Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sábado, 28 de abril de 2012

Debatendo com um papagaio autista

 

CONDE LOPPEUX DE LA VILLANUEVA

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A última de Rodrigo Constantino foi atacar Olavo de Carvalho em vídeo. Ao que parece, a surra que levou do ilustre pensador campinense jamais foi superada.

O economista Rodrigo Constantino está rancoroso com os cristãos, em particular, com os católicos. De fato, os ataques gratuitos contra o cristianismo nem me afetam mais. É esporte de secularistas bobalhões. O que me deixa perplexo é como alguém, em nome de uma tola vaidade, ainda insiste em falar de assuntos que não possui o menor domínio. Ou mais, o blogueiro personifica uma mescla de ignorância e desonestidade intelectual pavorosa. Tergiversa, enrola, foge do assunto e desvirtua a questão, quando é colocado na parede. E aí só resta brandir espantalhos e rótulos para apelar ao senso comum de pessoas tão ignaras quanto ele. Eis as tolices publicadas no seu blog, no dia 27 de abril de 2012, com o título “Catolicismo e liberdade”. A indigência intelectual é assustadora. O ódio modifica o comportamento das pessoas. É necessário fazer as seguintes análises:

“Para a ala fundamentalista da direita religiosa que pensa que somente o catolicismo pode enfrentar a revolução esquerdista no campo da moral, vamos aos dados. Pelas últimas pesquisas disponíveis no CIA World Fact Book, a quantidade de gente que se dizia sem religião alguma (ateus ou agnósticos) era: Reino Unido (23%); Nova Zelândia (32%); Holanda (42%); Austrália (19%); Canadá (16%); Brasil (7%); Argentina, Venezuela e Bolívia praticamente inexistente (quase todos se dizem católicos nesses países, ainda que muitos não-praticantes). Já a quantidade de católicos nos países ricos citados é significativamente menor do que aquela nos países latino-americanos acima”

A pergunta que me faço é: o que tem a ver alho com bugalhos? Desde quando padrão de vida e riqueza medem a validade de certas práticas, crenças ou valores morais? Dentro desta lógica, em plena quebra do capitalismo nos anos 30 do século XX, muita gente acreditava que a Alemanha Nazista e a Rússia Soviética serviriam de exemplos para o mundo democrático e liberal. Hitler não estava recuperando o país da recessão? Os soviéticos não vendiam o milagre do controle planejado da economia? Longe de defender aqui o socialismo ou o controle governamental da economia. Mas apenas demonstro que o argumento da prosperidade e da riqueza não valida os elementos porventura odiosos de uma sociedade rica: relativismo moral, desagregação da família, consumo pesado de drogas, legalização do aborto, casamento gay, eugenia, eutanásia, etc. Eu não duvido que um dia Rodrigo Constantino pratique a coprofagia, se assim a Europa ou demais países ricos o praticarem.

Tal mentalidade poderia refletir a visão do homem-massa, de Ortega y Gasset, do senhorito satisfeito que ignora os ganhos da civilização. Não iria tão longe: Constantino age apenas uma socialite deslumbrada com os países ricos, como se riqueza fosse sinônima de caráter, eticidade ou bem estar humano. Coisas de cabecinha de latrina de terceiro mundo!

A prosperidade pode perfeitamente coadunar coma decadência moral, intelectual e política em todo o resto. A Europa, citada como exemplo por Constantino, como sinônimo de prosperidade e aumento do ateísmo, é a expressão viva da decadência. Será que o economista dito “liberal” vê como modelos as sociais-democracias, que transformam o cidadão europeu numa espécie de criancinha mimada do Estado? O deslumbramento de Constantino com a economia não é diferente dos esquerdistas que citam a China como exemplo de “socialismo de mercado”. Mude os sinais e dá tudo no mesmo. 

O economista consegue ser ainda mais desonesto, ao criar uma falsa correlação entre ateísmo e prosperidade. Ora, ora, ora, quem criou os elementos morais e éticos das sociedades ricas citadas não foram os ateus, mas os cristãos, em sua vertente católica ou protestante. A consolidação de valores religiosos cristãos forjaram os legados intelectuais, institucionais e culturais do mundo europeu. Todavia, para Constantino, a história começa no século XVIII. Começa no iluminismo. O mundo antes disso é de desconhecimento do sujeito. Não podemos ir além: o homem ignora história! Mas ele indaga:

“Pergunto: de onde é que veio esta idéia maluca de que o catolicismo é um bom obstáculo ao esquerdismo revolucionário?”

