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segunda-feira, 26 de março de 2012

Salve o planeta rechaçando bebês?

 

JULIO SEVERO

26 de março de 2012

Dr. E. Calvin Beisner, Aliança Cornwall para a Administração da Criação

Como vice-presidente de assuntos governamentais da Associação Nacional de Evangélicos (ANE), o Rev. Richard Cizik provocou polêmica ao lutar implacavelmente, ainda que sem sucesso, para embarcar os evangélicos na guerra contra o aquecimento global antropogênico e em apoio às uniões homossexuais. A posição dele sobre o aquecimento global provocou críticas enérgicas de outros líderes evangélicos, que insistiram em que Cizik não falava por eles. Alguns chegaram a exortar a ANE a demiti-lo. A postura dele de apoio às uniões civis homossexuais levou à demissão dele da ANE em dezembro de 2008. Logo depois, ele foi trabalhar para Ted Turner, magnata dos meios de comunicação, defensor do controle populacional e diretor da Fundação Nações Unidas. Em seguida, ele passou a trabalhar para o Instituto Sociedade Aberta (Open Society Institute), do ateu, globalista e capitalista George Soros, fundando então a Nova Parceria Evangélica para o Bem Comum — entidade em grande parte financiada por seus amigos esquerdistas.


Agora, Cizik está provocando perturbações de novo, pedindo maior acesso a contraceptivos no mundo inteiro. Por quê? Para proteger as mulheres e reduzir índices de aborto, crescimento populacional e, no final das contas, o aquecimento global.

No artigo “O planejamento familiar é agradável a Deus e ao meio ambiente”, publicado primeiramente em 12 de março e rapidamente republicado no mundo inteiro, Cizik escreveu: “Ao dar uma palestra no Banco Mundial anos atrás, me perguntaram por que os cristãos não tratam de questões de controle populacional. ‘Já começamos a lidar com o tema de mudança climática’, respondi, ‘e mais cedo ou mais tarde, teremos de falar honestamente sobre controle populacional. Mas é um assunto muito polêmico’. Depois, alguém enviou um email para líderes evangélicos me acusando de apoio ao ‘controle populacional’, tal como a política de ‘filho único’ da China. Tudo mentira, mas aconteceu”.

Vamos já de início acabar com quaisquer mal-entendidos. Talvez Cizik tenha citado a si mesmo de memória e apenas imprecisamente. Mas as palavras reais dele naquela reunião do Banco Mundial em 2006, extraídas de uma gravação em áudio, foram: “Gostaria de adotar a bandeira da questão do controle populacional, mas entre os evangélicos o aquecimento global já é polêmico demais. E eu toquei nesse assunto que é muito polêmico… porém, ainda tenho um emprego… O controle populacional é uma questão muito mais perigosa de se tocar… Precisamos confrontar o controle populacional e podemos — afinal, não somos católicos romanos —, mas é perigoso demais tocar nisso agora”.

Obviamente, conforme confessa o contexto, por “Precisamos confrontar o controle populacional” Cizik não estava querendo dizer “Precisamos rejeitar o controle populacional”. O que, então, ele estava querendo dizer? Parece que ele queria dizer que temos de adotá-lo — ainda que não por meio da política de filho única da China. E quem acha que o controle populacional é uma causa nobre precisa das lições de história às vezes horríveis dos seguintes livros:

Reproductive Rights & Wrongs: The Global Politics of Population Control (Direitos & Erros Reprodutivos: As Políticas Globais de Controle Populacional), de Betsy Hartman.

Fatal Misconception: The Struggle to Control World Population (Concepções Errôneas e Fatais: A Luta para Controlar a População Mundial), de Matthew Connelly.

Contudo, Cizik escreveu: “…quando as mulheres têm o poder de planejar suas famílias, as populações crescem mais lentamente, e mais lentamente crescem também as emissões de gás estufa. Fornecer moderna contracepção para todas as mulheres reduziria essenciais emissões de carbono em 8 a 15 por cento”. O “planejamento familiar” não só reduziria o crescimento populacional e as emissões de gás estufa, mas também reduziria “o custo, cerca de 3,7 bilhões de dólares anuais… um custo que é pequeno em comparação com outras estratégias de redução de emissão de carbono”.

