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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

JOSÉ MARIA NEVES RIDES AGAIN!

Fonte: HEITOR DE PAOLA



O Líder da informação em Cabo Verde


A Coluna de Casimiro de Pina



JOSÉ MARIA NEVES RIDES AGAIN!


O mandato do chefe do Governo está a chegar ao fim.

Com que resultados? Uma taxa de desemprego muito elevada e uma incapacidade de reformar quase mítica, que impressiona qualquer cidadão minimamente vigilante.

Os nossos antepassados já inventaram a fórmula que melhor define a inépcia do actual Governo: “Muita parra, pouca uva”. Faz-se muito teatro, mas governa-se mal.

Nenhuma “grande reforma” saiu do papel. A Justiça é um caso paradigmático. Com a sra. Marisa Morais à testa, a coisa afundou-se num “legalês” sem presente nem futuro, protegendo o inadmissível e ocultando crimes e vilanias. Ninguém acredita nessa fachada imoral.

Qual é o País do mundo em que um Primeiro-Ministro comete, num só dia, meia dúzia de crimes e a “justiça” mantém-se quietinha e inactiva perante o facto? Somália? Patagónia?

Não, a República de Cabo Verde, modelo, vejam só, de “transparência” e “boa governação” e um dos países “mais democráticos” do mundo (José Maria Pereira Neves dixit)!

Com as cores da mistificação, o poder constrói, assim, o seu castelo de cartas. O segredo é você não questionar nada, manter-se crédulo, confiar nos sicofantas e absorver as “maravilhas” que o discurso oficial vende diariamente na imprensa, com o seu “marketing” vibrante e enganador!

A impostura não resiste, porém, ao mais leve confronto com os factos. Em nenhuma área de governação. O edifício é imponente, mas podre e insustentável, curiosamente...

Uma suave melancolia percorre, pois, os corredores da Neveslândia e atormenta a consciência dos seus “homens de mão”! Sabe-se que o País continua a braços com dificuldades típicas do Terceiro Mundo. A água e a energia eléctrica faltam até na capital do País. Vende-se gato por lebre. Escondem-se trapalhadas e desacertos.

O Governo oferece o litoral aos amigos e “autoriza” a Câmara Municipal da Praia a carimbar o lindo negócio!

Não é só a corrupção e a “economia pirata” (sic) denunciada, numa entrevista notável, pelo economista Paulo Monteiro Jr..

É o espírito mesmo da Neveslândia que está irremediavelmente perdido. Recuperam-se, inclusive, velhas ideias da época estalinista.

Di-lo José Maria Neves em tom magistral, ao apresentar a sua “nova” plataforma programática: o PAICV é o “portador do futuro”. Ou seja, o detentor da “chave da História”, tendo recebido – talvez por testamento divino! - o privilégio único de “guiar” o povo nas brumas de um tempo conturbado…

O “sistema”, tão bem montado pelos compadres e camaradas, tão bem cerzido pelos escritórios de propaganda, chega, deste modo, ao fim. Nada deterá a sua marcha.

Os violinos, como no célebre naufrágio do Titanic, soltam melodias sem cessar. O ambiente é de festa. O barco, esse, afunda-se…



CASIMIRO DE PINA
é Jurista, natural da República de Cabo Verde, colaborador de vários jornais do seu País - Terra Nova, Expresso das Ilhas e Liberal - das revistas jurídicas Direito e Cidadania e Boletim da Ordem dos Advogados. No momento faz curso de pós-graduação em ciências jurídicas em Macau

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".