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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Um “punhado” de 700

Fonte:
por Henrique Dmyterko em 17 de setembro de 2009 Opinião - Cultura


Al Gore: símbolo de uma campanha onde a difamação e a censura contra os críticos é a base de tudo

S

eguindo a máxima leninista segundo a qual a melhor tática é acusar o outro daquilo que você é e daquilo que você faz, um conjunto de bem orquestradas declarações vindas do complexo políticos-mídia-pseudociência-ONU durante anos tentou varrer o elefante para debaixo do tapete, insistindo no inexistente consenso sobre o aquecimento global antropogênico. Mas elefantes incomodam muita gente e não param de entrar na sala: já são mais de setecentos.

Distorção: Em fevereiro de 2006, Miles O’Brien, da CNN, trombeteava: “[O] s céticos do aquecimento global causado pelo homem foram comprados e pagos pela indústria de combustíveis fósseis [petróleo e carvão mineral]”. Em julho de 2007, O’Brien sentenciava: “O debate científico acabou”. Lapso jornalístico, escancarada e arrogante ignorância ou tendenciosidade bem calculada?
Realidade: Os céticos sofreram e continuam sofrendo todo tipo de pressão, constrangimento e ameaças, que incluem perda de cargos, corte de verbas para pesquisa e censura de artigos em publicações, numa verdadeira caça às bruxas. Não obstante, o debate nunca acabou; o que se tentou foi suprimi-lo da academia e afastá-lo dos olhos e ouvidos do público.
Distorção: Em maio de 2006, o Washington Post anunciava: “Há apenas um punhado de céticos”.
Realidade: Em 2006, o número catalogado de cientistas contrários à tese do aquecimento global antropogênico já somava quatrocentos (400) nomes ilustres.
Distorção: Em fevereiro de 2003, o Dr. Rajendra Pachauri, presidente do IPCC [ONU], fazia piada dos céticos: “Há uns trezentos anos, uma Sociedade da Terra Plana foi fundada por aqueles que não acreditavam que o mundo era redondo. Essa sociedade ainda existe; provavelmente tem uma dúzia de membros”.
Realidade: Para um cientista com tamanha responsabilidade é uma leviandade fazer uso de falácias, i.e., argumentum ad hominem [ataques ao caráter e à conduta das pessoas e insultos ou elogios pessoais substituem o raciocínio sobre o ponto em questão] e argumentum ad ignorantiam [um argumento que soa convincente aos outros porque esses ignoram a fraqueza do argumento e dos fatos que se contrapõem a ele].
Distorção: Em agosto de 2006, o repórter Bill Blakemore, da ABC News, “especializado” em aquecimento global, afirmava: “Após extensas pesquisas, a ABC News não encontrou nenhum debate científico a esse respeito”.
Realidade: O debate é cada vez maior, enquanto os cinquenta e dois (52) cientistas que participaram do Sumário do IPCC para Formuladores de Políticas, versão 2007, tiveram de aquiescer aos desejos dos líderes políticos da ONU, num processo que foi descrito como algo mais próximo de uma batalha numa convenção partidária, e não um processo científico.
A lista de ataques, chacotas e distorções é longa e pertinaz, mas creio ser mais útil ao leitor conhecer a lista dos setecentos (700) céticos que já se manifestaram contra o referido consenso. Na realidade, não é uma mera lista de nomes, mas um relatório completo elaborado pela Comissão de Meio Ambiente e Obras Públicas (EPW) do Senado dos Estados Unidos, que inclui as biografias de cada um dos 700 cientistas e suas citações, artigos e links para consulta. O relatório abrange cientistas de vários países, incluindo Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, Canadá, Japão, China, Argentina e também do Brasil.
Por questões editorias, uma vez que o relatório tem 255 páginas, forneço os links para acesso ao mesmo e para o download do arquivo em PDF (ambos em inglês).
Peço que o leitor atente para os números: 700 céticos com tudo a perder contra 52 adeptos do “consenso” bem remunerado. É um “punhado” treze vezes maior.

Finalizando, faço menção especial ao Prof. Ricardo Augusto Felicio, do Departamento de Geografia da USP e Doutor em Climatologia, que em longo e interessantíssimo comentário ao meu primeiro artigo sobre ambientalismo, gentilmente solicitou a divulgação de um site brasileiro, www.fakeclimate.com, construído e administrado por professores e pesquisadores brasileiros. Lá, o leitor poderá encontra uma ampla gama de artigos acadêmicos em língua portuguesa que demolem a tese do aquecimento global antropogênico.

Não aprovo nem desaprovo as eventuais declarações políticas contidas no referido site, e simplesmente porque não as conheço: preocupei-me apenas com os aspectos científicos. Quanto a isso, posso afirmar que os artigos lá publicados são muito sérios, rigorosos e que confirmam tudo aquilo que já afirmei sobre aquecimento global com base em fontes estrangeiras. Vale conferir.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".