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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Piora situação da liberdade de imprensa na Venezuela, diz SIP

ESTADÃO
Lourival Sant'Anna, terça-Feira, 07 de Outubro de 2008

Relatório aponta para série de violações do governo de Chávez e requer investigação da ONU

Relatório sobre a Venezuela apresentado no domingo, em Madri, na reunião anual da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), sugere que "as graves e repetidas violações por parte do atual governo" sejam investigadas pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. "A situação tem piorado muito", disse ao Estado o autor do relatório, David Natera, vice-presidente da SIP para a Liberdade de Expressão na Venezuela. "Cada dia é maior o confronto do presidente Hugo Chávez com a democracia." De acordo com o documento, integrantes do poder "tentam ocultar e negar fatos, ameaçam, perseguem, fecham o acesso à fonte de informação oficial e suprimem a informação estatística". O texto assinala também que "a função dos meios e dos jornalistas independentes é cada vez mais difícil e perigosa" na Venezuela. Ele cita um episódio ocorrido no dia 23, no qual "ativistas ligados a Chávez lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra a sede do canal de notícias Globovisión". O grupo que reivindicou o ataque declarou a emissora e seu diretor, Alberto Federico Ravell, "objetivos militares", diz o relatório.

Em Caracas, o ministro do Interior da Venezuela, Tarek Aissami, rejeitou as acusações, qualificando a SIP de "franquia do império americano". "A SIP é uma organização na qual se agrupam donos de meios de comunicação da oligarquia. Pouco nos preocupa seu pronunciamento", disse Aissami.

Natera, por seu lado, acusa o governo de "manipular as verbas publicitárias contra os jornais que não se subordinam a ele". À pergunta sobre se há jornais que se subordinam, ele respondeu: "Isso já teve algum efeito." Natera, que é presidente do Bloco de Imprensa Venezuelano e diretor do jornal Correo del Caroní, da cidade de Guayana, lembrou que "numerosos" jornais foram fundados e são mantidos pelo governo. É o caso do oficial Diário Vea, de circulação nacional, e jornais regionais, locais e de entidades como universidades. O relatório denuncia a "proliferação de mais de 300 emissoras de rádio ilegais" e o "fechamento seletivo" de outras rádios. De 156 estações de rádio AM que solicitaram renovação de sua licença, apenas 40% a obtiveram, afirma o texto. O documento critica ainda o fato de o presidente ter-se dado, por decreto, "faculdades para expropriar empresas, incluindo meios de comunicação que não poderá dobrar". Isso depois de a maioria dos eleitores ter rejeitado, no referendo de 2 de dezembro, a reforma constitucional que dava essa prerrogativa ao governo.

COLÔMBIA

Já o relatório da SIP sobre a Colômbia protesta contra o uso, pelo Exército colombiano, do nome do canal internacional de TV da Venezuela Telesur durante a operação de resgate de 15 reféns em julho, incluindo a ex-senadora Ingrid Betancourt. Militares disfarçaram-se de repórteres como parte da artimanha para enganar guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que acreditaram que se tratava de uma transferência.

"O uso de uma equipe jornalística pelas Forças Armadas aumenta ainda mais a vulnerabilidade enfrentada pelo jornalismo na Colômbia, principalmente nas zonas em que se encontram grupos armados ilegais, e implica o desconhecimento do fato de que os jornalistas são civis dentro dos conflitos armados", critica o relatório. Ao mesmo tempo, durante um seminário sobre segurança dos jornalistas, Enrique Santos Calderón, diretor do jornal colombiano El Tiempo, festejou ontem o fato de que nenhum profissional foi assassinado no ano passado na Colômbia, que há alguns anos liderava o ranking de mortes de jornalistas no exercício da profissão.

O repórter viajou a convite da SIP.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, irmão. Passe lá no Clausewitz, pois tem um prêmio para você lá. Abração

http://blogdoclausewitz.blogspot.com/2008/10/prmio-brillante-weblob-2008.html

Anônimo disse...

Cavaleiro, passei antes que o senhor hehe.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".