Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cabrestos espirituais

MÍDIA SEM MÁSCARA


O que se dirá então da extrema frouxidão tucana de não associar o PT às Farc? O que se vê é muito simples: esquerdista é cúmplice de esquerdista, como terrorista é cúmplice de terrorista.

O domínio, por assim dizer, 
"espiritual" das esquerdas na democracia brasileira é praticamente absoluto. O presidente corrupto, envolvido politicamente com a narcoguerrilha colombiana, com a destruição das democracias latino-americanas, fiel aliado de ditaduras totalitárias de matizes comunistas ou islâmicos, enfim, membro do que há de pior no âmbito dos valores políticos, indica uma candidata, cujo passado de terrorista e assaltante de bancos não é nada abonador. Mas quem disse que o eleitorado brasileiro está interessado nisso ou sabe algo de Dilma Rousseff? Basta que o capataz Lula indique seu capacho presidenciável e o povo brasileiro, como cabresto enfeitiçado pelo bolsa-esmola, vote! Quando a esquerda não intoxica a alma da população com ideologias, compra com dinheiro.
É interessante notar que o passado de banditismo da candidata não assuste ninguém. Ou que seus crimes, incluindo o assassinato, em seu currículo profissional (e por que não dizer ficha policial?), não envergonhem o eleitor incauto. Mas na cabeça da gente dita que elegeu o petismo como projeto político, como também nos círculos midiáticos, o passado da ministra da Casa Civil é coisa do passado. Ou, no mais, é passado para se orgulhar, já que a sujeitinha "lutava" contra a ditadura em favor da democracia. Que grande mentira! Dilma Rousseff não lutava pela democracia. Lutava sim, para substituir o regime militar e implantar a ditadura comunista!
Espantoso, pusilânime, vexaminoso, é o posicionamento da "oposição." (coloco entre aspas, porque tenho lá minhas dúvidas).Gente como José Serra ou mesmo os políticos do DEM engolem a historinha falaciosa da terrorista e assaltante de bancos que lutava pela democracia. De Serra não se pode esperar muita coisa, já que em sua juventude fez parte da UNE e da Ação Popular (posteriormente Ação Popular Socialista), um reles grupelho de esquerda católica, envolvido, em 1966, no atentado terrorista ao Aeroporto Guararapes, em Pernambuco, matando três e ferindo outras 14 pessoas. Pediu asilo ao Chile, quando este país se tornou um antro de marxistas amiguinhos do presidente Salvador Allende. Chamar Serra de "direitista" temo mesmo acinte de chamar Hitler de filosemita. O candidato tucano pode ser a direita da esquerda, outro menchevique dos bolchevistas, um Kerensky de Lênin. Mas é só.
Já o DEM prima pela estupidez política. Ainda que o candidato a vice de Serra, Índio da Costa, tenha captado e tornado públicas as informações mais importantes para o eleitorado brasileiro, o seu partido não deu o menor apoio. Pelo contrário, calou-se, junto com a covardia dos tucanos. Para a maioria dos eleitores, o PT aliado do narcotráfico das Farc não existe. Deveras, o DEM nem pode ser chamado de"opositor". Ele foi tão absorvido pelo cabresto espiritual socialista, que precisou mudar a sigla de Partido da Frente Liberal para o de"democratas", a mesma nomenclatura do esquerdista Partido Democrata norte-americano. Até a alardeada direita política ficou emburrecida pela cultura ideológica da esquerda. A direita tem medo de se assumir direita. O liberal conservador, como político, esconde suas credenciais, com medo de desagradar o status quo socialista. Quer parecer mais esquerdista do que o próprio esquerdista.
Dilma Rousseff, antes de ser adversária do candidato tucano, nada mais é do que sua companheira de armas de outros tempos. Daí o fato de Serra não fazer um pio sobre o passado da ex-ministra da Casa Civil. Nenhum comentário sobre sua vida pregressa, sobre o roubo do dinheiro da amante do governador Adhemar de Barros ou o seu envolvimento, junto com seu grupo guerrilheiro, no assassinato do capitão do exército americano Charles Chandler. Parece que ser bandido com viés esquerdista neste país dá direito à absolvição. Inclusive, a bandidagem vermelha se auto-indeniza, com o beneplácito de nossa"democracia burguesa". A mesma democracia que Dona Dilma Rousseff lutou para destruir.
O que se dirá então da extrema frouxidão tucana de não associar o PT às Farc? O que se vê é muito simples:esquerdista é cúmplice de esquerdista, como terrorista é cúmplice de terrorista. Da mesma forma que Dilma mente sobre seu passado de democrata, Serra também parte da mesma falácia. Não é ele quem diz que a democracia foi destruída em 1973 no Chile, por Pinochet, quando na verdade, quem estava destruindo as instituições chilenas era seu comparsa, o presidente Allende? Quem teve raízes na Ação Popular não pode se dizer democrata sincero. Serra chamou Lula de "troglodita de direita", ainda que a direita tenha desaparecido do imaginário político, só existente, claro, como espantalho imaginário dos socialistas. Poderemos pensar assim que o tucano é a personificação da esquerda? Que ele seja tão radical quanto o PSTU ou o PSOL? Não seria espantoso, quando José Serra se diz admirador de Antonio Gramsci e da revolução cultural socialista. O PSDB só reafirma os valores (ou não seriam contra-valores) da esquerda revolucionária, os valores do cabresto cultural esquerdista. A diferença é de método. É a disputa do marxista-leninista histórico com o socialista fabiano, ambos com as táticas de Gramsci. Ou como diz um grande amigo meu: a diferença entre o tucanato e o petismo, é que o primeiro usar talher e finge falar francês.
O cabresto cultural está montado, junto com a farsa ideológica do socialismo. Votar em José Serra é reafirmar o espírito socialista, como é o mesmo que votar em Dilma, Marina Silva ou Plínio de Arruda Sampaio. Todos são irmãos espirituais, de alguma forma. A diferença é de progressão e radicalização do socialismo. E tanto oposição como situação são apenas duas faces de uma mesma moeda ideológica. É a disputa da oposição de esquerda contra a situação de esquerda, para ver quem radicaliza mais a identidade socialista. Grande diferença!

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".