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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Ok Keynesianos, onde estais vós?

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Alfredo Marcolin Peringer em 15 de maio de 2008

Resumo: Será que o keynesianismo desapareceu? Infelizmente, não.

© 2008 MidiaSemMascara.org

Há poucos dias, recebi um artigo do economista polonês Mateusz Machaj, com o título shakespeareano “Oh Keynesian, Where Art Thou?” referindo-se, ironicamente, à incapacidade de os economistas keynesianos explicarem as causas e a cura das crises mundiais. Machaj é seguidor da escola econômica austríaca, cujos expoentes são Ludwig Von Mises, Murray Rothbard e Henry Hazlitt. A Escola destaca-se por adotar um enfoque econômico filosófico nos seus ensinamentos, com princípios permanentes, válidos no tempo e espaço. E Hazlitt foi o primeiro deles a mostrar, de forma ampla e apodítica, no seu The Failure of the ‘New Economics’ - An Analysis of the Keynesian Fallacies”, as falsidades dos ensinamentos keynesianos, como a de que “não se precisava mais preocupar com as crises econômicas: o governo já saberia como curá-las”. Bem ao contrário, o autor demonstra que, além de o governo não ser a cura para os males econômicos, ele é a própria doença.

Os economistas da Escola Austríaca, ainda que considerem Keynes uma pessoa carismática e inteligente, mostram um pensador falacioso no campo teórico. De fato, sua Teoria Geral é cheia de falhas axiomáticas, de termos vagos e imprecisos, legítima mixórdia conceitual, pobre de conteúdo científico. Em seus ensaios biográficos sobre Marshall e Edgeworth, Keynes condena o método matemático na economia, mas a sua teoria geral usa e abusa desse método. E de “forma fraudulenta”, complementa Hazlitt, dando ênfase que as suas equações da demanda e da oferta agregada “confundem e misturam fatos reais com expectativas”. Nela, os juros são um “prêmio pela ausência deliberada da liquidez”, conceito no mínimo impreciso, já que todo sistema de trocas monetárias é uma renúncia à liquidez. As falácias se agigantam quando tenta, com o conceito dos juros, validar dois neologismos econômicos: a) o da “preferência por liquidez” (percentual da renda que os indivíduos vão manter na forma de dinheiro, em função dos juros); e o da b) “propensão a consumir” (percentual da renda que vão gastar em bens e serviços). A idéia era explicar outro neologismo, o da demanda efetiva “insuficiente”, responsável, segundo ele, pelos desequilíbrios entre oferta e demanda que derivariam da “superprodução de bens e serviços”, da “preferência pela liquidez” ou da baixa “propensão a consumir”, fenômenos que julgava, erradamente, serem as causas das crises econômicas.

No curso dessas diatribes econômicas revogou a Lei de Say (a “oferta gera a sua própria demanda”), teoria que demonstra, categoricamente, que a Oferta sempre tenderá a se igualar à Demanda, desviando-se de maneira sistemática apenas por interferência governamental. No mercado, o excesso de produção de uma mercadoria é localizado e se compensa com a menor produção de outra, levando, inclusive, a de maior produção a cair de preço. O fato é que mesmo o “entesouramento especulativo de moeda”, hipótese aventada por ele, não causa desequilíbrio entre oferta e demanda: a redução da quantidade de moeda aumenta o poder de compra do dinheiro.

Mas será que o keynesianismo desapareceu, como apregoa Machaj? Infelizmente, não! No Brasil, criou-se, inclusive, uma associação com o fim precípuo de difundir seus princípios, atitude no mínimo anacrônica: trata-se de uma teoria hoje relegada à categoria de ideologia nas melhores escolas do mundo, justamente pela falta de embasamento científico.

Publicado por http://professorperinger.blogspot.com/

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".