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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A UTOPIA

ANATOLLI
21 de Fevereiro de 2011 às 12h 34m

Por Anatoli Oliynik

A utopia tem dominado a mente dos seres humanos desde a mais remota antigüidade. Seus precursores mais destacados foram Antístenes, Hipódamo de Mileto, Zenão de Cicio, Teopompo, Jambulos, Thomas More, Tommaso Campanella, Abade Labat, Padre Périer, De Gomberville, Pierre Bergeton, Du Tertre, Hannepin, dentre outros. Mais recentemente, surgem Jean-Jacques Rousseau, Saint-Simon, Robert Owen, Charles Fourier, Karl Marx e H.G. Wells e uma dezena mais.

A utopia é uma doença mental que encontra terreno fértil nas mentes doentias dos seres humanos que desejam substituir o desconforto de viver no mundo real, que é sempre tensional, pelo conforto de um mundo imaginário que só existe na mente deles. Assim, o utopista constrói a sua gaiola e se aprisiona dentro dela.
Este fato em si mesmo, não seria um grande problema, pois cada um faz da sua cabeça o que bem entender. O problema maior é que o utopista quer colocar todo mundo e o mundo todo dentro da sua gaiola. A partir dela, da qual não consegue se libertar quer construir um mundo novo e um novo homem, porque acha que a criação Divina foi imperfeita e ele, o utopista, é que tem a fórmula perfeita.

Dentro desse quadro psicótico, o utopista tem a pretensão de matar Deus, pois a sua mente demente alimenta a crença de que matando Deus, poderá se colocar no lugar d’Ele. E assim surge a figura do revolucionário, esquerdista, marxista, socialista, comunista e outros assemelhados, todos eles pretendendo reformar o mundo e a própria humanidade colocando sua pretensão psicótica em ação.

Na tentativa de colocar todo mundo e o mundo todo dentro da sua gaiola, o psicopata utópico utiliza os mais variados instrumentos de convencimento, tais como: a retórica, a mentira, a falsidade, a falácia, o cinismo, a heresia, o niilismo, a dialética hegeliana , a subversão feuerbachiana , o humanismo, o desconstrucionismo, a luta de classes, o sincretismo religioso, o ateísmo, o paganismo, o gnosticismo , dentre muitos outros. Assim, eles criam a segunda realidade, onde o reino dos céus é substituído pelo poder da lei estatal na salvação das massas.

O reino da segunda realidade é o reino dos revolucionários, dos jacobinos empenhados em moldar a sua realidade a seus preconceitos, cuja proposta é a criação de um mundo melhor mediante a concentração de poder nas mãos deles e jamais nas suas.

A segunda realidade foi descoberta por Cervantes que na sua obra “Dom Quixote” narra com requintes literários essa alucinação típica dos tempos modernos. Obra que recomendo a todos, exceto aos psicopatas utópicos.

O que os revolucionários utopistas psicóticos fazem, é condenar os seus companheiros de viagem à condição de eternos proletários e os idiotas úteis a condição de eunucos intelectuais, ou seja, aqueles que só sabem aquilo que lhes é embutido no pequeno espaço que possa existir entre as orelhas.

Para finalizar, lanço mão da assertiva de Padre Paulo Ricardo: “Todos aqueles que quiseram implantar um paraíso aqui na terra, a única coisa que conseguiram produzir foi o inferno”. E eu complemento: “Nada se pode esculpir sobre a madeira podre” AO). Portanto, você não pode morar nas suas idéias; você só pode morar na vida real e concreta.

Um comentário:

Eskess disse...

"Assim, eles criam a segunda realidade, onde o reino dos céus é substituído pelo poder da lei estatal na salvação das massas."

Alguém pode dizer o que o maníaco em questão quis dizer?

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".