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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O monumental erro em comum entre Marx e Smith - erro que mudou o mundo para sempre

MISES BRASIL
sábado, 19 de fevereiro de 2011

por Juan Fernando Carpio

Liberalismo x Socialismo - BRESCOLA.jpgO que esses dois pensadores, tidos como opostos, poderiam ter em comum?  Ocorre que Karl Marx herdou de Adam Smith um erro extremamente básico, um erro que possui monumentais consequências e que mudou o mundo para sempre.


Em seu famoso tratado sobre a riqueza das nações, Adam Smith nos diz que, em condições primitivas ou em cidades pequenas, aqueles indivíduos que vão ao mercado para vender seus produtos (sejam eles produtos agrícolas, parte do seu rebanho ou mesmo produtos manufaturados) ganham, nesse processo de venda, um salário. Isto é, a renda auferida por esses indivíduos que vendem bens no mercado é o seu salário.

Salário?  Grave erro.  Aquilo que é obtido por alguém que sai da autossuficiência agrícola para vender seus produtos no mercado não é um salário, mas, sim, um lucro.  Ou um prejuízo.  Lucros ou prejuízos são obtidos apenas por empreendedores.  Por definição, portanto, essa pessoa poderia ser um agricultor ou um profissional liberal qualquer em alguma cidade.

O salário é uma forma de pagamento que surge apenas quando um capitalista entra em cena.  O capitalista é a pessoa que irá fazer uso de bens previamente produzidos, colocando-os em empreendimentos arriscados.  Ele é aquele que compra ou paga por um bem ou serviço para, apenas mais tarde, vender algo cujo valor total é maior do que a soma das partes utilizadas nesse processo.  E isso poderá ser determinado somente se o produto for vendido: este é o único sinal — um sinal ausente em economias socialistas — de que a sociedade está criando valor agregado.

Smith erra sobejamente quando chama de salários aquilo que empreendedores obtêm quando comercializam bens nas cidades.  Um salário só passa a existir quando uma pessoa contrata uma outra, pagando-lhe regularmente uma quantia fixa.  Podemos chamar isso de 'o pacto do capitalismo', pois significa que o empregado agora faz parte do risco empreendedorial assumido pelo capitalista.  Em troca, o empregado recebe uma renda fixa (diária, mensal etc.) — ou seja, um salário.

Empregados assalariados não têm possibilidade de auferir lucros, porém — e ainda mais importante — estão livres de prejuízos.  Com efeito, os empregados têm mais chance de receber renda do que o capitalista.  O fazendeiro, por exemplo, deve pagar os salários de seus empregados mesmo que tenha havido uma geada no dia anterior à colheita.  Os empregados, por sua vez, estão isentos do ônus do prejuízo.  Tampouco pode o fazendeiro, para sermos justos, compartilhar com eles seus lucros.  Uma empresa farmacêutica irá vender seus produtos somente quatro ou cinco anos após a ideia inicial de se criar esses novos produtos.  Nesse meio tempo, ela terá de pagar salários para centenas, talvez milhares, de pessoas.  O salário é pago hoje independentemente de como serão as vendas futuras.

Assim, o problema — brilhantemente ensinado pelo professor George Reisman — é que o erro compartilhado por Smith e Marx gerou a ideia de que, para obter lucros — a famosa "mais-valia" exploradora —, os capitalistas tinham de manter para si parte do salário de cada empregado.  A realidade é outra.  A realidade é que a riqueza é criada por aquele indivíduo que sabe como transmitir suas visões, arriscar recursos e reconhecer oportunidades — tudo isso ao mesmo tempo em que ele cria uma renda regular para terceiros durante esse processo.

O capitalismo cria uma classe média mundial.  Antes dos capitalistas, todos tinham de assumir por completo todo o risco de uma dada atividade.  Já hoje, podemos delegar os riscos para aqueles que são mais ambiciosos e mais capacitados para atividades empreendedoras, já sabendo que, no final do mês, receberemos nossos contracheques.  Tal arranjo é infinitamente mais produtivo e eficaz.  Em última instância, é ele quem elimina a pobreza.
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Juan Fernando Carpio mora em Quito, Equador, possui mestrado em Economia Empreendedorial pela Universidad Francisco Marroquin, da Guatemala e é o presidente do Instituto para la Libertad, um think tank libertário equatoriano.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".