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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A verdadeira “Operação Torquês”

Do blog FAROL DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
por Alejandro Peña Esclusa

Uma semana antes do referendum, o Regime fez circular um ridículo e estrambótico “Memorando da CIA” – evidentemente elaborado pelo oficialismo – no qual se fazia referência a uma “Operação Torquês”, supostamente dirigida pelo “Império”, para impedir a reforma constitucional.

Essa absurda operação nunca existiu. Porém, sem planejamento nem coordenação alguma, na prática funcionou outra operação, também do tipo torquês – quer dizer, em dois flancos – para forçar o oficialismo a reconhecer a vontade popular.

Por um lado, as forças opositoras que votaram pelo NÃO, cuidaram das mesas de votação, recolheram atas, contabilizaram votos e acorreram ao CNE para fazer valer os resultados. Por outro lado, a ameaça – clara e tangível – de sair às ruas para protestar em todo o território nacional, no caso da fraude se materializar.

O Regime, encurralado pelo triunfo do NÃO e pela negativa dos militares em reprimir o protesto legítimo, viu-se obrigado a aceitar os resultados, embora maquiados para não parecer tão contundentes.

Dias antes do 2D (2 de dezembro), o Regime iniciou uma histérica campanha contra mim, baseada em todo tipo de calúnias e atribuindo-me uma importância e um poder de convocatória que não tenho.

A desculpa foi um vídeo – a meu ver, inofensivo – que descreve um foro democrático, no qual aparecem Leopoldo López e este humilde servidor. López apresentou seu ponto de vista – diferente do meu – e eu apresentei a tese da “candelita”, esclarecendo – como sempre faço – que se tratava de um protesto pacífico, democrático e constitucional, para fazer valer a vontade popular.

Na realidade, o protesto estava sim delineado, porém não por meu inexistente poder de convocatória, mas pelo rechaço majoritário a uma Constituição comunista, imposta através da fraude eleitoral.

Em meio à sua paranóia, o Regime pensou – equivocadamente – que López e eu trabalhávamos em um esquema conjunto e isso o assustou. O oficialismo sempre pressionou os partidos políticos para que se deslindassem da mal chamada oposição radical, e assim negar-lhes a capacidade de resposta nas ruas.

A lição é esta: há que manter a luta democrática, porém sempre respaldada pela possibilidade de ativar o protesto popular. Essa é a única combinação à qual o Regime teme verdadeiramente.

Por minha parte, estou profundamente feliz e agradecido de que não se tenha desatado a violência e de que possamos celebrar um Natal em paz. O próximo passo é exigir a libertação dos presos políticos.

Aproveito a oportunidade para felicitar os que, dentro e fora do país, pressionaram Chávez para que reconhecesse os resultados. Também quero felicitar – de todo coração – os heróis anônimos, que não aparecem nos meios de comunicação, porém que estavam dispostos a defender a vontade popular nas ruas, de maneira pacífica, democrática e constitucional, mas também de maneira firme, valente e patriótica.

Tradução: Graça Salgueiro

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".