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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Fim do momento da América

Fonte: MOVIMENTO ORDEM VIGÍLIA CONTRA CORRUPÇÃO
9/28/2009


“Mas o psicopata não é um doente mental da forma como nós o entendemos. O doente mental é o psicótico, que sofre com delírios, alucinações e não tem ciência do que faz. Vive uma realidade paralela. Se matar, terá atenuantes. O psicopata sabe exatamente o que está fazendo. Ele tem um transtorno de personalidade. É um estado de ser no qual existe um excesso de razão e ausência de emoção. Ele sabe o que faz, com quem e por quê. Mas não tem empatia, a capacidade de se pôr no lugar do outro.”

Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva

Psiquiatra e escritora, diretora das clínicas Medicina do Comportamento, no Rio e em São Paulo, onde atende pacientes e supervisiona tratamentos.


UMA RETIRADA SÚBITA DO STATUS DE SUPERPOTÊNCIA

América já não é uma superpotência. Liderada pelo presidente Obama, sua retirada do cenário mundial foi súbita, rápida e impressionante. Sua administração está buscando ativamente uma política externa de distensão e auto-abnegação. Washington não quer - ou acredita que é possível - continuar seguindo sendo a única última superpotência.

"Em uma época em que nosso destino é comum, o poder já não é mais um jogo de soma zero", disse Obama na Assembléia Geral da ONU na quarta-feira. "Não existe ordem mundial que eleve a uma nação ou a grupo de pessoas em detrimento de outro. Esse é o futuro que a América quer".

Também é o futuro que as Nações Unidas querem. Durante décadas, o Turtle Bay tem sido uma grande fonte de antiamericanismo. A maioria dos seus Estados membros não são democracias autênticas. Ao contrário, eles são uma coleção sombria de tiranias do Terceiro Mundo, de ditaduras socialistas, quase cleptocracias. Eles pouco se importam com os direitos humanos, com a democracia e com a paz. Por Jeffrey T. Kuhner

O registro recente da trajetória da Organização das Nações Unidas é abissal: o genocídio em Darfur, a repressão brutal do Tibet pela China, a guerra da Rússia em agressão à Geórgia, os ataques implacáveis do Hamas com foguetes contra cidades e aldeias israelenses, a repressão do Irã sobre manifestantes pró-democracia, a perseguição sistemática da Arábia Saudita aos cristãos e os esforços da Venezuela para difundir o socialismo autoritário em toda América Latina - tudo isto foi recebido com pouca ou nenhuma ação pelo organismo internacional. As Nações Unidas são inúteis.

No entanto, a única coisa que a ONU tratou de criar foi um sistema multipolar, no qual o poder americano foi contido e, eventualmente, se desfez. O campeão do Ocidente foi posto para baixo.

Obama tem dado às Nações Unidas o que ela quer: uma América despojada voluntariamente a abandonar sua preeminência internacional. Obama é um esquerdista pós-moderno, cujo objetivo é transformar os Estados Unidos em outra União Européia. Ele não acredita na preservação da nossa soberania nacional ou identidade cultural distinta. Pelo contrário, ele defende a social democracia, a abertura das fronteiras; o multilateralismo, a diplomacia e um forte ativismo das Nações Unidas. Como ele salientou em seu discurso, ele procura subordinar os interesses nacionais dos EUA aos objetivos globalistas, como a luta contra as alterações climáticas, livrar o mundo das armas nucleares, acabar com a pobreza e alcançar paz no Oriente Médio.

O enfoque de Obama fracassará por uma razão simples: ele se baseia na fantasia. Sua direção nas Nações Unidas foi um clássico exemplo dos perigos da utopia liberal. Produzido pelo homem o aquecimento global é um mito, na verdade, as temperaturas da Terra estão esfriando nos últimos anos. Além disso, suas políticas comerciais vão atrasar o crescimento e a criação de empregos - como fizeram em toda a Europa. É uma receita para a estagnação econômica.

Nações sérias - China, Rússia, Paquistão - nunca vão renunciar de suas armas nucleares. As armas nucleares são um elemento de dissuasão contra qualquer invasão de uma potência rival. O convite para o desarmamento nuclear mundial é mais do que um sonho ingênuo. Ele revela uma profunda falta de compreensão política de uma grande potência.

Obama não é um Messias político. Ele não pode andar sob as águas e erradicar a pobreza no mundo ou as doenças. Ele está se esforçando para conseguir algo que nunca foi feito na história - em qualquer lugar. Isso ocorre porque o estado natural da humanidade é a pobreza, que tem estado conosco desde o início dos tempos. Para a maior parte do mundo, tem sido a condição predominante.

Portanto, não é a pobreza que precisa ser resolvida, mas a criação de riqueza.

A única conquista do Ocidente foi a de erigir um sistema capitalista baseado no Estado de Direito e no direito de propriedade privada que levantou centenas de milhões de dólares em prosperidade. A menos que os países estejam dispostos a adotar economia de livre mercado, caso contrário eles estarão condenados à miséria perpétua. Bilhões de dólares em ajuda externa não vão mudar esta realidade fundamental e o resultado será apenas o esbanjamento do dinheiro precioso dos contribuintes

Além disso, o estabelecimento de um estado palestino independente não vai promover a segurança regional. A retirada de Israel em 2005 da Faixa de Gaza não levou a um estado embrionário palestino pacífico, mas sim, à criação do Hamastán. O Hamas é a força mais poderosa na sociedade palestina. É a marca mais radical do fundamentalismo islâmico - com chamamento à destruição de Israel, às glórias da jihad e a derrota da América – abertamente adotada pela maioria dos palestinos. Criar uma pátria palestina independente, ao lado de Israel, é lançar as sementes de futuros conflitos: É um jogo que aponta para o coração do Estado judeu – e que permitirá ao Hamas, assim como a outros terroristas islâmicos, desferirem o golpe final na "entidade sionista".

Obama está errado. O poder é - e sempre será - um jogo de soma zero. Se os Estados Unidos se debilitam, então a Rússia e a China, juntamente com a Coréia do Norte, Irã e outros países delinqüentes preencherão ansiosamente o vazio.

Em quase todas as partes do globo, a força e o prestígio da América estão diminuindo. A demolição da defesa de antimísseis na Polônia e na República Checa significa que os EUA abandonaram a Europa Oriental à esfera de influência da Rússia. A retirada prematura das tropas do Iraque está levando a uma derrota dos EUA. Intimidar a Israel é desmoralizar o nosso principal aliado no Oriente Médio. O Irã está prestes a adquirir a bomba. A China comunista está comprando nossa crescente dívida nacional e estamos nos transformando lentamente em vassalo econômico de Pequim. A Coréia do Norte segue desafiando. O Japão está se afastando de Washington. A América Latina ferve com a revolução bolivariana. Em suma, os inimigos da América estão encorajados, enquanto nossos amigos estão sendo traídos.

O discurso de Obama foi bem recebido nas Nações Unidas porque confirmou o final do momento americano. O pós-1945 liderado pela ordem mundial que representava o maior avanço da liberdade humana na história, terminou. Obama acredita que é sua maior glória. Pelo contrário, é sua vergonha.

Jeffrey T. Kuhner é colunista do The Washington Times

Tradução de Arthur para o MOVCC

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".