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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Como engabelar o telespectador

Fonte: MÍDIA SEM MÁSCARA

E o Fantástico martela: precisamos controlar as emissões de CO2, já que "está com-pro-va-do que há uma relação direta entre o aumento da concentração do gás na atmosfera e o aumento da temperatura". Não está não, Sônia Bridi. Ouçamos José Carlos Parente de Oliveira.


Em clima de conferência do clima em Copenhague, o programa Fantástico (6 de dezembro) preparou psicologicamente o telespectador para a catástrofe planetária que se aproxima, oferecendo contudo uma saída para o apocalipse devidamente sacramentada pelo Organização das Nações Unidas. A saída consiste em fazer o que a ONU disser que deve ser feito.


Os e-mails vazados por hackers que expõem a falcatrua dos cientistas da Universidade de East Anglia, comunicaram os apresentadores do programa, foram categoricamente desacreditados pela ONU. O aquecimento global é "i-ne-quí-vo-co" (Zeca Camargo caprichou na ênfase). Portanto, os alienados devem tirar o cavalo da chuva: o mundo vai acabar mesmo. Assim diz a ONU, a autoridade máxima da nossa era.


Sem mostrar ao telespectador o conteúdo de algumas das mensagens trocadas pelos cientistas (como, por exemplo, aquela que fala em usar o "truque" para esconder o "declínio" da temperatura), o Fantástico deu o assunto por encerrado. A tese do aquecimento global está sendo usada como pretexto de uma regulação econômica sem precedente, pois se trata de uma regulação global - nenhum imperador em qualquer época alcançou tamanha jurisdição. E como reage o Fantástico (a grande imprensa inteira) ante a descoberta de milhares de documentos que podem desmascarar essa tese? Faz de conta que o caso não tem importância. Chamam isso de jornalismo.


A matéria diz ainda que "o mundo inteiro está preocupado", pois "a Terra já está quase 1º C mais quente do que há 150 anos, quando começou a era industrial". Grande coisa! A temperatura da Terra tem variado desde o primeiro dia. Houve períodos quentes e períodos frios. O físico José Carlos Parente de Oliveira, da Universidade Federal do Ceará, em entrevista ao Diário do Nordeste (15 de novembro), nos informa que por volta dos anos 1300 (segundo minhas fontes, nessa época não existiam fábricas nem automóveis, tampouco petrolíferas) ocorreu o chamado Período Quente Medieval, em que a temperatura da Terra foi superior à atual em cerca de um grau centígrado. Por volta dos anos 1800 tivemos a Pequena Era Glacial. Não há nada de anormal na possibilidade de a temperatura ter subido (ou baixado) num certo espaço de tempo. Já aconteceu antes e acontecerá novamente, independentemente do que a humanidade faça ou deixe de fazer.


Além disso, José Carlos Parente de Oliveira e centenas de outros cientistas "céticos" (termo que na acepção da ONU equivale a "hereges") sustentam que a temperatura do planeta vem caindo - caindo - desde 1998. Existem dados colhidos por satélites para prová-lo, mas, conforme o físico, "esses dados não são aceitos e nem utilizados pelo IPCC nos seus documentos". Ou seja: a ciência da ONU está fechada ao debate. Isso não é ciência, é ideologia fanática.


E o Fantástico martela: precisamos controlar as emissões de CO2, já que "está com-pro-va-do que há uma relação direta entre o aumento da concentração do gás na atmosfera e o aumento da temperatura". Não está não, Sônia Bridi. Ouçamos José Carlos Parente de Oliveira mais uma vez:


"A hipótese do aquecimento global antrópico defendido pelo IPCC não possui base científica sólida. Não há dados observacionais que provem cabalmente a influência humana no clima. Se voltarmos um pouco no tempo nós constataremos que entre os anos de 1945 e 1977 houve um resfriamento da Terra, acompanhado de grande alarde de que o planeta congelaria, haveria fome, milhares de espécies desapareceriam etc. E veja que nesse período houve grande queima de carvão e petróleo motivada pela reconstrução da Europa e da Ásia após a 2ª Guerra Mundial. Outro exemplo de não conexão entre concentração de CO2 e temperatura da Terra ocorreu entre os anos 1920 e 1940, período em que a Terra esteve mais quente que os anos finais do século XX, e nesse período a atividade de queima de combustível foi de apenas 10% do que foi observado nos anos 1980 e 1990".


O recorte temporal usado na matéria é o recorte vendido ao mundo pela ONU e tem relação com o objetivo político da coisa toda. Ligar a fraude do aquecimento global à era industrial remete a um velho slogan: a culpa é do capitalismo. Não é à toa que a militância socialista adotou a histeria do aquecimento como cavalo de Tróia do governo mundial que está sendo arquitetado neste exato momento em Copenhague. Enquanto o comissariado vai preparando taxas e metas compulsórias de alcance global, passando por cima das soberanias nacionais, a grande imprensa vai fazendo o seu trabalho de menina de recados do clube, engabelando o público. É fantástico.

Publicado no jornal O Estado.
Bruno Pontes é jornalista - http://brunopontes.blogspot.com

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".