Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 16 de março de 2009

PARTE DO LIXO QUE OFERECEM NAS NOSSAS FACULDADES DE DIREITO

REINALDO AZEVEDO
Quarta-feira, Julho 23, 2008

Um leitor, “PV”, manda-me um comentário que vocês devem ler. Segue em azul. Prestem atenção para o que destaco em vermelho Volto depois:

Olá, Reinaldo. Sou aluno de 1ºano de Direito em uma das faculdades recomendadas pela OAB. Segue o conteúdo a ser ministrado na matéria de Filosofia no decorrer do ano:

Objetivos gerais:
- Desenvolver o espírito de reflexão crítica e exercitar a capacidade humana de se interrogar;
- compreender mais ampla e aprofundadamente a cultura contemporânea, refletindo-se sobre as condições de sua manifestação e explicitando os temas mais relevantes para seu entendimento;
- refletir sobre os fundamentos antropológicos, axiológicos e epistemológicos das teorias e práticas humanas, mais especificamente na área jurídica, dentro de um enfoque global e interdisciplinar.

Objetivos específicos:
- compreender o conhecimento humano como uma construção social que, em sociedades de classes, é atravessado pelo discurso ideológico que se manifesta nas leis e instituições jurídico-políticas;
- promover uma humanização mais acentuada nas instituições do direito, com vistas a uma motivação na verdadeira descobertado ser humano em sociedade;
- entender o direito como uma produção humana que se concretiza num contexto econômico, político e cultural e que expressa interesses, valores e sentidos determinados historicamente ;
propor um novo paradigma civilizatório que articule as dimensões ecológica-social e institucionais-jurídicas numa perspectiva planetária segundo L. Boff.

Conteúdo Programático:
I – Conhecimento, sociedade e ideologia (1º Bimestre)
1. “Todos os homens são filósofos” (Gramsci)
2. O exercício do filosofar
3. O conhecimento
4. Senso comum, bom senso e ideologia
5. Deleuze, sociedade de controle e direito a privacidade
6. Documentário: “Economia de mercado e ideologia neoliberal” – TV Cultura (vídeo)
7. Estado, ideologia e direito: o aparelho ideológico do direito
8. Projetos políticos e modelos de cidadania: neoliberal, capitalista nacionalista e democracia social e popular
9. Palestra: “Democracia, cidadania e participação popular” – Mario S. Cortella (vídeo)
10. Nietzsche: ética como estética da existência

II – Filosofia, antropologia e direito (2º Bimestre)
1. Do mito à razão: o nascimento da filosofia
2. A reflexão filosófica e a filosofia do direito
3. Palestra: “Filosofia: a paixão pelo conhecimento” – Renato J. Ribeiro (vídeo)
4. Antropologia filosófica: o que é o ser humano?
5. O conhecimento metafísico e a concepção essencialista do homem
6. A revolução epistemológica e o projeto iluminista da modernidade
7. A ciência como conhecimento lógico-experimental do mundo e a visão naturalista do homem
8. Palestra: “Crise da modernidade, pós-modernidade e espiritualidade” – Frei Betto (vídeo)
9. Ciência, filosofia e direito
10. Concepções éticas e posturas morais
11. Direito, concepções antropológicas e ética

III – Condição humana, globalização e direito humanos (3º Bimestre)
1. Concepção dialética: retomada, negação e superação da metafísica e da ciência
2. A prática tridimensional como mediação do existir: práticas produtiva, política e simbolizadora
3. Documentário: “A linha final: privatizando o mundo” – TV Escola (vídeo)
4. O homem, a natureza e o trabalho: a ordem econômica da sociedade
5. O homem na ordem política da sociedade: poder e dominação
6. A atividade simbolizadora do homem: produção e organização da cultura
7. O agir pessoal e a prática social: a ética e a política
8. Sistemas de dominação-exploração: racismo, machismo e capitalismo
9. Palestra: “Controle da constitucionalidade e direitos humanos” Dalmo Dallari (vídeo)
10. Civilização planetária, condição humana e direitos humanos

IV – Paradigma da re-ligação de L. Boff (4º Bimestre)
1. Crises social e ecológica planetárias
2. Documentário: “A Carta da Terra: valores e princípios para um futuro sustentável” (vídeo)
3. Democracia ecológico-social-planetária
4. Vertentes ecológicas: ambiental, social, mental e integral
5. “Globalização, ética e solidariedade” - TV Senado: entrevista com L. Boff (vídeo)
6. Dignitas Terrae: uma ética eco-centrada
7. O pathos e o cuidado como nova plataforma do ethos humano e planetário
8. Palestra: “Ecologia, política e educação” – L. Boff (vídeo)
9. Planeta Terra, ecologia e ética
10. O direito e a nova ética

Embora tenha tentando assistir as primeiras aulas, fui agredido verbalmente pelo professor ao ter questionado o viés político de sua disciplina. Tenho dó dos alunos obrigados a suportar isso.

Comento

Minha solidariedade, rapaz! Eis aí. Não sei de que faculdade ele fala, mas asseguro: trata-se de puro lixo esquerdopata. Vejam o que destaquei em vermelho — e, às vezes, em negrito. O bravo professor pretende ensinar os futuros advogados a resistir à “sociedade neoliberal”, seja lá o que isso signifique. Vejam as referências do pensamento: Frei Betto, Leonardo Boff, Renato Janine Ribeiro, Dalmo Dallari... Um misto da fina flor do petismo com o sumo da Escatologia da Libertação. Ah, claro: não poderia faltar a conversa mole da ecologia como uma ética.

O professor, seja quem for, é ambicioso. Nota-se que ele quer fundar nada menos do que uma nova civilização, entenderam? Vejam o item 8 do Bloco III: ele pretende juntar num mesmo apanhado todos os sistemas de "dominação-exploração". Quais são? Ora, "o machismo, o racismo e o... capitalismo"!!! Não, queridos, ele não está falando dos tutsis e hutus, do Quênia, do Zimbábue ou do Sudão. Está se referindo às odiosas sociedades capitalistas.

Eis o lixo que oferecem a estudantes de direito, que um dia serão promotores, juízes, defensores públicos. Sou capaz de jurar que a besta que elabora um roteiro como este não sabe o que é ou para que serve, por exemplo, a taxa Selic. Mas se propõe a discutir com os alunos nada menos do que “a privatização do mundo”.

O que falta a tal mestre? Bem, em primeiro lugar, um livro de gramática para aprender a flexionar os adjetivos compostos. Estamos fritos!

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".