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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Observe a esquerda ignorar o Irã

O ESTADO
Sexta, 18 de Fevereiro de 2011

Quando os iranianos saíram às ruas em protesto contra a suspeita reeleição de Mahmoud Ahmadinejad, a esquerda brasileira ficou assistindo pela televisão, na torcida para que a justiça prevalecesse e aquele tumulto pequeno-burguês fosse rapidamente sufocado.

Muita gente pode ter esquecido, mas foi de Lula a melhor síntese do que se passava: “Não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos”.

Mas agora nossa esquerda anda super empolgada com democracia no Oriente Médio. Todos os defensores de Fidel Castro festejam o levante no Egito e vislumbram a Era de Aquário, entre eles o PT, que divulgou uma nota solidária:

“O Partido dos Trabalhadores saúda o povo egípcio e presta total solidariedade à luta dos povos árabes e de toda a região contra governos ditatoriais, corruptos e violadores dos direitos humanos. Ao cabo de dezoito dias de luta nas ruas do Cairo e outras cidades do Egito, seu povo, defendendo as bandeiras de pão, emprego, justiça social, progresso, liberdade e democracia, derrubou o regime antipopular e ditatorial de Hosni Mubarak”.

A mensagem acrescenta: “A lufada de ar renovador que teve início na Tunísia, respeitadas as características e a cultura de cada país, poderá soprar por outros países, provocando uma nova correlação de forças em favor da democracia e da soberania, que contribua para a construção de uma ampla e justa paz, objetivos com os quais o PT possui compromissos históricos”.

No momento em que o PT se pronunciou, os iranianos já haviam saído às ruas, tal como em 2009, contra o regime de Ahmadinejad, mas o Irã não é citado entre os países onde o PT espera ver soprar a lufada de ar democrático. Os iranianos, parece, também estão lutando contra um regime “antipopular e ditatorial”. A esquerda não quer saber deles e só se emociona com o Egito. Por quê?

Um editorial do site do PC do B, o partido das ditaduras mais sanguinárias e amigas do povo, explica direitinho: “A queda de Mubarak tem o sabor inegável de uma derrota histórica dos EUA e de Israel (...) A mudança começou. E ela precisa ir até o fim, com a conquista da democracia e com a derrota da presença do imperialismo norte-americano e a ignominiosa convivência com o principal fator de perturbação da paz no Oriente Médio constituído pelos governos sionistas e agressores de Tel Aviv”.

Não é todo dia que a Irmandade Muçulmana pode chegar ao poder no Egito, incrementar o bloco terrorista antiamericano, romper 31 anos de paz com Israel e juntar-se a Ahmadinejad e companhia na guerra à única democracia liberal do Oriente Médio. Dá pra entender o entusiasmo seletivo dos esquerdistas.

Um comentário:

Anônimo disse...

São doentes-mentais e pilantras. O PC deveria é ser "extirpado" da sociedade por conta dos golpes do seu ministro dos e$porte$.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".