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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Livro "Mentes Perigosas: o Psicopata Mora ao Lado" da Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva - ABSOLUTAMENTE IMPERDÍVEL

Fonte: ÉPOCA

Cavaleiro do Templo: se tem uma coisa que falta(va) na grande mídia é a análise psicopatológica destes doentes mentais, sociais e espirituais que governam o Brasil. É claro que a Dra. Ana Beatriz não fala de governo, nem era para dizer mesmo. Até porque não precisa. Para quem consegue ler dez páginas e interpretar o que leu, escrevendo uma resenha legível (digo, em português, não em aramaico arcaico como fazem alunos e professores nas escolas brasileiras) o que ela diz abaixo nesta entrevista para a Época e no vídeo que está logo abaixo (imaginem então o que deve estar no livro...) já dá para entender perfeitamente bem quem está em "nóçus paláciuz de gôvernu" Brasil afora. Aprendi com o professor Olavo de Carvalho isto que agora está muito bem explicado por uma pessoa "de fora" dos meios político e filosófico. É uma profissional das doenças mentais. Imperdível!!! Para quem sabe que 2 + 2 = 4, como disse.

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Site oficial da Dra. Ana Beatriz Barbbosa Silva:
MEDICINA DO COMPORTAMENTO em





MARTHA MENDONÇA

O mal existe e não tem cura. É o que afirma a psiquiatra carioca Ana Beatriz Barbosa Silva, que acaba de lançar Mentes Perigosas: o Psicopata Mora ao Lado. No livro, ela afirma que psicopatas nascem com um funcionamento cerebral que não permite conexão com os outros seres humanos – e por isso agem sem limites. Ana Beatriz diz ainda que é um equívoco relacionar psicopatas apenas com pessoas capazes de atos violentos ou assassinatos em série. “Eles são 4% da população e podem ser qualquer pessoa: um colega de trabalho, o marido ou um filho”.

  ENTREVISTA - ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA  

André Valentim QUEM É
Carioca, 42 anos, psiquiatra pós-graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

O QUE FAZ
É diretora das clínicas Medicina do Comportamento, no Rio e em São Paulo, onde atende pacientes e supervisiona tratamentos

O QUE PUBLICOU
Mentes Inquietas, Mentes & Manias, Mentes Insaciáveis: Anorexia, Bulimia e Compulsão Alimentar e Mentes com Medo: da Compreensão à Superação

ÉPOCA – O que é um psicopata?
Ana Beatriz Barbosa Silva –
Antes dessa definição, é preciso saber o seguinte: a maldade existe. Nós, latinos, afetivos, passionais, temos dificuldade de admitir que existem pessoas más. Psico quer dizer mente; pathos, doença. Mas o psicopata não é um doente mental da forma como nós o entendemos. O doente mental é o psicótico, que sofre com delírios, alucinações e não tem ciência do que faz. Vive uma realidade paralela. Se matar, terá atenuantes. O psicopata sabe exatamente o que está fazendo. Ele tem um transtorno de personalidade. É um estado de ser no qual existe um excesso de razão e ausência de emoção. Ele sabe o que faz, com quem e por quê. Mas não tem empatia, a capacidade de se pôr no lugar do outro.

ÉPOCA – Qual é a natureza da psicopatia? Os psicopatas nascem assim?
Ana Beatriz –
Os psicopatas nascem com um cérebro diferente. Os seres humanos têm o chamado sistema límbico, a estrutura cerebral responsável por nossas emoções. É uma espécie de central emocional, o coração da mente. Em 2000, dois brasileiros, o neurologista Ricardo Oliveira e o neurorradiologista Jorge Moll, descobriram a prova definitiva dessa diferença da mente psicopata, por meio da chamada ressonância magnética funcional, que mostra como o cérebro funciona de acordo com diferentes atividades. Nesse exame, mostraram imagens boas (belezas naturais, cenas de alegria) e outras chocantes (morte, sangue, violência, crianças maltratadas). Nas pessoas normais, o sistema límbico reagia de forma diversa. Nos psicopatas, não há diferença. O sistema límbico dessas pessoas não funciona. O pôr do sol ou uma criança sendo espancada geram as mesmas reações. Da mesma forma, não há repercussão no corpo. Eles não têm taquicardia, não suam de nervoso. Por isso passam tranqüilamente num detector de mentiras.

