O trecho acima foi traduzido do livro Drug Politics, Dirty Money and Democracies, de David C. Jordan, 1999, pp 46 e 47. O autor dá uma explicação sucinta de um imenso esquema de poder, observado no mundo inteiro, que tem substituído os mecanismos de controle democráticos. O parágrafo abaixo, extraído do artigo de Rachel Ehrenfeld, ObamaCare’s Medical Marijuana, traz um exemplo de uma famosa organização desse tipo, em plena atividade há mais de uma década:
Fernando Henrique Cardoso, 78, que segundo a Wikipédia possui apenas seis livros publicados em cinco ou mais décadas de vida produtiva, ao menos dois deles autobiográficos e nenhum de teoria sociológica considerada séria, tem feito o papel de “elemento doméstico” da descrição acima.
Bolsista da Fundação Ford dos tempos de Cepal, hoje é ativista cuja ONG de onde é estrela é financiada pelo especulador bilionário George Soros. FHC tem repetido aqui a catilinária do financiador, o Open Society Institute, no afã de legalizar, inicialmente, a maconha. Reconhecido como intelectual, talvez seja lícito perguntar quantos livros escreveu sobre o assunto das drogas. Aparentemente nenhum. E quantos já leu? Pelo tom de propaganda do senso comum pró-liberação, não-teórico e ativista que vem apresentando, talvez alguns livretos do próprio OSI e assemelhados. Que fique claro: ele não está representando o desejo político do povo brasileiro, está representando o de George Soros e talvez o seu próprio.
E o que ele tem afirmado aqui e lá fora?
A guerra às drogas fracassou, ao menos da forma como tem sido travada até agora. (…) Milhares de pessoas perderam suas vidas em violência associada às drogas (…)
Essencialmente, o discurso de Soros de há quinze anos. Nem muito mais, nem muito menos. Sem números, sem argumentos. Como estão divididas essas 'pessoas' não sabemos. “É o que o mundo está fazendo” é sua resposta padrão para calar a nós, tímidos pagadores de impostos e politicamente subdesenvolvidos. Fórmulas prontas, decadentes e escravizantes sendo propagandeadas por grupos ativistas bilionários e seus pseudo-intelectuais de aluguel, em busca de respaldo político e mercados consumidores de atitudes.
Embora aparentemente chamando a um debate público, as soluções já chegam prontas e seus defensores já pagos. Em nenhum momento a possibilidade de convocação de um plebiscito sobre a legalização das drogas é cogitado. Isso tem se tornado muito comum no processo de elitização crescente, na acepção descrita acima, pelo qual passa o Brasil. Vítima contumaz depolicymakers em todas as áreas públicas, nossa capacidade decisória de povo soberano é solapada a olhos vistos.
Fernando Henrique e seu grupo defendem a legalização das drogas seguida de uma ampla campanha de conscientização dos males das mesmas, nessa ordem. Campanha de conscientização sobre os danos, uma vez que o estado está amparando o uso de drogas, isto é, “distribuindo de forma controlada visando à redução de danos”, tal como o governo Obama tem feito, é demagogia em seu estado de arte.
Nos EUA, a administração Obama já está dando os últimos passos para isso, como se pode observar pela licitação on-line, convocando:
(…) empresas de plantio em larga escala, com capacidade de preparar cigarros de maconha e produtos relacionados, distribuir maconha, cigarros de maconha e canabinóides” não somente para pesquisa, mas também para “outros usos governamentais”(…)
Já a empresa MedicalMarijuana Inc. que oferece soluções para os governos e distribuidores, afirma:
(…) os pedidos de maconha medicinal estão crescendo aceleradamente. Proprietários de dispensadores [os distribuidores] relataram um aumento significativo de pedidos desde a posse de Obama. O número de dependentes procurando maconha medicinal para aliviar seus sintomas teve um pico em 2009, afirmaram os proprietários dos estabelecimentos em alguns dos 13 estados onde o uso é legal. Requisições aumentaram de 50 a 300%, afirmam, desde a posse de Obama (…)
Eletroeletrônicos, DVDs, calçados, automóveis etc são todos produtos de comércio legal; nem por isso o contrabando deixou de existir e as máfias pararam de atuar, antes o contrário. A questão parece ser de outra natureza: quem irá ser o parceiro nos riscos de um mercado cada vez maior, o de entorpecentes? Veremos isso nas partes seguintes desse artigo.
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