Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Carta aberta aos brasileiros - A educação no Brasil

Do blog UPEC - União Pela Ética e Cidadania

Recife, 26 de novembro de 2007

O Brasil está um caos. Não está à beira do precipício, já despencou faz tempo.

Levando em conta, e isto está mais do que provado, que um país se constrói sobre alicerces seguros de uma educação eficiente, o Brasil está muito mal servido neste particular. Não adianta debater quem gastou mais ou quem gastou menos com a educação. O caso não é o quanto se gastou, mas o que se fez com o dinheiro gasto. Prioriza-se a quantidade de alunos matriculados, às vezes, até mesmo a freqüência dos alunos às aulas. Mas o que se está fazendo com esses alunos nas salas de aula não tem a menor importância.

Para começar, aluno não respeita professor e o professor não pode reprovar aluno. A cada reforma, a qualidade de ensino cai. Aos poucos foram se negando às crianças e aos jovens o desenvolvimento da capacidade de raciocinar, o direito de pensar. Do currículo tiraram o Latim, tiraram a tabuada, tiraram a conjugação de verbos, tiraram, por fim, a gramática. Alguns jovens estão conseguindo completar a 8ª série sem saber ler. Alguns até conseguem passar no vestibular com um pouco mais do que isto. Se os programas de estudo estão péssimos, os livros estão piores ainda e os métodos calamitosos.

Não é de hoje. Esta vergonha se arrasta a uns vinte anos, piorando a cada ano. Até pouco tempo, o Brasil ainda contava com o último baluarte de bom ensino: as Escolas Técnicas Federais que tinham programas maravilhosos de profissionalização a nível médio. Foram transformadas em CEFETS. Trocamos um excelente ensino de 2º Grau por um faz de conta de 3º Grau. Faz pena ver em que se transformaram.

E nós temos um presidente que não tem a menor idéia do que está acontecendo. Nunca estudou. Não sabe o que isto pode significar para o país. Conseguiu subir a rampa sem estar preparado e nem se deu conta ainda do desgoverno que nos está impingindo. Acredita, mesmo, que está governando.

Aí vem o líder do PT e diz que “a classe média tradicional” (seja lá o que isto for) está se sentindo incomodada com a proximidade da nova “classe média emergente” (também desconheço o conceito). Calma, senhor líder! O senhor está olhando pelo lado errado da lupa. Mas o senhor tem razão. Esta proximidade está incomodando a classe média, mas não é que a classe D subiu para a classe C. Foi a classe C que desceu para a classe D. Descer sempre incomoda.

Fala ainda, o senhor líder, das realizações deste governo: grandes, verdadeiramente grandes. Nunca antes, neste país, se viram feitos tão grandiosos: corrupção, mentiras, mensalões e mensalinhos, cuecas milionárias, malas extraordinariamente recheadas, dossiês falsos, gastança desenfreada, pouco ou nenhum investimento no país, estímulo à luta de classes, discriminação de etnia e de sexo, violência na cidade e no campo, abandono das Forças Armadas e das fronteiras, desrespeito aos cidadãos, principalmente aos que trabalham e produzem e conseqüentemente que sustentam este país, Saúde, educação e segurança que esperem pelo terceiro mandato. E por fim, desrespeito à nação com o um todo quando se dobra à verbosidade do pateta venezuelano e do cocaleiro boliviano.

Enquanto o palhaço venezuelano chegou ao Brasil, ofendeu as nossas instituições e foi condecorado, lá no Chile, um CHEFE DE ESTADO (com maiúsculas, sim) que sabe honrar o seu país, o repreendeu adequadamente. O kumpanheiro da Bolívia já nos pôs de joelhos e lambemos suas botas.

E o senhor Tarso Genro elogia o noçuguia porque fala a língua do povo. Não é virtude que o presidente iletrado fale igual ao povão analfabeto, um povo que é vítima de um sistema escolar capenga e desalmado. Virtude seria, isto sim, que um presidente bem letrado ensinasse o povão a falar bem a sua língua.

Esta foi uma semana e tanto.

Vem o Senador Sérgio Guerra que, ao assumir a presidência do PSDB, encerra o seu discurso com uma pérola digna do contexto geral. Que Lula não quer o terceiro mandato. Isto garantido por sua bela história e sua sempre aproximação com as forças democráticas.

Sei não. Um operário aposentado, que nunca estudou, que há muito tempo não dava um prego em uma barra de sabão, acumulou um patrimônio respeitável sem sequer ter ganhado na Mega Sena. A democracia de sua excelência é a coisa mais parecida com a ditadura comunista de (com licença das palavras) Fidel e Chávez. Ou será que o Foro de São Paulo mudou de nome e agora é apelidado de Democracia?

Alguém salve este país (observação do C.T.: mexamo-nos e salvemos NÓS MESMOS o Brasil, os homens e mulheres de bem. Temos que nos envolver com a política, tornando-nos políticos ou não.)

Comentário do C.T.: aproveitem e leiam mais sobre a educação brasileira neste post que aborda a educação superior.

Ester

Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".