Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Espírito Santo em apuros

Fonte: SÉCULO DIÁRIO



Foto: Ricardo Medeiros



O governador Paulo Hartung (PMDB/ES - foto) já começa a carregar a marca inapagável de violador dos direitos humanos, resultado da caótica situação dos presídios capixabas. Apesar dos absurdos denunciados inúmeras vezes por entidades, nunca se viu qualquer reação do governo do Estado. Muito pelo contrário. Incontáveis foram as tentativas de acobertar o problema, com muita maquiagem da triste realidade e até proibição de visitas que atestariam as condições deprimentes a que estão submetidos os presos no Estado.


Medidas dignas de um governo autoritário, como o de Hartung. 

O anúncio de que pela primeira vez as marmorras capixabas serão levadas à Organização das Nações Unidas (ONU), em mesa que ocorre no dia 15 deste mês, durante reunião em Genebra, Suíça, deixa o governo em maus lençóis. O assunto, que não chegava ao grande público, pela negligência da mídia corporativa, agora alcança repercussão nacional, como se viu na coluna do articulista Elio Gaspari, em “O Globo” desse domingo (7), que faz registros contundentes sobre as torturas praticadas nas unidades prisionais do Estado.

Diferentemente de muitas outras ocasiões, desta vez Hartung não conseguiu escapar. Não faltaram avisos.


Tem mais 

Também nunca é demais lembrar que, em matéria de violação dos direitos humanos, o Espírito Santo carrega o ônus das escutas telefônicas ilegais.

Que feio...


No mesmo dia em que publica anúncio ressaltando interatividade e credibilidade em seu noticiário, o jornal “A Tribuna” deixa de publicar a coluna de Elio Gaspari, que pega de jeito o governo do Estado, usando no título a expressão “marmorras de Hartung”. O jornalista de “O Globo” tem suas colunas publicadas no jornal às quintas-feiras e aos domingos. O fato já tem sido motivo de comentários no site UOL, de propriedade da “Folha de S. Paulo”.

Não satisfeita...



Coincidentemente, no mesmo domingo, saiu na mídia corporativa uma entrevista de duas páginas inteiras dedicadas ao governador, apontando maravilhas de seu governo.

Expectativa



A pergunta que não quer calar agora é se a reportagem da Record prevista para esta segunda-feira (8), às 23 horas, sobre as masmorras capixabas, será mesmo transmitida no Estado. Será que chega a esse ponto? Não duvide.

Cego e surdo



Em uma de suas declarações ao jornal, Hartung voltou a defender o Judiciário capixaba. Como se nada de muito grave tivesse acontecendo, enfatizou sobre a “Operação Naufrágio”, que “a Justiça está agindo, e duro”. No momento em que começaram a surgir os desdobramentos da operação policial e a enxurrada de presentes como aposentadoria compulsória, o governador elogia os períodos dos desembargadores Álvaro Bourguignon e Manoel Rabelo à frente do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), e aponta que “o Judiciário está fazendo tudo para responder à sociedade”. Só no Espírito Santo mesmo...

Em tempo 



Como habitualmente ocorre quando a situação aperta para o lado de seu governo, Hartung parte para uma viagem. O destino da hora é a Holanda.

Brincadeira



Os deputados estaduais usaram e abusaram da sessão desta segunda-feira (8), na Assembleia Legislativa, na tentativa descontrolada de defender o governo do Estado. Com aquele mesma ladainha de sempre, generalizaram o problema, apontaram investimentos na área de segurança e ressaltaram que a situação é herança do passado. Enquanto o País todo repercute o caos dos presídios capixabas, o Espírito Santo faz vistas grossas. Lamentável.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".