PORTA FIDEI
23 segunda-feira jul 2012
Posted by portadafe in Igreja, Moral, Notícias
O site padrepauloricardo.org denunciou nas últimas semanas o avanço da agenda abortista no Brasil, por meio de normas técnicas e reformas no Código Penal. A situação é demasiadamente grave, e por isso, requer nossa máxima atenção. Até porque, o que está em jogo não é somente a soberania do país perante a ingerência das multinacionais estrangeiras – financiadoras do controle da natalidade no mundo – mas a vida de milhões de crianças que serão ceifadas, em decorrência dessa política genocida que se pretende aplicar nesta Terra de Santa Cruz.
Assim como ressaltou o Padre Paulo Ricardo na aula ao vivo da última terça, a aprovação da política de redução de danos para casos de abortos clandestinos é muitíssimo pior que a legalização desse crime. Através dessa norma, o governo passa a se comportar como o principal promotor do assassinato intra-uterino. A proposta, de acordo com o que noticiou a grande mídia, resume-se à distribuição de cartilhas às mulheres já decididas a abortar, com indicações de “cuidados de proteção pré-aborto”. Em suma, a norma funciona como um manual para bandidos que desejam cometer crimes sem se machucar. Todavia, para o senhor secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, “isso não é um crime, o crime é o ato em si”.
O discurso de Magalhães, como demonstrou, recentemente, o padre Luis Carlos Lodi – presidente do Pró-vida de Anápolis – é pura falácia. Conforme o Código Penal vigente comete crime não só quem o pratica, mas também quem o incentiva (art. 29, CP). Portanto, a norma técnica em questão se enquadra perfeitamente nos delitos tipificados pela lei como “incitação ao crime” (art. 286, CP) ou “apologia ao crime” (art. 287, CP).
Acordo entre o Governo Federal e a FIOCRUZ para estudos sobre a legalização do aborto. Dinheiro público investido na defesa da morte
Ademais, sabe-se que o Governo Federal, desde outubro de 2010, mantém um convênio com a Fundação Oswaldo Cruz para um projeto intitulado “Estudo e Pesquisa – Despenalizar o aborto no Brasil”. Com um subsídio de 80 mil reais, vindo dos cofres públicos, a FIOCRUZ produziu um documentário chamado “Fim do Silêncio” no qual mulheres que já abortaram depõem a favor da legalização do procedimento. O material, segundo seus produtores, foi elaborado para distribuição em instituições públicas como escolas e universidades. Segue-se a isso o fato de que há certo tempo, o governo também tem financiado viagens ao exterior para pesquisas no ramo. Além disso, a nomeação da Sra. Eleonora Menicucci – que se autointitula a avó do aborto – para Secretaria de Políticas para Mulher é nada mais que um ato pró-abortismo.
O médico anestesista Madson Vidal publicou uma foto no Twitter mostrando uma gestante deitada em duas cadeiras por falta de leito na maternidade Escola Januário Cicco, no último dia 16, no RN
Assusta, por conseguinte, que enquanto o Governo investe naquilo que os abortistas chamam de aborto “seguro”, mulheres grávidas sofrem com a precariedade das maternidades públicas do país. O Portal de Notícias UOL publicou nesta sexta-feira uma denúncia grave a respeito da trágica situação dos hospitais públicos do Rio Grande do Norte. De acordo com o portal, as condições são tão problemáticas, que algumas mulheres tiveram de dar à luz deitadas em cadeiras por causa da superlotação. Mas o problema não se restringe ao estado nordestino; é algo que ocorre em todo o país, como bem relatou a Sra. Maria Angélica, da Sociedade Divulgadora Espírita Auta de Souza, durante a Subcomissão Permanente da Mulher, realizada em Brasília no mês de março. Na ocasião, Maria Angélica questionou as senadoras feministas o porquê de elas não falarem claramente que o interesse delas era legalizar o aborto.
Cabe a pergunta: um governo que negligencia a situação calamitosa dos hospitais públicos e os cuidados com as gestantes, realmente está preocupado com a saúde feminina, ao investir maciçamente na legalização do aborto? Acaso um Estado que tem um dos piores sistemas de saúde pública do mundo pode se dar o direito de cuidar das mulheres que querem abortar como caso de “saúde pública”? É claro que tudo se trata de um alinhamento às indicações dos conglomerados norte-americanos que financiam o aborto desde a década de 1930. Um panorama objetivo de todas essas ações pró-aborto pode ser encontrado no livro “IPPF: a multinacional da morte”, do advogado argentino Jorge Scala.
É urgente a nossa ação contra esses desmandos dos grupos abortistas em nosso país. Não podemos nos calar perante toda a mortandade que se seguirá caso essa política esdrúxula seja aplicada. Sigamos as orientações da nota do Regional Sul I da CNBB, exigindo a imediata demissão da Sra. Eleonora Menicucci da Secretaria de políticas para mulher e do Sr. Helvécio Magalhães da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, além do rompimento dos convênios do Governo Federal com os grupos de pesquisa para legalização do aborto no Brasil.
Não nos calemos, façamos valer a nossa fé!
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