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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Peña Esclusa: “Fui imputado por um crime que não cometi”

HEITOR DE PAOLA



Entrevista exclusiva a Noticiero Digital


Alejandro Peña Esclusa falou desde o cárcere sobre suas filhas, sobre sua esposa e sobre o estado da causa contra ele por um crime que, em suas próprias palavras, não cometeu. “Estou ilegalmente retido”, disse.

Na continuação, a curta entrevista realizada via e-mail:

ND - Como estão sua esposa e filhas? Suas filhas entendem a situação?

APE – Desde há dois anos era evidente que o governo ia me deter, devido ao extraordinário trabalho que UnoAmérica vem fazendo para opor-se ao avanço do Socialismo do Século XXI em toda a região.

Com cada vez maior freqüência, os funcionários governamentais e Venezolana de Televisión me acusavam dos delitos mais inverossímeis. Dali a uma montagem para deter-me era só questão de tempo.

Por isso, disse a meus familiares e amigos que se preparassem, porque logo eu iria ao cárcere.

Fiz o mesmo comentário a minhas filhas de 15 e 13 anos, assim que de algum modo elas já esperavam. A que não entende nada é a de 8 anos. Não lhe cabe na cabeça porquê umas autoridades que deveriam lutar contra o crime, levam seu pai preso e, ainda por cima, roubam dinheiro e objetos, embora eu queira esclarecer que nem todos os policiais são iguais.

Quanto à minha esposa, certamente já a viram em frente às câmeras de televisão lutando como o que é: uma mulher íntegra e valente.

ND – Qual é sua rotina diária? Os funcionários o tratam bem? Permitem que você mantenha a comunicação com o exterior?

APE – O cárcere em certo sentido está me transformando. Me sinto muito mais identificado com meu país. Leio livros de história da Venezuela. Valorizo muito mais o esforço de gerações inteiras que sofreram, lutaram, foram encarceradas e até derramaram seu sangue, para que nós pudéssemos viver em democracia.

Agora compreendo melhor os sacrifícios que os presos da geração de 28 fizeram. Penso no meu pai, que esteve a ponto de morrer doente em uma prisão, para onde o enviou Pérez Jiménez, quando ele se atreveu a questioná-lo por desconhecer os resultados eleitorais de 1953. Reflito sobre tantos outros venezuelanos que deram o melhor de si, para que nós pudéssemos viver em liberdade.

Realmente, me sinto muito satisfeito ao retribuir esse esforço desde meu calabouço, para que nossos filhos possam viver em uma Venezuela melhor.

Quanto à rotina, estar preso não é agradável, porém leio, escrevo, me exercito fisicamente, compartilho com os presos políticos que me acompanham. Há horas de visita para familiares e amigos, e outras para advogados. Já gastei três blocos de 80 folhas cada um. Meus amigos transcrevem algumas de minhas notas e publicam-se na página web de Fuerza Solidaria. Não tenho sido maltratado. Estou bem de saúde e, sobretudo, mais convencido do que nunca de meus ideais e sonhos para a Venezuela.

ND – Em que estado está seu caso, legalmente falando?

APE – Está apenas começando. Os detalhes da invasão à minha casa já foram publicados. Fui imputado por um crime que não cometi. Estou ilegalmente retido. Porém, nem a opinião pública nacional, nem a internacional acreditam na montagem do governo. Assim o refletem as centenas de artigos e mensagens de apoio provenientes de todo o hemisfério ocidental.

ND – Que mensagem você enviaria aos venezuelanos? E ao presidente Chávez?

APE – A tirania é uma forma primitiva de governo que não tem cabimento no mundo moderno. A nossa durará algum tempo e depois virá abaixo, como resultado de suas próprias contradições e ineficiências. No momento, [Chávez] se mantém no poder apelando aos instintos mais bestiais do homem, como é o medo.

A tirania se combate apelando justamente ao contrário, quer dizer, aos sentimentos mais sublimes do ser humano, como o são a solidariedade e o amor à Pátria.

Desde o cárcere, desejo infundir ânimo a meus compatriotas venezuelanos, para que não tenham medo. Desejo transmitir-lhes confiança na Venezuela e no maravilhoso futuro que nos espera.

Se todos dermos um passo adiante, e lutarmos juntos para recuperar a liberdade, não haverá força humana capaz de nos deter.

Quanto a Chávez, não tenho muito que lhe dizer. A estas alturas ele deveria se dar conta de que seu projeto fracassou. Aferrar-se a seu absurdo modelo lhe trará maiores problemas. Ele deveria ser o principal interessado em promover uma transição consensual.


Tradução: Graça Salgueiro

Um comentário:

Cavaleiro do Templo disse...

Renata, depois que o Serra for para a TV e explicar que:

1 - o PT é o responsável pelos crimes e mortes envolvendo drogas no Brasil;

2 - o PT é a favor do aborto lúdico, do aborto por qualquer motivo que seja;

3 - o PT quer fazer o Brasil virar Cuba;

4 - Karl Marx, o pai-mão do Socialismo/Comunismo era SATANISTA;

5 - pelos menos 2 PAPAS condenaram à excomunhão automática quem ajuda (e votar é ajudar) socialistas e comunistas.

Depois disto, talvez a gente converse.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".