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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Definitivamente, é a CNB do B ou OS BEATO-MARXISTAS

Fonte: PERCIVAL PUGGINA

07/11/2009


Por Percival Puggina


Tenho em mãos um pequeno folheto referente à Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010 (para quem não sabe, de quatro anos para cá, a tradicional Campanha da Fraternidade da CNBB recebeu a adesão de outras igrejas cristãs e se tornou ecumênica). A peça em questão foi preparada especificamente para o público jovem (tem o subtítulo “Jovens na CFE”) e visa a orientar reuniões de grupo para estudo e debates sobre “Economia e vida” – tema da campanha.

Na pag. 27 há um texto com o título “Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra, em defesa da reforma agrária e da soberania territorial e alimentar”. Ali é defendida a tese de que todas as propriedades rurais com extensão superior a 35 módulos fiscais devem ser automaticamente incorporadas ao patrimônio público, sem indenização e destinadas à reforma agrária. A título de informação: a área do módulo fiscal é variável por município e aqui no Rio Grande do Sul, por exemplo, oscila entre um mínimo de 7 ha e um máximo de 40 ha. Assim, calculada pela média de 20 ha, a maior propriedade admitida seria de 700 ha.

E a CNBB se abraçou nessa idiotice? Sim. Com braços e pernas. Aliás, gostou tanto do que leu, considerou tão valioso o material que assumiu sua edição e distribuição. Novidade nenhuma nesse comportamento. Há décadas as coisas, por lá, andam assim. O material da CFE de 2010, disponível no site da CNBB, vai na mesma trilha. Depois de expressar justa e piedosa preocupação com as situações de miséria e pobreza existentes no país, estende o dedo indicador para as causas de tais males: o lucro e o mercado. E, por fim, identifica a solução: um sistema econômico que priorize a partilha e a solidariedade.

Pronto! Tudo resolvido. Como é que ninguém pensou nisso antes? Traduzindo em miúdos o sentido da coisa, é como se a CNBB estivesse dizendo aos investidores e empresários: “Ei! Vocês aí do sistema produtivo nacional! Cambada de gananciosos! Querem acabar com a pobreza e safar-se do Inferno? Adotem um modelo no qual os bens sejam repartidos e onde o lucro e as preocupações com o mercado sejam exorcizados das vossas organizações. Vereis, então, o maná precipitar-se dos céus sobre o deserto das carências humanas!”.

É a mesma genialidade que, anos atrás, não queria que o Brasil pagasse suas dívidas. É o mesmo fundamentalismo travestido de piedoso da sua Comissão Pastoral da Terra. É a mesma matriz ideológica da Campanha da Fraternidade do ano passado que resumia o tema da violência à luta de classes: pelos respectivos crimes, o rico era individualmente culpado e o pobre socialmente absolvido.

Perdoem-me os mais benevolentes que eu. Mas ano após ano, servindo-nos sempre um pouco mais do mesmo lero-lero beato-marxista e um pouco menos da palavra de Deus, a CNBB já foi bem além da minha capacidade de tolerância. Ao longo dos anos, foi perfeitamente possível encontrar impressões digitais e carimbos das suas pastorais sociais em documentos que deixavam claro que o Reino de Deus tinha partido político na Terra. Ou não?

Parece que de tanto darem ouvidos às demagogias da esquerda nacional, nossos bispos se deixaram contaminar! Que sistema e quais organizações econômicas são essas que propõem na futura Campanha da Fraternidade? Silêncio. São detalhes que não a interessam como instituição, nem aos senhores bispos (quem cala consente!), provavelmente convencidos de que a Economia funciona como caixinha de paróquia, na qual as coisas vão bem quando todos põem bastante dinheiro na sacola da coleta. Ou, mais grave ainda: continuam confundindo a Boa Nova com as velhas e fracassadas promessas da economia planificada, centralizada, comunista, que em longas e tristes experiências só gerou opressão e miséria.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".