O que é “lindo” é que Cizik admite que os 3,7 bilhões de dólares anuais são “um custo que é pequeno em comparação com outras estratégias de redução de emissão de carbono”. Pelo menos uma vez na vida um alarmista do clima confessa os custos da solução! E, aliás, 3,7 bilhões de dólares anuais são uma fração pequena das centenas de trilhões que custaria para reduzir as emissões de CO2 em 80 por cento até 2050 — tudo para alcançar uma redução imensamente pequena na temperatura média global durante um século, começando agora, numa ação que não teria nenhum benefício ecológico enquanto os custos econômicos provavelmente gerariam mais mortes do que a solução impediria. Se enxergarmos as pessoas apenas como “pegadas de carbono”, não como criadas conforme a imagem de Deus com dignidade e transbordando de potencial para abençoar uns aos outros, talvez os argumentos de Cizik fizessem sentido.

O que não é lindo é que (a) Cizik parece desconhecer que a diminuição da população, não o crescimento da população, será a grande ameaça deste século e provavelmente dos próximos um ou dois séculos, e, (b) Cizik pensa que controlar o crescimento da população para reduzir o aquecimento global seria uma coisa boa.

A maioria dos demógrafos acha que a população mundial terá seu crescimento máximo em 2050 e então começará uma diminuição que continuará enquanto pessoas suficientes continuarem a escolher ter menos de dois nascimentos por mulher necessários para a substituição — uma escolha que parece vir quase que universalmente com os elevados padrões de vida (e custos de criação de filhos) esperados para quase todo mundo no final deste século. Aliás, conforme Stanley Kurtz indicou seis anos atrás numa análise magistral de conhecimento demográfico, “Se os índices mundiais de fertilidade alcançarem níveis hoje comuns no mundo em desenvolvimento (e esse parece ser o destino), dentro de poucos séculos a população do mundo poderia diminuir abaixo do nível dos EUA hoje”. Releia essa última cláusula e deixe isso mergulhar na sua mente. Esse controle populacional significa uma redução da população mundial em 95 por cento.

Se a discussão de Cizik tem falta de fundamento científico, não a compensa com uma base bíblica. Ele apelou uma única vez para a Bíblia (Gênesis 2:15), e só para apoiar a ideia incontroversa de cuidar da Terra. E ao citar esse versículo, ele negligenciou que se aplicava não à Terra toda, mas ao Jardim do Éden.

Além disso, ele negligenciou outro versículo que ele poderia ter visto como um pouco mais incomodador, embora realmente lide tanto com a responsabilidade da humanidade para com a Terra inteira quanto com o crescimento populacional — Gênesis 1:28: “Deus os abençoou e lhes ordenou: ‘Sede férteis e multiplicai-vos! Povoai e sujeitai toda a terra; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todo animal que rasteja sobre a terra!’” Esse e outros versículos da Bíblia apresentam a multiplicação humana como bênção, não maldição (Genesis 12:2; 15:5; 17:1–6; 26:4, 24; Deuteronômio 7:13, 14; 10:22; Salmo 127:3–5; 128:1, 3; Provérbios 14:28), e aliás como meio de cuidar da Terra — e Cizik diz que é a favor de cuidar da Terra. Em contraste, a Bíblia vê a diminuição populacional como maldição (Deuteronômio 28:62–63; Levítico 26:22).

Portanto, embora Cizik consiga encontrar apoio na Bíblia para cuidar da Terra, ele não consegue encontrar apoio na Bíblia para a contracepção ou para o planejamento familiar, e muito menos para o controle populacional — e muito menos ainda para programas governamentais de planejamento familiar em vez de liberdade pessoal.

Dr. E. Calvin Beisner é o fundador de The Cornwall Alliance for the Stewardship of Creation.

Traduzido por Julio Severo do artigo de CrossWalk: Save the Planet, Reject the Child?

Fonte: www.juliosevero.com

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".