quarta-feira, 18 de agosto de 2010
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O Brasil, para os comentadores de Gramsci, é uma sociedade do tipo ocidental. O modelo revolucionário bolchevista ou marxista-leninista de assalto ao poder (guerra de movimento) já não se aplica adequadamente ao Brasil, como se tentou levar a efeito em 1935 e 1964 e logo após, na guerrilha do Araguaia. E é uma outra transformação o que exatamente está sucedendo no país.
As oposições, quando da ditadura militar, pugnaram por abertura política, eleições livres, anistia, redemocratização e constituínte, e tudo isso foi conseguido. Diferentemente, alguns grupos açodados e radicais (foquistas, maoístas e trotskistas) optaram pela insensata luta armada, guerra de movimento, que não conseguiu ir além do terrorismo urbano. Foi um desastre que só resultou no endurecimento do regime e na sua maior duração. De qualquer modo, com a derrota total das organizações armadas terroristas, o processo de abertura politica foi iniciado pelo próprio regime em 1979.
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Gramsci não concorda com a teoria de assalto ao poder pela violência. Ele propugna três assertivas básicas que, de maneira diferente, conseguirão o objetivo. A primeira seria o domínio da cátedra, especialmente a universitária, que forma a elite dirigente do país. A segunda estaria presente na adesão da mídia, que forma a opinião pública. Estes dois, quase na sua totalidade estão sendo obtidos. A terceira seria a superação e modificação do SENSO COMUM, que estudaremos mais detidamente.
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O senso comum é o conjunto das opiniões aceitas pela generalidade das pessoas da sociedade, fazendo com que opiniões discrepantes pareçam desajustadas A superação do sendo comum, estratégia gramsciana, significa a substituição e modificação de valores, tradições, costumes, modo de pensar, conformidade religiosa e social, sentimentos e outros elementos que dão à sociedade coesão interna, consenso e resistência a mudanças ideológicas. Como parte da ação revolucionária, é uma sutil subversão dos valores contidos no senso comum, que servem de critério de comportamento e de julgamento. Substituídos por outros, modificam significativamente o modo de pensar, de agir e de sentir das pessoas, contribuindo para a "reforma intelectual e moral" de toda a sociedade.
O senso comum é o conjunto das opiniões aceitas pela generalidade das pessoas da sociedade, fazendo com que opiniões discrepantes pareçam desajustadas A superação do sendo comum, estratégia gramsciana, significa a substituição e modificação de valores, tradições, costumes, modo de pensar, conformidade religiosa e social, sentimentos e outros elementos que dão à sociedade coesão interna, consenso e resistência a mudanças ideológicas. Como parte da ação revolucionária, é uma sutil subversão dos valores contidos no senso comum, que servem de critério de comportamento e de julgamento. Substituídos por outros, modificam significativamente o modo de pensar, de agir e de sentir das pessoas, contribuindo para a "reforma intelectual e moral" de toda a sociedade.
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Amtônio Gramsci: Comunista italiano que escreveu os Cadernos do Cárcere, quando estava encarcerado pelo ditador Benito Mussolini no decorrer da segunda guerra mundial. É dele esta teoria que esboça uma nova forma de obter o poder, mais inteligente e menos violenta.
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Amtônio Gramsci: Comunista italiano que escreveu os Cadernos do Cárcere, quando estava encarcerado pelo ditador Benito Mussolini no decorrer da segunda guerra mundial. É dele esta teoria que esboça uma nova forma de obter o poder, mais inteligente e menos violenta.
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O Exército dos sonhos do Presidente Eterno e do Supremo Líder...
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Na sociedade brasileira podemos constatar, sem muito rigor sociológico e psicológico, mas observando o presente e o passado com atenção que, desde os anos 80, alguns critérios antes bastante sólidos no senso comum foram modificados radicalmente. As novas gerações nem mais podem percebê-los. Para os moços, nada mudou porque não conheceram os velhos valores. Para os mais velhos, as modificações até parecem "espontâneas", naturais, evolutivas, aceitáveis como sinal dos tempos. Mas, na verdade, são resultado de uma penetração cultural bem conduzida por intelectuais orgânicos desde pouco mais de trinta anos.
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Na sociedade brasileira podemos constatar, sem muito rigor sociológico e psicológico, mas observando o presente e o passado com atenção que, desde os anos 80, alguns critérios antes bastante sólidos no senso comum foram modificados radicalmente. As novas gerações nem mais podem percebê-los. Para os moços, nada mudou porque não conheceram os velhos valores. Para os mais velhos, as modificações até parecem "espontâneas", naturais, evolutivas, aceitáveis como sinal dos tempos. Mas, na verdade, são resultado de uma penetração cultural bem conduzida por intelectuais orgânicos desde pouco mais de trinta anos.
Vamos tentar identificar algumas dessas mudanças, apontando inicialmente as que não podem ser somente atribuídas a uma natural evolução social e moral, para demonstrar a existência de um impulso de "direção consciente" por trás do fenômeno:
1. O conceito de livre opinião (independência intelectual) está sendo substituído pelo conceito de "politicamente correto". A legítima e franca opinião individual vai sendo "socializada" por substituição pela "opinião coletiva", politicamente (homogênea) correta (ética). Este resultado é obtido principalmente pelo patrulhamento ideológico (controle intelectual, estigmatização e censura) e pela "orquestração" (repetição).
