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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Site neo ateu elege os “ateus famosos”: o resultado é uma compilação de figuras trash da esquerda

 

LUCIANO AYAN

 

O site neo ateu Paulopes começou a criar uma série de posts com o subtítulo “ateu famoso”. A idéia é aquele mesmo trololó de sempre: citar pessoas que tenham sido atéias, e famosas, e usar isso como propaganda. (Como se os religiosos também não pudessem citar milhões de religiosos famosos também…)

O curioso é que as escolhas para início da propaganda foram risíveis: Herbert de Souza (Betinho) e Ferreira Gullar (foto).

No post sobre Betinho, a justificativa para o ateísmo foi de causar vergonha alheia. Segue: “[...] houve um momento em minha vida em que a estrutura religiosa foi minada por um psiquiatra louco. Eu estava fazendo um tratamento e ele virou para mim, interpretando um sonho, e disse: ‘Você tem uma fixação com Cristo’. Eu falei: ‘Claro, eu sou da Ação Católica, toda pessoa da Ação Católica está fixada em Cristo’. E ele falou assim: ‘É, mas o Cristo é uma figura ambígua, ele é homem, mas se veste de mulher. Ele é homem, mas tem cabelos compridos’. E eu falei: ‘Ih, danou tudo’”.

Patético, no mínimo.

Ferreira Gullar disse que “o homem inventou Deus para que Deus o criasse”, em uma repetição da ladainha de Feuerbach, já demolida aqui.

Gullar segue dizendo que esse foi o jeito que o homem encontrou para se distinguir dos outros animais: “Porque, como disse Valdick Soriano, ‘eu não sou cachorro, não’. Ninguém quer ser cachorro e todos querem ser filho de Deus.”

Como se nota, os tais “ateus famosos” só servem como comédia involuntária.

Não, minto. Servem para algo a mais, pois AMBOS os ateus citados pelo Paulopes são de esquerda, e ambos são marxistas. Portanto, eles servem para reforçar minha tese de que o ser humano tende à religião, se não uma religião tradicional, uma religião política. (Chesterton já afirmou algo parecido, diga-se)

Se bem explorada, a tal “campanha dos ateus famosos” irá identificar muitos esquerdistas, e agir como um tiro no pé neo ateísta.

2 comentários:

Adilson disse...

Essa corja é muito estúpida mesmo: imaginemos o seguinte: caso os cristão fossem mencionar os nomes das pessoas que de alguma forma contribuiram para a ciência da forma mais decisiva, creio que os cristãos seriam a maioria esmagadora!

João Emiliano Martins Neto disse...

É aquilo que diz a Bíblia que o temor de Jeová é o princípio da sabedoria.

Ora, parece estar mais do que provado pelos argumentos mesquinhos de Betinho e Gullar e por tantas outros exemplos de derrota humana existencial mais terrível que se possa imaginar o quão muitos ateus não são realmente inteligentes na ideologia ateísta deles.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".