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quinta-feira, 17 de julho de 2008

Os imitadores – Parte I

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Thomas Sowell em 16 de julho de 2008


Resumo: Antes de começar a imitar alguém, devemos nos certificar se os resultados dele são melhores do que os nossos. Num amplo espectro, os Estados Unidos estão muito melhores que a Europa, há muito tempo.

© 2008 MidiaSemMascara.org

Se alguém sugerisse que Tiger Woods devesse tentar jogar mais como outros jogadores de golfe, a sanidade desse indivíduo seria questionada.

Por que deveria Tiger Woods tentar jogar de forma parecida a Phil Mickelson? Se Tiger mudasse e tentasse jogar com a mão esquerda, como Mickelson, ele provavelmente não seria tão bom quanto Mickelson e muito menos tão bom quanto ele mesmo jogando com a mão direita.

Mesmo assim há quem pense que os Estados Unidos deveriam seguir políticas mais parecidas com as da Europa, freqüentemente sem apresentar razões além do fato de que os europeus seguem tais políticas. Para alguns americanos, ser como os europeus é considerado chique.

Se os europeus têm leis que promovem um alto salário mínimo e os benefícios do estado de bem-estar social, então deveríamos ter leis parecidas, segundo tais pessoas. Se os europeus restringem o lucro e as patentes das companhias farmacêuticas, então deveríamos fazer o mesmo.

Alguns juízes da Suprema Corte parecem mesmo pensar que eles devem incorporar idéias das leis européias na interpretação das leis americanas.

Antes de começar a imitar alguém, devemos nos certificar se os resultados dele são melhores do que os nossos. Num amplo espectro, os Estados Unidos estão muito melhores que a Europa, há muito tempo.

Em comparação com a maior parte do mundo, a Europa está indo bem. Mas eles são como Phil Mickelson, não como Tiger Woods.

As leis do salário mínimo têm, na Europa, os mesmos efeitos que têm em outros lugares do mundo. Elas colocam muitos trabalhadores inexperientes ou de baixa qualificação fora do mercado de trabalho.

Como as leis do salário mínimo são mais generosas na Europa que nos EUA, elas levam a maiores taxas e períodos de desemprego do que nos EUA – mas, especialmente entre trabalhadores jovens, menos experientes e de baixa qualificação.

Taxas de desemprego de 20% ou mais para trabalhadores jovens são comuns em diversos países europeus. Entre trabalhadores que são jovens e pertencentes a minorias, tais como os jovens muçulmanos na França, as taxas de desemprego são estimadas em 40%.

As nossas leis do salário mínimo já produzem suficiente dano sem que imitemos as leis européias. O último ano em que a taxa de desemprego dos negros foi menor que a dos brancos nos EUA foi 1930.

Um ano depois, a lei federal do salário mínimo, a lei Davis-Bacon, foi aprovada. Um dos parlamentares que propôs a lei afirmou explicitamente que o seu propósito era evitar que os negros tomassem os empregos dos brancos.

Ninguém mais diz tal tipo de coisa – o que é lamentável, pois o efeito da lei do salário mínimo não depende do que alguém diz. Os negros em geral, e os jovens negros em particular, são os maiores perdedores de tais leis, assim como os trabalhadores jovens e pertencentes a minorias o são na Europa.

Os americanos que estão nos pressionando na direção do tipo de política que os europeus impõem às companhias farmacêuticas se mostram sem o menor interesse nas conseqüências de tais leis.

Uma das conseqüências é que as companhias farmacêuticas européias fazem a maior parte de suas pesquisas e desenvolvimento de novos medicamentos nos EUA, a fim de se aproveitarem das proteções americanas às patentes e da inexistência de controle de preços.

Essas são as políticas que os imitadores dos europeus querem que mudemos.

Não é coincidência que grande parte dos mais importantes medicamentos sejam desenvolvidos nos EUA. Se matarmos a galinha dos ovos de ouro, como os europeus fizeram, nós e os europeus – como o resto do mundo – ficaremos em pior situação, pois não há muitos outros lugares em que tais medicamentos possam ser desenvolvidos.

Há muitas doenças que ainda não têm cura e nem tratamento que possa aliviar o sofrimento que provocam. As pessoas que sofrem dessas doenças são os que pagarão o preço de uma imitação cega da Europa.

Os Estados Unidos lideram o mundo em tantas áreas que não há sentido em imitarmos quem está atrás.

Tradução de Antônio Emílio Angueth de Araújo

Publicado por Townhall.com

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".