2. O conceito de legalidade está sendo substituído pelo de "legitimidade". A norma legal perde a eficácia diante da violação dita socialmente legítima. A invasão de terras, a ocupação de imóveis e prédios públicos, o bloqueio de vias de circulação, o saque de estabelecimentos são legítimos (éticos) porque correspondem a "reivindicações justas".
3. O conceito de cidadão está sendo modificado pelo conceito de "cidadania". O termo cidadania perde o sentido de relação do indivíduo com o Estado, no gozo dos direitos civis e políticos, e passa a ser uma relação de demanda de minorias ou de grupos organizados. Embora não seja aparente, é um instrumento diretamente ligado à luta pela hegemonia.
4. O conceito de sociedade nacional está sendo substituído pelo de sociedade civil. A comunidade como conjunto de pessoas interdependentes, com sentimentos e interesses comuns, passa a ser o espaço das classes em oposição. Embora não seja aparente, é a cena da luta de classes.
5. As Forças Armadas e por extensão as Polícias Militares são instadas a passar por um processo contínuo de esfacelamnto, com dotações orçamentárias cada vez mais minguadas, além da repetição e evidência na mídia para os casos de falhas de seus integrantes. No caso das Forças Armadas, salários baixos e total subordinação ao poder político, o que suprime de forma eficaz o aparecimento de lideranças (você conhece algum general ou almirante ou brigadeiro?) e no caso das Polícias Militares, a luta por sua extinção e substituição por polícias de cunho civil. Isso gera baixa autoestima em seus integrantes sendo, a nosso critério, um dos vários fatores que deram origem à violência e criminalidade que campeiam sem freios em todo país.
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Além desses exemplos, há muitas outras "superações" do senso comum menos evidentes (mas visíveis se apontadas), porque o antes e o depois já estão muito afastados no tempo e porque já estão integradas, intelectual e moralmente, principalmente no senso comum dos mais jovens da sociedade.
- A personalidade popular como protagonista da história nacional, em substituição ao vulto histórico, apresentado como repressor, representante das classes dominantes. A "história oficial" é desmoralizada (Caxias, por exemplo, passa a ser substituído por Guevara ou Lamarca).
- A história revisada, na interpretação marxista, que substitui a história pátria "oficial" (invenção do grupo dominante).
- União conjugal episódica ou temporária e de pessoas do mesmo sexo em substituição à família tradicional. (Aprovação do homossexualismo e do aborto).
- Ecletismo religioso em substituição ao compromisso e fidelidade à igreja de opção.
- Moral laica e utilitária, em substituição à moral cristã e à tradição ética ocidental.
Amigos...
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- O preconceito como defeito que estigmatiza as pessoas conservadoras ou discordantes de certas atitudes e comportamentos permissivos.
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- O preconceito como defeito que estigmatiza as pessoas conservadoras ou discordantes de certas atitudes e comportamentos permissivos.
- A informalidade em substituição à convenção e à norma social.
- Os direitos humanos como proteção ao criminoso comum (identificado como vítima da sociedade burguesa) e indiferença à vítima (identificado geralmente como burguês privilegiado).
- Satanização do bandido de colarinho branco, identificado como burguês corrupto e fraudador do povo. Os crimes contra o patrimônio passam a ser considerados mais graves que os crimes contra a vida, o que redunda em real aumento da violência contra pessoas.
- A opinião pública como critério de verdade maior ( o que é verdadeiro é o que foi veiculado na tevê ou no jornal).
- A opinião pública como critério de verdade maior ( o que é verdadeiro é o que foi veiculado na tevê ou no jornal).
- A mudança como valor superior à conservação.
- A ecologia como projeto superior ao desenvolvimento econômico. A perda do equilíbrio neste aspecto e o radicalismo são uma constante, sendo muito conhecida a figura do eco-chato.
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Finalizando, penso que, depois dessas mudanças, o partido hegemônico se prepara para permanecer no poder por longos anos, qual novo PRI mexicano. O senador Jarbas Vasconcelos referiu-se apropriadamente ao programa Bolsa-família como o maior programa eleitoral de compra de votos do mundo. As propagandas do governo e do senhor Franklin Martins dão conta à sociedade de que algo maravilhoso está acontecendo. Tudo vai bem, exceto a violência contra pessoas que está chegando ao seu nível máximo de paroxismo, quando a vida se vê totalmente banalizada como valor. Os crimes são meras estatísticas. Estas mudanças cunharam uma nova maneira de pensar, que tem como expressão a Novilíngua de George Orwell, o profeta do século vinte em seu livro "1984". O que antes era bom será ruim e o que antes era o bem será o mal.
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Casa em estilo enxaimel no município de Pomerode, próximo de Blumenau.********************
Consulado alemão em Blumenau.********************
http://www.valeeuropeu.com/
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Este artigo foi totalmente elaborado de acordo com o livro "A revolução gramscista no ocidente", do general Sérgio Augusto de Avelar Coutinho, leitura que recomendo aos caros leitores.********************
Um comentário:
A Direita no Brasil sai, lentamente, do estado letárgico em se encontra, há décadas e, graças a dispersos (por enquanto) núcleos de lucidez e reação como o Cavaleiro do Templo, finalmente desperta, une-se, reorganiza-se e reinicia a preparação para o confronto que, mais cedo ou mais tarde, niguém se iluda, reduzirá a Contrarrevolução de 1964 a simples treinamento. Convido a todos a visitar-nos: http://ultradireitaemmarcha.blospot.com
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