DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2010
Por Arlindo Montenegro
Necessitamos superar o analfabetismo funcional político que mobilizado pela propaganda massiva, subliminar, continuada, confunde as pessoas
A notável articulista Maria Lucia Victor Barbosa, publicou ontem no Alerta Total, sob o título “Oposição Necessária”, uma reflexão substancial e esclarecedora, sobre as políticas do estado petista brasileiro, em sua guerra rumo ao totalitarismo. O último parágrafo é uma constatação, comum a todos os brasileiros: “... não contamos com nenhuma liderança, nenhum partido, nenhuma instituição, nenhum dos Poderes para se opor às deturpações, à corrupção, ao culto da personalidade de caráter autoritário do governo Lula da Silva.”
Nosso ponto de partida é a última frase do referido artigo: “Estamos necessitando urgentemente de oposição, sem ela periga nossa frágil democracia”. E onde está a oposição que necessitamos? Quem é o porta-voz? Que instituição, que jornal, que radio, que televisão defende o Brasil e os interesses dos brasileiros que constroem a riqueza da nação? Essa mídia defende os nossos interesses ou o interesse da ONU?
Todos os dias, há muitos anos centenas de blogs mantidos pela paixão dos que estão acima do analfabetismo funcional político, advertem, denunciam, publicam, tentam campanhas, promovem manifestações. E tudo parece seguir a regra daquele joguinho de “batalha naval”: os tiros no espaço vazio, se repetem. É difícil acertar um alvo escondido, camuflado, principalmente quando o outro jogador blefa e rouba, mente e não segue as regras.
Já que “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, vamos continuar, até encontrar o alvo. Necessitamos superar o analfabetismo funcional político que mobilizado pela propaganda massiva, subliminar, continuada, confunde as pessoas. Durante anos o Foro de São Paulo, tem dado as cartas. E meia duzia de gatos pingados sabe o que significa essa instituição internacional comunista. E outra meia dúzia relaciona com os projetos criminosos da Nova Ordem Mundial, do Governo Mundial sediado na ONU.
A midia escrita, radiofônica e tv omite. Quando toca fica no mingau da beirada. E ainda há quem compre jornal, revista e veja tv. Mas a informação em todos os seus macabros aspectos fica com os blogueiros, que distribuem de graça prá quem quiser. Raros, comportados, têm algum patrocínio. Maioria vive na penúria, com dificuldade para pagar as contas mensais da sobrevivência.
Os empresários, estudantes, professores, profissionais liberais e a nação que se identifica como contrária aos abusos do totalitarismo, os anti comunistas melhor informados precisam sacudir o ranço do personalismo, os vícios do “quem manda aqui sou eu”. Precisam aprender a livrar-se da armadilhas da contra informação estratégica dos poderosos do mundo. “Todos são iguais perante a Lei. Que Lei? A Constituição ou as Leis Internacionais que descaracterizam a vontade da nação? Vale o combinado em casa ou arrumar a casa do jeito como os internacionalistas estrangeiros decidem?
Vale defender os interesses dos nacionais ou defender regras internacionais que nos submetem à vontade dos exploradores? Pra que eleger governantes locais? Se a ONU manda, acima da Constituição, então vamos deixar que a ONU indique os gerentes do Brasil. Até mais econômico. Chega de ficar martelando em independência, soberania, bem estar, riquezas nacionais, defesa dos pobres, justiça, distribuição de renda, estado democrático de direito... isto só dá em fritura mental!
No momento estamos confusos ante a perspectiva de eleger novos governantes. Todos os que se apresentam são figurinhas carimbadas. Tanto a guerrilheira rancorosa e fingida, como a inocente das matas ou outros melancias, obedecem e defendem o mesmo catecismo internacionalista. A nação vai continuar pobre, doente, insegura, analfabeta, sem Deus, pendurada nos bancos, temendo os traficantes e as agressões dos militantes sem terra e sem teto.
Varias iniciativas individuais, voluntárias, apolíticas, são desenvolvidas nos campos da educação, iniciativas de empresários contra a miséria endêmica, reeducação de jovens contra a marginalização, ajuda caridosa a enfermos, velhos, gestantes, recém nascidos, pequenas empresas rurais, reciclagem, artesanatos, independentes de verbas públicas, eficientes, gratificantes e o que é melhor, aproximando as pessoas em grupos seguros e confiantes.
O mesmo não se pode dizer do que agem como formadores de opinião. Nem com aqueles que tentam mostrar um caminho aos analfabetos funcionais da história e das estruturas políticas que nos impõem para massacrar as últimas liberdades. Os políticos profissionais de direita(?) que me perdoem, os identifico em ilhas, algumas fanáticas até, clubes fechados, vaidades e comodismo, aspirando um milagre como o nordestino aspira a chuva. Foram incapazes de ativar um movimento nacional unificado.
Os blogueiros tomaram a iniciativa e a ferramenta os tem limitado ao monólogo apaixonado e informação e documentação off road. É preciso buscar o diálogo, a meta, espalhar o discurso de corpo presente nas escolas, entre pais, nas igrejas, nos clubes, na forma mais criativa, para restaurar a esperança e a dignidade. É preciso uma cruzada para superar o analfabetismo funcional em política.
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