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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Carrinho de Compras: Presidência reserva R$ 145 mil para compra de 1.440 ternos

Fonte: CONTAS ABERTAS
quarta-feira, 28 de outubro de 2009


A Secretaria de Administração da Presidência da República resolveu encher os armários mais uma vez durante a última semana. O órgão empenhou (reservou em orçamento) R$ 145 mil para a compra de 1.440 ternos masculinos, compostos de paletó e calça, na cor azul “marinho noite” (cada um por R$ 99), e seis femininos, incluindo blazer, duas blusas e calça (cada um por R$ 220). Os “uniformes profissionais”, conforme descrevem as notas de empenho emitidas pela instituição nas últimas quarta e quinta-feira para as aquisições, foram comprados por meio de pregão, hoje a principal modalidade de licitação que barateia custos.

Além disso, a Presidência comprometeu R$ 70,4 mil para a compra de 2.670 camisas sociais masculinas brancas, em tecido tricoline misto, e 2.461 pares de meias sociais masculinas pretas. Outros R$ 14,5 mil serviram para 853 cintos sociais de couro legítimo, pretos, dupla face. Completam a extensa lista quatro uniformes de serviços gerais femininos (duas blusas, duas calças ou duas saias), 218 uniformes profissionais guarda-pó (alguns azuis outros brancos), 56 ternos para garçom (paletó, calça, dois pares de luvas malha e gravata tipo borboleta, confeccionada em cetim de primeira qualidade) e 18 agasalhos esportivos (jaqueta, calça e três camisetas). Tudo por R$ 23,1 mil.

No começo do mês, a PR já havia empenhado recursos para a aquisição de diversos conjuntos de uniformes profissionais e acessórios, entre eles quatro ternos femininos, 16 masculinos, nove conjuntos para copeira, oito para camareira, 40 de cozinheiro e copeiro, 14 para lavanderia, além de 24 camisas sociais masculinas, 75 cintos de couro, 166 sapatos sociais femininos e masculinos e 228 meias sociais masculinas pretas.

Em meio a essa roupa toda, vale parabenizar a descrição das notas de empenho emitidas pela Presidência da República (PR), porque sem essa transparência e nível de detalhe seria impossível citar todos os materiais dessa maneira. Opa, mas ainda não acabou... Como o tecido em geral foi a pauta da semana, um material de tipo menos nobre também foi adquirido pela Presidência. Na verdade, foram reservados R$ 646 para a compra de 543 panos de prato para limpeza. O Gabinete da Vice-Presidência da República seguiu o exemplo e também empenhou recursos para a compra de panos de prato, 300 no total, por R$ 357 (o mesmo preço unitário comprometido pela PR).

Mudando de instituição e área, para concluir, temos o Senado Federal comprometendo R$ 5,7 mil para a contratação da Cooperativa Brasiliense de Teatro. O grupo será responsável pelo desenvolvimento de oficinas de malabares, acrobacias no solo, perna de pau, balomania e pintura de rosto para crianças a alunos de escolas da rede pública das cidades-satélites do Distrito Federal. As crianças participarão, no próximo dia 26 de outubro, dessas oficinas, entre outros eventos, em comemoração ao mês da criança no Senado. Resta desejar mais um parabéns neste “Carrinho de Compras” pela nobre iniciativa! E acabamos por aqui. Domingo que vem tem mais...

Clique aqui para ver as notas de empenho citadas no texto.

*Todo fim de semana o Contas Abertas publica a coluna "Carrinho de Compras", que traz reservas de recursos em orçamento realizadas por órgãos da União para pagamento de despesas curiosas. Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade neste tipo de gasto feito pela União e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não ajudaria, por exemplo, na manutenção do superávit do governo ou em uma redução significativa de despesas. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão em torno dos gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, despesas curiosas.

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Leandro Kleber
Do Contas Abertas

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".