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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Os viciados argumentos pró-drogas

Fonte: MÍDIA A MAIS
por Gerson Faria em 3 de novembro de 2009


George Soros: bilionário é um dos pilares da elite internacionalista que pretende a liberalização das drogas

A

dominação elitista das democracias contemporâneas surge do fato de que elites transnacionais e domésticas são capazes de bloquear a responsabilização por seus atos [accountability]. Elites transnacionais buscam influência sobre parlamentos, mídia e academia em conjunto com elementos domésticos, desejando libertar-se da responsabilização. Essas elites estão confortavelmente instaladas em capitais financeiros que se evadem dos controles dos estados-nação. Às vezes denominadas “o mundo superior” [overworld], tais elites, fora do controle de estados individuais, vêem-se como gerentes da economia global e influenciadoras de atitudes em âmbito mundial.

O trecho acima foi traduzido do livro Drug Politics, Dirty Money and Democracies, de David C. Jordan, 1999, pp 46 e 47. O autor dá uma explicação sucinta de um imenso esquema de poder, observado no mundo inteiro, que tem substituído os mecanismos de controle democráticos. O parágrafo abaixo, extraído do artigo de Rachel Ehrenfeld, ObamaCare’s Medical Marijuana, traz um exemplo de uma famosa organização desse tipo, em plena atividade há mais de uma década:

Até o início dos anos 1990, as vozes da legalização das drogas ainda não estavam sincronizadas. Isso mudou quando da primeira aventura de George Soros na política doméstica dos EUA, em 1992-1993. Soros declarou: “A guerra das drogas está causando mais danos à nossa sociedade do que o próprio abuso de drogas” e continuou protagonizando [na política de legalização das drogas], com seu talão de cheques, por meio de seu Open Society Institute (OSI), efetuando doações em torno de US$15 milhões para estabelecer e financiar várias organizações de legalização de drogas. A partir daí, ele e amigos de mesmo pensamento despejaram milhões em diferentes programas com vistas à legalização das drogas.

Fernando Henrique Cardoso, 78, que segundo a Wikipédia possui apenas seis livros publicados em cinco ou mais décadas de vida produtiva, ao menos dois deles autobiográficos e nenhum de teoria sociológica considerada séria, tem feito o papel de “elemento doméstico” da descrição acima.

Bolsista da Fundação Ford dos tempos de Cepal, hoje é ativista cuja ONG de onde é estrela é financiada pelo especulador bilionário George Soros. FHC tem repetido aqui a catilinária do financiador, o Open Society Institute, no afã de legalizar, inicialmente, a maconha. Reconhecido como intelectual, talvez seja lícito perguntar quantos livros escreveu sobre o assunto das drogas. Aparentemente nenhum. E quantos já leu? Pelo tom de propaganda do senso comum pró-liberação, não-teórico e ativista que vem apresentando, talvez alguns livretos do próprio OSI e assemelhados. Que fique claro: ele não está representando o desejo político do povo brasileiro, está representando o de George Soros e talvez o seu próprio.

E o que ele tem afirmado aqui e lá fora?

A guerra às drogas fracassou, ao menos da forma como tem sido travada até agora. (…) Milhares de pessoas perderam suas vidas em violência associada às drogas (…)

Essencialmente, o discurso de Soros de há quinze anos. Nem muito mais, nem muito menos. Sem números, sem argumentos. Como estão divididas essas 'pessoas' não sabemos. “É o que o mundo está fazendo” é sua resposta padrão para calar a nós, tímidos pagadores de impostos e politicamente subdesenvolvidos. Fórmulas prontas, decadentes e escravizantes sendo propagandeadas por grupos ativistas bilionários e seus pseudo-intelectuais de aluguel, em busca de respaldo político e mercados consumidores de atitudes.

Embora aparentemente chamando a um debate público, as soluções já chegam prontas e seus defensores já pagos. Em nenhum momento a possibilidade de convocação de um plebiscito sobre a legalização das drogas é cogitado. Isso tem se tornado muito comum no processo de elitização crescente, na acepção descrita acima, pelo qual passa o Brasil. Vítima contumaz depolicymakers em todas as áreas públicas, nossa capacidade decisória de povo soberano é solapada a olhos vistos.

Fernando Henrique e seu grupo defendem a legalização das drogas seguida de uma ampla campanha de conscientização dos males das mesmas, nessa ordem. Campanha de conscientização sobre os danos, uma vez que o estado está amparando o uso de drogas, isto é, “distribuindo de forma controlada visando à redução de danos”, tal como o governo Obama tem feito, é demagogia em seu estado de arte.

Nos EUA, a administração Obama já está dando os últimos passos para isso, como se pode observar pela licitação on-line, convocando:

(…) empresas de plantio em larga escala, com capacidade de preparar cigarros de maconha e produtos relacionados, distribuir maconha, cigarros de maconha e canabinóides”
não somente para pesquisa, mas também para “outros usos governamentais(…)

Já a empresa MedicalMarijuana Inc. que oferece soluções para os governos e distribuidores, afirma:

(…) os pedidos de maconha medicinal estão crescendo aceleradamente. Proprietários de dispensadores [os distribuidores] relataram um aumento significativo de pedidos desde a posse de Obama. O número de dependentes procurando maconha medicinal para aliviar seus sintomas teve um pico em 2009, afirmaram os proprietários dos estabelecimentos em alguns dos 13 estados onde o uso é legal. Requisições aumentaram de 50 a 300%, afirmam, desde a posse de Obama (…)

Big business, big government.


Eletroeletrônicos, DVDs, calçados, automóveis etc são todos produtos de comércio legal; nem por isso o contrabando deixou de existir e as máfias pararam de atuar, antes o contrário. A questão parece ser de outra natureza: quem irá ser o parceiro nos riscos de um mercado cada vez maior, o de entorpecentes? Veremos isso nas partes seguintes desse artigo.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".