos; as mães, veneradas por seus filhos; as anciãs, tidas quase como sagradas na família.
Contra tudo isso investiu a revolução feminista. Buscou arrancar da mulher sua delicadeza, lançando-a abruptamente nas situações mais ásperas da vida; fez com que seu exterior, marcado pelo recato e pela modéstia, fosse substituído por modos toscos que beiram não raro a grosseria; trocou sua singela pureza e seu pudor sensível por exibicionismos e “liberdades”, antes só encontradiços em certos bairros ou ambientes de má fama; a beleza e o colorido de suas vestes foram substituídos por trajes masculinizados ou imorais; a graça feminina, dom eminentemente do espírito, pela sensualidade transbordante.
Felizmente muitas mulheres têm sabido resistir a essa pressão — que a mídia e a moda propagam de todos os modos — e mantêm íntegras suas qualidades femininas. Outras talvez se deixem coagir num ou outro ponto e resistam nos demais. Haverá as que naufraguem nas ondas do feminismo.
O certo é que a revolução feminista atua globalmente nessa direção e visa a arrancar das mulheres suas características próprias e inconfundíveis. Isso vai tão longe que já começa a produzir reações.
* * *
Vestes femininas no início do século XX
O importante diário madrilense“El País” (8-10-11) publica reportagem intitulada “Uma crise hiper-feminina — Nesta temporada volta a mulher-mulher”. Trata da retomada de adereços e maquilagens femininos que haviam caído em desuso. Não é o caso aqui de especificar quais sejam esses enfeites. O que nos importa constatar é o caráter reivindicatório desse retorno:“Reivindica-se a feminilidade [...] ou seja, volta o eterno feminino”.
Depõe a respeito Víctor del Río, escritor e professor de Teoria da Estética na Universidade de Salamanca: “A crítica a este estereótipo [feminino] tem sido contundente durante décadas. O feminismo lutou contra a estética tradicional nos anos sessenta e setenta. Seu discurso era político”.
“Mas agora — comenta a reportagem — definitivamente, a referência volta a ser a ‘mulher-mulher’.”
Para o escritor Oscar Scopa, “se em anos anteriores apostou-se na mescla de gêneros, agora se volta ao tradicional”.
* * *
É também ilustrativo o depoimento da escritora e jornalista Danuza Leão, no artigo“Falando de igualdade” (“Folha de S. Paulo”, 16-10-11).
“Dilma deverá escolher entre quatro nomes cotados para o cargo [ministro do STF]. Nenhum homem faz parte da lista. Muito bonito dar força às mulheres, nomeá-las para cargos importantes, mostrar ao mundo que o Brasil acredita na igualdade dos sexos etc. e tal; mas menos, presidente, menos. Não é possível que no país inteiro só existam quatro pessoas com capacidade para exercer o cargo de juiz do STF, e que as quatro sejam mulheres.

“Quantas ministras temos no governo? São nove ou dez, fora as que exercem altos postos na administração. Será que não chega? [...] Não adianta existir uma lei obrigando os partidos a terem 20% de candidatos do sexo feminino; se poucas se candidatam a cargos eletivos, é porque não querem, elas têm esse direito [...] Essa história de fazer discursos sobre as conquistas femininas ficou velha [...] Modernize-se, presidente”.
Modelo por excelência para o sexo feminino é Maria Santíssima, a “bendita entre todas as mulheres”.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".