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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

HUGO CHÁVEZ É UM ELEMENTO DESESTABILIZADOR PARA A SEGURANÇA HEMISFÉRICA

01/10/2008



Cel Luis Alberto Villamarín Pulido
Analista de assuntos estratégicos
www.luisvillamarin.co.nr

O recente anúncio do governo russo da venda massiva de um milionário carregamento de armas com destino à injustificada carreira armamentista venezuelana, constitui o corolário de uma série de fatos estruturais que apontam para demonstrar que o controverso presidente Hugo Chávez é um elemento desestabilizador para a segurança hemisférica, para a paz do continente e para o equilíbrio geopolítico e geoestratégico das super-potências.

A presença de bombardeiros estratégicos russos, somada à dependência política e ideológica de Havana e Moscou, a par com a desafiante atitude frente aos Estados Unidos, com a abertura de refinarias na China, alianças com os governos islâmicos extremistas e aproximação com a ditadura norte-coreana, configuram uma realidade: em contraste com os conceitos apressados dos que o vêem como um louco ou desadaptado, na realidade Hugo Chávez é a ponta de lança do marxismo cubano e dos interesses globais da Rússia sobre a América Latina.

E tudo isso com o desejo a longo prazo de desfazer a influência dos Estados Unidos no hemisfério, assim como a derrota do capitalismo, com a conseqüente imposição de ditaduras comunistas em todos os países latino-americanos. Embora soe utópico ou exagerado, isso é na realidade o que Chávez persegue, cujo plano, em que pese as evidências, tem sido levado a sério.

No caso colombiano, determinado como o primeiro objetivo da expansão chavista, nem a academia, nem os dirigentes políticos, nem os analistas do conflito observam a agressão com a gravidade que ela encarna. Muitos deles são céticos e continuam crendo que se trata das atitudes esquentadas de um isolado mandatário tropical, sem se dar conta de que suas atitudes são produto de uma estratégia habilidosa da ditadura cubana e de um egocentrismo ilimitado que o faz pensar que é a reencarnação do Libertador Simón Bolívar.

A vergonhosa compra de consciência da mandatária argentina a quem financiou a campanha presidencial, bem como a influência que exerce sobre seus cachorros de Quito, Manágua, Assunção e La Paz, com a vênia complacente de Lula da Silva, assim como a influência que Chávez exerce na Coordenadora Continental Bolivariana, são assuntos que devem ser examinados com suma precisão. Não são coisas aventureiras. Há uma obsessiva revolução em marcha e o que é mais grave: é liderada por alguém sem medida nem compostura, capaz de cometer qualquer insensatez em honra de satisfazer sua egolotria.

Construir um monumento a Tirofijo, financiado com dinheiro oficial da Venezuela e coonestado por Chávez, não é um fato simplista. Trata-se da calculada legitimação implícita de um terrorista por parte de um Estado, com o fim de minimizar o sacrifício do povo colombiano por defender a liberdade. Não é um mero simbolismo com fins psicológicos. É uma jogada política, desafiante e ireverente frente à soberania nacional e a livre auto-determinação do povo colombiano. É uma declaração de guerra, disfarçada com fatos aparentemente intranscendentes.

A razão é simples: se Chávez respeitasse a Colômbia ou não estivesse interessado em derrubar o presidente Uribe, teria reagido e seu governo teria se oposto a esta afronta contra a Colômbia. Ao contrário, Chávez manteve silêncio cúmplice pois no fundo é o gestor desta idéia.

Tenho insistido em reiterados escritos que se observa uma grave agressão contra a Colômbia, que Chávez está preparando um ataque militar, que não podemos confiar em que os Estados Unidos nos apoiariam, que as FARC continuam vivas, que o complô internacional contra a institucionalidade colombiana continua vigente e que o trinômio petrodólares venezuelanos, a coca das FARC e a ideologia cubana são os combustíveis deste plano estratégico.

É hora de começar a tomar corretivos antes que Chávez incendeie a região com uma guerra de efeito dominó, que pode alcançar conotações mundiais. E isso o bocudo mandatário venezuelano sabe muito bem. É isso o que ele pretende desatar. Por essa razão, a segurança hemisférica está sem estabilidade. E Chávez é o perturbador.

Tradução: GRAÇA SALGUEIRO

Fonte: http://www.eltiempo.com/participacion/blogs

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".