ÉPOCA – Há muitos psicopatas no mundo?
Ana Beatriz –
Mais do que se imagina. Cerca de quatro em cada cem pessoas, segundo as estatísticas americanas. Mais homens do que mulheres. Todos têm em comum a ausência do sentimento em relação às outras pessoas. Não conseguem se colocar no lugar do outro, daí agirem de forma fria e sem arrependimentos. O que caracteriza o psicopata não é o nível do crime, mas a forma como ele o comete, a predisposição para planejar e executar sem nenhum sentimento em relação à vítima.

ÉPOCA – Como saber se estamos convivendo com um psicopata?
Ana Beatriz –
Não é tão fácil detectá-los, especialmente quando temos alguma ligação afetiva com eles. Maridos que espancam suas esposas, por exemplo: as estatísticas mostram que 25% são psicopatas, e grande parte delas não aceita a verdade. Mas há algumas características básicas entre eles: falam muito de si mesmos, mentem e não se constrangem quando descobertos, têm postura arrogante e intimidadora por um lado, mas são charmosos e sedutores por outro. Costumam contar histórias tristes, em que são heróis e generosos (Cavaleiro do Templo: lembrou de “auguéin” e da sua turma???). Manipulam as pessoas por meio de elogios desmedidos. Se tiver de começar a desconfiar de alguém, desconfie dos bajuladores excessivos. Chefes também podem ser psicopatas – o que costuma se manifestar pelo assédio moral aos funcionários. Um dado interessante é que eles não sentem compaixão, pena, remorso. Mas sabem, cognitivamente, o que é ter esses sentimentos. Daí representarem tão bem – e às vezes exageradamente – a vítima.

ÉPOCA – E a verdadeira vítima quem é?
Ana Beatriz –
Quase sempre pessoas generosas, em especial aquelas que não acreditam no mal e costumam tentar justificar as atitudes de todo mundo.

ÉPOCA – Um assassino pode não ser psicopata e um psicopata pode jamais matar?
Ana Beatriz –
Sim, isso é muito importante. É um equívoco pensar que apenas assassinos seriais são psicopatas, e um dos objetivos de meu livro é justamente este: mostrar que a psicopatia não está ligada apenas ao homicídio. Existem assassinos passionais que jamais matariam novamente. Um exemplo é a mulher que matou o estuprador do filho dela de 4 anos. Ela nada tem de psicopata. Ao contrário, apesar da violência, o crime dela pode ser compreensível para muitas mães. Ao passo que um psicopata pode nunca ter a necessidade de assassinar, resolvendo suas questões matando vidas afetivas e financeiras, prejudicando pessoas de forma irreversível, mas sem matá-las. Na população carcerária, segundo pesquisas feitas no Canadá e nos Estados Unidos, há de 20% a 25% de psicopatas.

ÉPOCA – Seu livro comenta o assassinato da atriz Daniella Perez. É um caso clássico de psicopatia?
Ana Beatriz –
O caso tem características que levam a esse diagnóstico. Guilherme de Pádua premeditou a morte da vítima, a atraiu para o crime e horas depois foi prestar solidariedade à mãe da moça.

ÉPOCA – Como você classificaria Lindemberg Fernandes Alves, que seqüestrou e assassinou a ex-namorada Eloá? Ele seria um psicopata?
Ana Beatriz –
O ato é de uma personalidade psicopática. Ele usou a razão para dominar os reféns e controlar tudo em volta. Atirou na multidão e disse que era o “príncipe do gueto”, “o cara”. Deu entrevistas por telefone, conseguiu que uma das reféns voltasse ao cativeiro. No fim, com a invasão da polícia, não hesitou em atirar nas duas. Ele começou a namorar a Eloá quando ela tinha 12 anos. Certamente a tratava como propriedade, não admitindo perder esse controle.
 
 

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".