Essa pergunta é bem simples de responder: pela seguinte razão de que a Igreja Católica é a voz da tradição civilizacional do ocidente e da resistência contra a ideologia revolucionária. É a base dos valores autênticos do mundo ocidental. Aliás, cabe lembrar um seguinte dado: a salvação da Europa pós-segunda guerra, seja na Alemanha e Itália, partiu dos partidos populares católicos e de seus líderes, como Adenauer e De Gasperi. Eles é que criaram a força política necessária em seus países, para que o continente não virasse comunista. Isso é apenas um exemplo. Na Espanha, na Polônia, na Alemanha e mesmo no Brasil, a Igreja Católica sempre foi um baluarte de resistência ao totalitarismo. Não é por acaso que foi preciso que a esquerda se infiltrasse nas fileiras do clero, para destruir a Igreja por dentro. Curiosamente,o aumento do ateísmo na Europa se adequa perfeitamente com o agigantamento do Estado. Mas é o preço do secularismo. Ao negar culturalmente que haja valores transcendentes e supremos acima do Estado, resta tão somente a onipotência governamental como padrão absoluto de justiça e autoridade. 

A Europa é o modelo do “admirável mundo novo”, com seus controles sociais cada vez mais perversos na esfera privada de cada cidadão. Todavia, Constantino tem uma visão reducionista da liberdade. As únicas liberdades que ele entende são a de comprar, vender e se autodestruir.

“Pelo que consta, Reino Unido, Holanda, Austrália, Nova Zelândia e Canadá são países bem mais prósperos e LIVRES do que Venezuela, Brasil, Argentina e Bolívia”.

Alto lá! Prosperidade e liberdade em que sentido? Toda a cantilena politicamente correta aplicada pelo PT é fruto justamente da intelligentsia de esquerda destes países “prósperos”. Países cujos controles sociais sobre a linguagem, sobre a conduta, sobre o pensamento e sobre as famílias são cada vez mais perversos. Mas no estreito horizonte mental do Constantino, um povo não se mede pela sua moral, mas pelo dinheiro no bolso. Dentro desta lógica, qualquer riquinho deve ser um primor de sofisticação e moralidade.

"Na Holanda, há ampla tolerância às liberdades individuais, o consumo de maconha é liberado, a eutanásia alivia a dor e o sofrimento de 3 mil pessoas por ano (e há mais demanda), e o aborto é legalizado (como ocorre em vários países desenvolvidos)”.

Rodrigo Constantino ignora que 45% dos casos de eutanásia na Holanda foram involuntários e praticados sem a anuência do doente e da família e que os velhinhos holandeses estavam fugindo para a Alemanha. Inclusive, houve uma redução, nos últimos vinte anos, de 80% dos asilos para velhos naquele país. No máximo, a eutanásia alivia o sofrimento do Estado ou de alguns familiares que não querem cuidar de seus parentes. A Holanda é o país do assassinato legal dos incapazes, tal como a Alemanha nazista. Também ele ignora que uma parte significativa de holandeses vive como um zumbi através das drogas, tal como os chineses na Guerra do Ópio. É na liberal Holanda que se criou o primeiro partido pedófilo e zoófilo no mundo, com registro reconhecido pelo sistema eleitoral de lá. Isso é que o Sr. Constantino defende, em nome da liberdade individual? A eugenia descarada e a liberação da pedofilia como fatores legítimos na democracia?

“Mas, segundo esta direita radical, isso tudo é parte da agenda de tomada de poder da esquerda”.

Segundo a “direita radical” não, ignorante analfabeto, e sim segundo a agenda de poder da própria esquerda petista e comunista. Bastava o idiota ler os projetos de governo do PT e os documentos do PNDH-3, para saber de algo óbvio. Todavia, na cabecinha constantiniana, isso é tudo “teoria da conspiração” da “direita tacanha”. Ele justifica sua ignorância como se os fatos não existissem. 

“Quem se diz liberal e defende a legalização das drogas ou do aborto, por exemplo, não passa de um inocente útil dos marxistas, segundo esses "conservadores" medievais”.

Só o fato de Constantino demonstrar uma incrível burrice em desconhecer as políticas culturais do PT, já desmoraliza o argumento. E não é que o rapaz é idiota útil das esquerdas mesmo? 

“Eles se colocam, em suma, como os únicos capazes de enfrentar o PT, pela via religiosa e moral. Nada mais falso”.

Por acaso um imbecil como Constantino, que adere a toda a agenda cultural petista, vai enfrentar o PT? Por que será que a Igreja Católica é tão duramente atacada pelos esquerdistas? Não é justamente porque a Igreja é uma das poucas instituições que têm força para combater a revolução cultural? 

“Ora bolas, se é justamente nos países com maior presença católica e sem tais liberdades que a esquerda tem deitado e rolado, como acusar os liberais de massa de manobra dos marxistas? Como fica claro, quando os fatos contradizem a teoria dogmática, pior para os fatos!”

Ao que parece, o Sr. Constantino ignora o que ocorre nos Eua e nos países protestantes, com a expansão completa do Estado sobre a vida privada. Na verdade, o processo brasileiro de engenharia social ainda está engatinhando, se comparados aos países citados pelo economista embusteiro  como “modelos”. 

“Enquanto isso, eu pretendo seguir meu combate em defesa das liberdades individuais em um estado laico, sem ser intimidado pela patrulha tanto dos petralhas como dos conservadores fanáticos”.

O texto apenas confirmou o que muita gente pensava: Constantino é um idiota útil, uma canja de galinha dileta das esquerdas. Com uma direita dessas, o PT não terá oposição nunca!

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".