Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A CONSCIÊNCIA DE UM MILITAR

Fonte: HEITOR DE PAOLA


Prof.ª Aileda de Mattos Oliveira


A parcela saudável da sociedade que não se submeteu à vilania moral das bolsas de todos os tipos, sentia um incômodo silêncio, aparentemente tácito, enquanto persistia, e ainda persiste, a tentativa de demolição das instituições nacionais, já carcomidas, há muito, pelo caruncho comunista.

Começava-se a temer que a mudez dos quartéis fosse resultante da penetração neles da infecção transmitida pelas larvas da ideologia vermelha, sempre dispostas a disseminar a perfídia e a quebrantar os ânimos. Infelizmente, tais larvas não foram eliminadas dentro de suas próprias colônias embrionárias. Infelizmente, não se usaram medidas proporcionais aos malefícios por elas impostos ao país, quando a situação era plenamente favorável ao Governo Militar. Infelizmente!

Felizmente, porém, irrompe em nossas caixas de correspondência, um contundente e bem-elaborado artigo, em oito condensados parágrafos. Em cada um, com a cultura de que é possuidor o seu autor, há uma brilhante análise comparativa entre a história do passado da humanidade e a que se repete, irresponsavelmente, nos dias de hoje. Mostrou o articulista que os fatos acontecidos devem ser analisados à luz da verdade em sua total transparência, verdade que transcende a todo e a qualquer dogmatismo, pai do fanatismo e da visão estreita, produto da unilateralidade de raciocínio.

O General Maynard Marques de Santa Rosa*, na ativa ainda, mesmo sabendo que poria em risco a função que exercia, deu voz à sua indignação no pronunciamento em que traz à evidência a pobre retórica de um Plano de maltraçadas linhas. Dissecou e destroçou o General, em poucas palavras, a paradoxal Comissão da Verdade, fruto das cabeças não-pensantes de um governo de fancaria.

Que as Forças Armadas saibam que não estão sozinhas. Talvez, por serem ignoradas por grande parte da imprensa, comprometida com o governo de ocasião, e que se deleita com a veiculação parcial de notícias, referentes a elas. Forças, talvez, repete-se, duvidem de que, externamente aos muros da caserna, haja um outro contingente que com elas se ombreia e as defende com as armas da palavra, no espaço livre da internet.

O Globo, que somente deve levar em consideração as vantagens da bajulação ao poder, nada entende de postura militar e em sua manchete “Crítica à Comissão da Verdade derruba general”, (11/2/2010, p. 10) acredita, para o seu prazer pessoal, que o general tenha sido derrotado.

Não foi. Não será. Porque repórteres e jornalistas deste tipo de imprensa medem a estatura axiológica dos demais pela deles próprios, acreditando assim que a perda de uma situação funcional afetaria o caráter de um sério militar, a ponto de “derrubá-lo” de sua altura moral. Redatores de notícias como estas, jamais poderão ter tal desprendimento, por não compreenderem o que seja a consciência de um militar.

O gesto do General atingiu, positivamente, a parcela responsável da sociedade, pois, somente o cumprimento, à risca, do ritual que caracteriza e diferencia o homem da caserna, pode dignificar a simbologia de que a patente hierárquica se reveste ante os seus e a Nação.

A voz do quartel interrompeu o silêncio perturbador e manteve a crença na existência, AINDA, de espíritos comprometidos com o Bem Comum, com o Estado Brasileiro, e em que, somente unidos numa só sociedade, indivisível, militares e civis trarão de volta a verdadeira paz social e a reafirmação da unidade étnica e territorial do Brasil.




*A Comissão da "Verdade"?


Gen Ex Maynard Marques de Santa Rosa


10/02/2009


A verdade é o apanágio do pensamento, o ideal da filosofia, a base fundamental da ciência. Absoluta, transcende opiniões e consensos, e não admite incertezas.

A busca do conhecimento verdadeiro é o objetivo do método científico. No memorável “Discurso sobre o Método”, René Descartes, pai do racionalismo francês, alertou sobre as ameaças à isenção dos julgamentos, ao afirmar que “a precipitação e a prevenção são os maiores inimigos da verdade”.

A opinião ideológica é antes de tudo dogmática, por vício de origem. Por isso, as mentes ideológicas tendem naturalmente ao fanatismo. Estudando o assunto, o filósofo Friedrich Nietszche concluiu que “as opiniões são mais perigosas para a verdade do que as mentiras.

Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa.

A História da inquisição espanhola espelha o perigo do poder concedido a fanáticos. Quando os sicários de Tomás de Torquemada viram-se livres para investigar a vida alheia, a sanha persecutória conseguiu flagelar trinta mil vítimas por ano no reino da Espanha.

A “Comissão da Verdade” de que trata o Decreto de 13 de janeiro de 2010, certamente, será composta dos mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o seqüestro de inocentes e o assalto a bancos, como meio de combate ao regime, para alcançar o poder.

Infensa à isenção necessária ao trato de assunto tão sensível, será uma fonte de desarmonia a revolver e ativar a cinza das paixões que a lei da anistia sepultou.

Portanto, essa excêntrica comissão, incapaz por origem de encontrar a verdade, será, no máximo, uma “Comissão da Calúnia”.

Um comentário:

léo guedes disse...

Não há como deixar de saudar o comportamento honroso e digno desse nosso brasileiro Gen Ex Maynard Marques de Santa Rosa.

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".