Enviado pela Ana Prudente por e-mail
Palavrinha quase extinta do dicionário português, cada vez mais esquecida pelos brasileiros. Lá nos pampas onde passei minha infância, era comum apontar-se alguém e afirmar: "Aquele tem VERVE"
VERVE sempre serviu para se nomear alguém corajoso, que não leva desaforo pra casa.Ter VERVE é sentir o sangue correndo nas veias, é defender suas convicções. Ter VERVE é estar vivo e participando da vida do seu pais, da sua familia, do seu EU com consciência.
Eu não sei se vocês estão acompanhando os problemas que a nossa vizinha Argentina está passando.
Desde que a nova presidente Kristina Kirsner anunciou que aumentaria os impostos de exportação para produtos rurais, especialmente grãos, deu início ao seu calvário. Caso ela siga nesta linha, dificilmente conseguirá acabar seu mandato.
Quando das votações na Câmara, já comprovaram que muitos dos deputados que votaram a favor, receberam favorecimentos especiais com a aprovação de seus projetos. E então a votação passou para o Senado. Mais uma vez, descobriram manipulação da base governista ante os parlamentares, no que resultaria no sucesso e fatídico aumento de impostos.
Ocorre que nossos vizinhos Argentinos tiveram uma outra formação desde sua colonização. Eles têm VERVE! Quando não concordam com algo, saem para as ruas e reagem, eles REAGEM porque têm VERVE!
Nesta terça-feira 15/07, governistas e oposicionistas tomaram as ruas. E as redes de TV de lá se colocam em completa imparcialidade, divulgam as manifestações de ambos os lados. As redes de comunicação de lá têm VERVE.
Kristina, quando avisada da manifestação contrária, mobilizou (na verdade foi o marido) suas bases para que fechassem todas as entradas da cidade, achando que evitaria o acesso de seus oposicionistas, o ruralistas. Em vão! Eles mudaram seus planos iniciais e entraram assim mesmo.
Vejam nestas fotos a quantidade de pessoas que saíram das suas casas para participar da mobilização:
95 mil a favor do governo,230 mil a favor dos ruralistas
E não duvidem que ela seja obrigada a renunciar, até porque nem seu vice-presidente apóia sua decisão e muito menos seus métodos. Enquanto isso, no Brasil, as mobilizações não passam dos 3 dígitos.
Seria pecado meu desejar que os brasileiros também procurassem, em algum lugar do passado, a sua VERVE?
NADA IRÁ MUDAR NAS NOSSAS TERRAS TUPINIQUINS ENQUANTO NÃO TOMARMOS AS RUAS!
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