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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A explicação escandalosa de Dilma para não ter conseguido gerenciar nem uma lojinha de R$ 1,99. Ela fornece dados mentirosos sobre a economia do país. Eu provo!

REINALDO AZEVEDO
31/08/2010 às 17:24


Na década de 90, Dilma montou duas lojas para vender bugigangas importadas do Panamá. Não deu certo. A gerente do PAC não conseguiu levar o negócio adiante. O “empreendimento” durou um ano e cinco meses. Fechou em julho de 1996. “A gente esperava uma loja com artigos diferenciados, mas, quando ela abriu, era tipo R$ 1,99. Eram uns cacarecos”. A afirmação é de Bruno Kappaun, dono de uma tabacaria no centro comercial Olaria, onde se instalou uma das lojas. E como Dilma explica a sua incompetência? Vocês podem não acreditar, mas aconteceu! Ela culpou… FHC!!! Não por acaso, o nome do empreendimento era “Pão & Circo”. Pão, pelo visto, não rendeu. Mas continua a render circo…
Na tarde desta terça, depois de um encontro com Robson Andrade, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a mulher que quer comandar o Brasil explicou por que não conseguiu tocar duas lojinhas de 1,99:  “Quando o dólar está 1 por 1 e passa para 2 ou 3 por 1, ele [o microempresário] quebra. É isso que acontece com o microempresário, ele fecha. A minha experiência é essa e de muitos microempresários desse pais”.
Ah, bom!
Só que Dilma está contando o contrário da verdade. E isso parece ser um traço compulsivo de seu caráter. O que quer dizer “dólar a 3 por 1″? É assim, com essa clareza, que ela pretende governar o país se eleita?
Todos vocês sabem que lojas de produtos importados prosperam com mais facilidade quando a moeda local está valorizada em relação ao dólar, certo? Gastam-se menos reais para comprar bugigangas lá fora. É o que temos hoje, diga-se. Os brasileiros nunca gastaram tanto em viagens ao exterior porque os preços, em dólar, estão baixos.
Não! Dilma fechou por incompetência mesmo! Ela abriu sua lojinha quando um dólar valia menos de R$ 1. Era o melhor momento. E fechou quando havia justamente a paridade, “1 por 1″, e não “3 por 1″, como ela afirma.  Segue a cotação do dólar em real mês a mês, enquanto a loja da ministra durou. Com competência, poderia ter ficado rica trabalhando:
1995
Fevereiro0.837
março0,884
Abril0,905
Maio0,891
Junho0,909
Julho0,926
Agosto0,942
Setembro0,953
Outubro0,958
Novembro0,962
Dezembro0,967

1996
Janeiro0,972
Fevereiro0,982
Março0,986
Abril0,989
Maio0,995
Junho1,001
Julho1,006

Vale dizer: Dilma teve a sua lojinha de porcariada importada do Panamá no melhor momento da história do Brasil para se ter algo do tipo  — aliás, para se vender importados, para ricos ou para pobres. Como se nota, não só o real não estava desvalorizado como foi o período de maior valorização de sua história. Aliás, os críticos do governo acusavam a valorização excessiva, não o contrário. E não é por acaso. Vejam as tabelas acima.
Querer acusar o governo anterior por um fracasso pessoal revela, sem dúvida, um traço de caráter. Mentir de forma tão abismal sobre um período da economia, afirmando justamente o contrário do que aconteceu, bem, aí já é uma questão que tem também uma dimensão política. E eu fico muito impressionado que uma mentira possa ser dita com esse desassombro, com essa ligeireza, na certeza de que não será contraditada.
Mas eu entendo: essa gente se acostumou a dizer qualquer coisa. A besteira vai para a rede, ninguém contesta, e fica tudo por isso mesmo. Afinal, vivemos a era do “aspismo”. Se Dilma afirmar que rinoceronte é uma ave, sua versão será publicada sem contestação. Quem quiser que forneça o “outro lado”, e o leitor escolhe se rinoceronte é ave ou réptil, se é que me entendem…
Por Reinaldo Azevedo

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".