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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Extra! Extra! Liberalismo na universidade

Fonte: MÍDIA SEM MÁSCARA
BRUNO PONTES | 21 OUTUBRO 2009
ARTIGOS - EDUCAÇÃO



extra
O universitário de humanas consciente é contra o capitalismo. Ele expressa a aversão ao capitalismo convocando protestos por telefone celular e e-mail. Ele fotografa a passeata com câmera digital (fabricada de modo artesanal e gratuito) e bota as imagens no Orkut. No fim de semana, o universitário anticapitalista sai de carro para tomar cerveja. Ninguém é de ferro. Mas, por coerência, ele só usa carros montados de maneira socializada, sem lucro pra ninguém. E a cerveja que ele bebe tem uma função social.


Se você é ou foi estudante de humanas na faculdade, sabe que a explicação para todos os fenômenos está no marxismo. Os professores, os currículos, os alunos são marxistas. É provável que o porteiro do campus seja marxista também. Lá, ninguém sabe quem é Ludwig von Mises, Friedrich Hayek. Fiquemos com um nome brasileiro: ninguém sabe quem é José Osvaldo de Meira Penna. Só marxista tem vez. E dá-lhe Paulo Freire e Antonio Gramsci.

Certo dia, no meu tempo de UFC, foi apresentado no auditório da reitoria um documentário de apologia a Fidel Castro e Che Guevara. Após a exibição, uma professora de História, cheia de mestrados, doutorados e outros ados na conta bancária, declarou, para uma platéia embevecida, que "não existe felicidade sob o capitalismo". Ah, se vocês estivessem lá para sentir a emoção do auditório... A classe média estudantil vibrou.

O universitário de humanas consciente é contra o capitalismo. Ele expressa a aversão ao capitalismo convocando protestos por telefone celular e e-mail. Ele fotografa a passeata com câmera digital (fabricada de modo artesanal e gratuito) e bota as imagens no Orkut. No fim de semana, o universitário anticapitalista sai de carro para tomar cerveja. Ninguém é de ferro. Mas, por coerência, ele só usa carros montados de maneira socializada, sem lucro pra ninguém. E a cerveja que ele bebe tem uma função social.

Sei que existem cinco ou seis elementos que escapam do marxismo atmosférico. E há também os saudáveis curiosos. É para eles que estou escrevendo este artigo. Tenho uma dica: no próximo dia 23, a turnê "Liberdade na Estrada", promovida pela turma do site OrdemLivre.org, passa por Fortaleza. Participam os economistas Adolfo Sachsida e Hélio Beltrão Jr., os cientistas políticos Bruno Garschagen e Diogo Costa e o filósofo Lucas Mafaldo, entre outros.

As palestras em Fortaleza acontecem em dois horários. Na UFC, das 8 às 12h, no auditório Geraldo da Silva Nobre (Avenida da Universidade, 2486). Na FA7, das 18 às 22h, no teatro da faculdade (Rua Almirante Maximiniano da Fonseca, 1395). Repetindo: dia 23 de outubro.

Os realizadores da turnê querem expor aos estudantes universitários o pensamento liberal, em defesa do livre mercado e dos direitos individuais. Esses caras estão oferecendo outra visão em pleno terreno sagrado da militância estatizante. O programa promete.



Publicado no jornal O Estado.

Bruno Pontes é jornalista - http://brunopontes.blogspot.com

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".