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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Analista: Brasil pode ter crise semelhante à dos EUA

RADAR ECONÔMICO


21 de fevereiro de 2011 | 12h42
Sílvio Guedes Crespo
O Brasil pode estar caminhando para uma situação semelhante à da crise do “subprime” ocorrida nos Estados Unidos, segundo um artigo publicado no “Financial Times”. O autor, Paul Marshall, é administrador do Eureka Fund, um fundo que investe em projetos de inovação na área de “tecnologia limpa”.
A crise do “subprime” nos EUA, que estourou em 2008, se refere à expansão do crédito para uma categoria da população que não é “prime” (os chamados empréstimos de segunda linha), ou seja, não é de uma classe acostumada a tomar muito dinheiro emprestado e pagar.
Marshall lista alguns argumentos para mostrar que, no Brasil, a “farra do crédito”, nas palavras do autor, é preocupante:
- O crédito no Brasil cresceu 2,4 vezes mais rápido que o PIB (produto interno bruto), ritmo superior a de países emergentes como China (onde o crescimento do crédito foi de 1,2 vez o do PIB), Índia (1,6 vez) e Rússia (duas vezes).
- Os tomadores de empréstimo no Brasil pagam, em média, uma taxa de juros real de 20% a 25% ao ano; e, outros países, essa taxa fica entre 1% e 3%.
- A dívida dos consumidores no Brasil “come” 24% da renda. Nos EUA, quem tem metade desse percentual de comprometimento da renda já é considerado endividado demais.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".