Enviado por padrepauloricardo em 31/01/2012
http://padrepauloricardo.org
Avançando para a reta final da análise da mentalidade revolucionária, é necessário estudar as raízes da teologia da libertação e sua influência na Igreja. Como a teologia da libertação se encaixa na mentalidade revolucionária?
Dentro do pensamento marxista, mais especificamente do pensamento marxiano , a religião e a teologia fazem parte de uma superestrutura, de algo que não faz parte da infraestrutura que move a história, ou seja, a economia . O pensamento revolucionário posterior a Marx, porém, começou a perceber a importância da cultura, da superestrutura . Marx considerava a religião como ópio do povo. Na Rússia, o stalinismo/leninismo tentou abolir a religião, mas Gramsci e a escola de Frankfurt descobriram que a cultura é, de alguma forma, a religião exteriorizada. Todos parecem ter uma visão religiosa do mundo e a cultura seria a exteriorização desta visão de mundo.
Feuerbach afirmava que toda a teologia é uma antropologia, pois dizia que tudo aquilo que se afirmava a respeito de Deus, que todas as afirmações religiosas podiam ser reduzidas a afirmações antropológicas. A religião parece, desta forma, ser uma projeção da humanidade na divindade. Feuerbach entende que a teologia é uma antropologia alienada. A Teologia da Libertação se esforça para seguir essa cartilha, pois é a imanentização da religião cristã e de qualquer outra religião . Tudo aquilo que se refere a Deus é relido em chave antropológica, mais especificamente em linguagem sociológica. Todo o conteúdo do sagrado e do transcendente é esvaziado na imanência humana.
Assim, uma das características básicas da Teologia da libertação é a negação de uma esperança transcendente. Não se espera o reino de Deus na transcendência, mas sim na imanência deste mundo. Seu golpe, porém, se caracteriza pelo fato de se afirmar que a transcendência se encontra no futuro. Mas, o futuro também é imanente, pois pertence à realidade desse mundo.
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Avançando para a reta final da análise da mentalidade revolucionária, é necessário estudar as raízes da teologia da libertação e sua influência na Igreja. Como a teologia da libertação se encaixa na mentalidade revolucionária?
Dentro do pensamento marxista, mais especificamente do pensamento marxiano , a religião e a teologia fazem parte de uma superestrutura, de algo que não faz parte da infraestrutura que move a história, ou seja, a economia . O pensamento revolucionário posterior a Marx, porém, começou a perceber a importância da cultura, da superestrutura . Marx considerava a religião como ópio do povo. Na Rússia, o stalinismo/leninismo tentou abolir a religião, mas Gramsci e a escola de Frankfurt descobriram que a cultura é, de alguma forma, a religião exteriorizada. Todos parecem ter uma visão religiosa do mundo e a cultura seria a exteriorização desta visão de mundo.
Feuerbach afirmava que toda a teologia é uma antropologia, pois dizia que tudo aquilo que se afirmava a respeito de Deus, que todas as afirmações religiosas podiam ser reduzidas a afirmações antropológicas. A religião parece, desta forma, ser uma projeção da humanidade na divindade. Feuerbach entende que a teologia é uma antropologia alienada. A Teologia da Libertação se esforça para seguir essa cartilha, pois é a imanentização da religião cristã e de qualquer outra religião . Tudo aquilo que se refere a Deus é relido em chave antropológica, mais especificamente em linguagem sociológica. Todo o conteúdo do sagrado e do transcendente é esvaziado na imanência humana.
Assim, uma das características básicas da Teologia da libertação é a negação de uma esperança transcendente. Não se espera o reino de Deus na transcendência, mas sim na imanência deste mundo. Seu golpe, porém, se caracteriza pelo fato de se afirmar que a transcendência se encontra no futuro. Mas, o futuro também é imanente, pois pertence à realidade desse mundo.
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