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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Faisal Shahzad, terrorista jihad, explica o terrorismo

MÍDIA A MAIS
por Daniel Pipes
em 20 de julho de 2010


Faisal Shahzad. Explicando de forma franca o terrorismo
Em um testemunho de estarrecer, realizado no tribunal, Faisal Shahzad, o terrorista que quase explodiu a Times Square, por si só, minou os esforços da administração Obama em ignorar os perigos do islamismo e do jihad.
 O depoimento franco de Shahzad sobre seus propósitos sobressai-se porque os terroristas do jihad, quando enfrentam acusações legais, tipicamente salvam suas próprias peles alegando-se inocentes ou buscando algum acordo. Veja alguns exemplos:
·         Naveed Haq, que atacou o prédio da Federação Judaica em Seattle, declarou-se inocente por insanidade.
 
·         Lee Malvo, um dos atiradores de Beltway [anel viário que circunda Washington, DC], explicou que “uma das razões para o tiroteio foi que brancos tentaram ferir Louis Farrakhan”. Seu parceiro, John Allen Muhammad, alegou sua inocência até a câmara de morte.
 
·         Hasan Akbar assassinou dois de seus companheiros, soldados americanos, enquanto dormiam num complexo militar, depois declarou no tribunal que “gostaria de me desculpar pelo ataque. Eu senti que minha vida estava em perigo, e que não tinha outra opção. Eu também gostaria de pedir perdão”.
 
·         Mohammed Taheri-azar, tentou assassinar estudantes da Universidade da Carolina do Norte ao atropelá-los com um carro e fez uma série de discursos enfadonhos do jihad contra os Estados Unidos, depois mudou de opinião e anunciou estar “muito arrependido” pelos crimes que cometeu e pediu para ser libertado para que pudesse “se restabelecer como um bom, cuidadoso e produtivo membro da sociedade” na Califórnia.
 
Estes esforços se enquadram num padrão mais amplo da hipocrisia islamista: raramente um terrorista do jihad sustenta-se fielmente em seus princípios. Zacarias Moussaoui, que teria sido o vigésimo sequestrador no atentado de 11 de setembro, chegou perto: seus procedimentos no julgamento começaram com a negação de apresentar qualquer alegação (o que foi traduzido pelo juiz como “inocente”) e depois, num belo dia, alegando-se culpado de todas as acusações.
 
Shahzad, 30 anos, agiu de modo excepcional durante sua apresentação no tribunal federal em Nova York no dia 21 de junho. Suas respostas às várias perguntas inquisitivas da juíza Miriam Goldman Cedarbaum (“Onde estava a bomba?” “O que você fez com a arma?”) apresentaram uma estonteante mistura de deferência e desdém. Por um lado ele, educadamente, calmamente, pacientemente, completamente e informativamente respondeu a respeito de suas ações. Por outro, com o mesmo tom de voz ele justificou sua tentativa de assassinato em massa a sangue frio.
 
A juíza perguntou a Shahzad, após ele anunciar sua intenção de se declarar culpado diante das dez acusações em seu processo, “Por que você deseja se declarar culpado?”, uma pergunta muito razoável dada a quase certeza de que tais alegações o manterão na prisão durante longos anos. Ele respondeu:
 
Quero me declarar culpado e vou me declarar culpado mais cem vezes por que – até que os Estados Unidos retirem suas forças do Iraque e Afeganistão e cessem com os ataques com drones[*] na Somália, no Iêmen e no Paquistão e cessem a ocupação de terras muçulmanas e parem de matar muçulmanos e delatar muçulmanos aos seus governos – nós atacaremos os Estados Unidos, e me declaro culpado disso.
 
Shahzad insistiu em se apresentar como se estivesse respondendo a ações americanas: “Eu sou parte de uma resposta aos Estados Unidos, por aterrorizarem nações muçulmanas e o povo muçulmano, e em nome disso, estou me vingando desses ataques”, e adicionou “Nós muçulmanos somos uma única comunidade”. E isso não foi tudo; ele francamente expôs que seus objetivos eram danificar prédios e “ferir ou matar pessoas” por que “precisam entender de onde eu venho, por que... eu me considero um mujahid, um soldado muçulmano”.
 
Quando Cedarbaum apontou que os pedestres na Times Square durante o começo da noite do dia primeiro de maio não atacaram muçulmanos, Shahzad respondeu: “Bom, o povo americano escolhe o governo. Nós os consideramos a mesma coisa”. Seus comentários não só refletem que os cidadãos americanos são responsáveis por seu governo eleito democraticamente, mas também que na visão islamista, por definição, os infiéis não podem ser inocentes.
 
Mesmo que seja abominável, essa desgraça tem a virtude de possuir verdades. A aceitação de Shahzad em expor seus propósitos islâmicos e passar longos anos na prisão por eles vai contra os esforços da administração Obama em não nomear o islamismo como o inimigo, preferindo frágeis formulações como “operações de contingência ultramarinas” e “desastres causados pelo homem”.
 
Os americanos – assim como os ocidentais em geral, todos os não muçulmanos e muçulmanos anti-islamistas – deveriam ouvir a ousada declaração de Faisal Shahzad e aceitar a dolorosa verdade de que o ódio e as aspirações islamistas realmente motivam seus inimigos terroristas. Ignorar esse fato não os fará desaparecer.
 
Tradução: Roberto Ferraracio
 
Publicado na National Review Online no dia 25 de junho de 2010. Também disponível no site do autor.


[*] NT: Drones são aeronaves ofensivas controladas remotamente.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".